domingo, 31 de maio de 2009

JESUS ALÉM DO NATAL

JESUS ALÉM DO NATAL

Dramatização de vários momentos da vida de Jesus.
Jesus além de ser a esperança representada na criança que nasceu num berço humilde, é o SENHOR que derrotou a morte.

Encenação da história do nosso único e fiel salvador, desde antes da fundação do mundo até o nosso futuro convívio com ele na glória, na vida eterna, inclusive a última Páscoa celebrada pelo Mestre Jesus e seus discípulos.

Narrador – O ministério do Teatro da Igreja deseja a todos uma boa noite. Hoje, vocês terão a oportunidade de ver a encenação da história do nosso único e fiel salvador, desde antes da fundação do mundo até o nosso futuro convívio com ele na glória, na vida eterna, inclusive a última Páscoa celebrada pelo Mestre Jesus e seus discípulos. Não intentamos fazer nenhum tipo de acréscimo às Escrituras Sagradas. Por se tratar de uma peça teatral, comunicamos que os amados irmãos verão, em algumas cenas, diálogos simbólicos entre o inimigo e algumas pessoas descritas na Bíblia Sagrada, apesar de não terem de fato acontecido. Só foram inseridos na peça por motivo de encenação, para representar a contraposição entre o bem e o mau, no qual sempre quem prevalece é o nosso Senhor Jesus e todos aqueles que o amam em espírito e em verdade. Que Deus abençoe a todos vocês!

Dois anjos estão estáticos, como os querubins da arca, e declamando, sem a melodia, o início do cântico “Glória a Deus por Suas Maravilhas”. Eis que entra em cena Lúcifer, inconformado com a “subserviência” dos dois querubins.
A1 – “Nosso Deus é soberano”!
A2 – “Ele reina antes da fundação do mundo”!
Veste negra – (reclamando) Reinando... Reinando... O que é reinar? Quem lhe constituiu rei sobre nós? Qual será o critério usado por vós para me convencer a acatar? Por que é que quem cria deve ter a posse de algo? Por que à destra do pai há um que reina desde sempre só por ser filho? Por que EU tenho que aceitar esse favoritismo?
A 1 – Vejo que não está mais feliz aqui, no céu, Lúcifer, como nós, demais anjos.
A 2 – Vejo em ti que o que era louvor inexplicavelmente tornou-se rancor.
Veste negra – É! Estou vendo que continuam com a mesma conformidade celestial. E ficariam bem melhor se, como eu, descobrissem que aqui no céu não cabe essa cultura de rebanho. Seres celestiais que se prezam não devem se deixar comandar. E eu não estou nada satisfeito em ficar aqui apenas observando essa tal de criação chamada planeta Terra, que Deus elaborou. Até agora, o Deus criador não nos deixou operá-la.
A1 – Você sabe muito bem qual será e sempre foi a nossa função.
A2 – E em relação à Terra não será diferente. Teremos a função de proteger seus habitantes, enviar mensagens...
A1 – Já sei o que está acontecendo com você, Lúcifer. Está com inveja do que vive à destra do pai desde sempre e é maior do que nós, pois é filho.
Veste negra –Basta! Entre amar, eu escolho o mal. Quero reivindicar poderes sobre a criação. É isso que vocês chamam de justiça divina para com seus alunos e ministros? Tenho um plano mais audacioso! Mais ambicioso! E não vai ser o filho que vai me atrapalhar.
Voz em off (Deus) – Acaso sua escolha, seus planos e suas ambições estão longe do meu controle e fora do meu conhecimento, Lúcifer.
Vestes Negras – Esse é o problema. Sempre sairemos perdendo quando a hierarquia superiora sabe tudo, pode tudo e está em todos os lugares. Parece até um sistema injusto de poder.
Voz em Off (Deus) – Você sabe muito bem, anjo rebelde, que estou em todos os lugares, tudo posso e sou oniciente justamente por que sou mais do que justo. (suspira) Lúcifer, Lúcifer... Prepare-se para passear pela Terra e rodear por ela, ciente de que está para sempre derrotado.
Lúcifer faz expressão de satisfeito
Voz em Off (Deus) – Deixará de acordo com sua vontade, mas não em respeito à sua vontade, de ser celestial. Será o revés, o contrário, o oposto do meu caráter. Recriá-lo-ei ao avesso. Será o pecado.
Veste negra – Chame-me como quiser. Não é o Deus que pode tudo? Só quero saber uma coisa. Não me dará nem ao menos a chance de provar que posso levar alguns dessa tal de criação comigo?
Voz em off (Deus) – Isso também estava sob meus desígnios!
Vestes negras esfrega as mãos em contentamento.
Voz em off (Deus) - E todo aquele que lhe der ouvidos, eis que estará preso contigo em algemas eternas! Incluindo seres celestiais, que batizei de anjos e seres da nova criação chamada Terra, que batizei de homens.
Veste negra – (irônico) Ah! Nunca foi tão agradável ser precipitado de algum lugar! O sofrimento nunca é total quando se têm alguns seres para sofrer junto!
Vestes negras sai de cena. Agora as roupas não são togas, mas calças e camisas, respeitando as cores.
Narrador – E em várias ocasiões, vemos esse desafiante se por em posição contrária a Deus. Entretanto, jamais com equilíbrio de forças, mesmo que para algumas batalhas ele venha para ganhar. Algumas delas vocês verão nessa peça, onde também vocês contemplarão Jesus Além do Natal!
Cena 2
Fornalha

Mesaque(A1), Sadraque(A2), Abede Nego(A3) entram em cena, conduzidos por Vestes Negras em direção a fornalha. - Dn 3
Vestes Negras – São vocês que vão queimar! São vocês que vão queimar, Sadraque, Mesaque e Abede Nego! Quem mandou não adorarem a estátua de ouro do Rei Nabucodonosor! Serão lançados no fogo ardente!
Abede-Nego – Queimaremos, mas só temporariamente!
Mesaque –Abede-Nego tem razão. O fogo eterno é muito mais doloroso.
Sadraque – Como já dissemos ao rei Nabucodonosor, diremos a ti também, seja lá o que você for, pois quanto a ti, só temos certeza que o teu caráter é bem diferente do de Deus altíssimo. Logo, seu caráter é o pior possível. Se o nos livrar dessa fornalha de fogo ardente é desígnio do nosso Deus, ele nos livrará tanto do fogo como das mãos de quem nos lançar.
Vestes Negras – Essas referências suas a mim muito me agradam. Soam como elogios. Mas essa atitude de vocês não agrada nem um pouco a paz! Portanto, também farei referências a vocês: perturbadores da ordem pública! Enquanto todos, em respeito à autoridade, adoravam a estátua, vocês três, Mesaque, Sadraque e Abede-Nego, se negaram, infringindo as leis. Vocês três são amantes da guerra?
Mesaque – Errado. Somos parte da batalha entre o bem e o mal, e sempre nos posicionando ao lado do bem, seja em que circunstância for.
Sadraque – Hoje, nos posicionamos contrariamente a lei dos homens por ela ter ido contra a lei de Deus.
Abede-Nego – Não se trata de desobediência às autoridades. Trata-se da obediência às ordens superiores a essas mesmas autoridades. E vamos logo com isso! Deus nos visita é na hora da aflição. E hoje não será diferente!
Vestes Negras – Portanto! Fogo neles!
Vestes Negras gargalha, e cobre os três com enorme cobertor que representará a fogueira. Vestes Negras sai de cena, gargalhando. Depois disso, o "semelhante a filho de Deus, Jesus Cristo (o mesmo ator, pois trata-se de uma concepção subentendida), que estava sentado no primeiro banco, confundido com os demais espectadores por estar com uma roupa comum, entra também por debaixo do cobertor.
Sadraque – Meu Deus! Já estamos na fogueira?
Abede-Nego – Claro, Sadraque!
Mesaque – O estranho é que não estou sentindo nenhum calor insuportável.
Abede-Nego – Nem eu. (surpreende-se) Olha só: quando nos jogaram na fogueira, já havia outra pessoa nela por nós esperando.
Sadraque – E quem será ele?
Abede-Nego – Ora, Sadraque, quem seria senão...
Mesaque, Sadraque e Abede Nego – ...o filho de Deus!
Jesus Cristo – Paz seja convosco. Meus servos, sabem que após vocês deixaram essa provação, serão honrados pelo Senhor. Até mesmo o rei Nabucodonosor assumirá que existe um Deus altíssimo que jamais deveria ter sido afrontado. Todos os reconhecerão como servos fiéis. O nome de Deus não será mais blasfemado pelos súditos de Nabucodonosor, e isso tudo por vossa causa. Não deixem de falar de coisas que vocês tem vivido, visto e ouvido, com moderação e sem se ensoberbecerem. Eis que vos tiro da fogueira para vos dar vida em abundância.
Os três saem da fogueira, enquanto que Cristo, ainda embaixo do cobertor, sai por trás.
Sadraque, Mesaque e Abede Nego – Glória a Deus! Aleluia! Bendito o filho de Deus!

Cena 3
Natal

José(A1), com sua esposa Maria(A2) do lado, clama ao dono da hospedaria (vestes negras) para que ele e sua esposa permaneçam ali.
José – Meu bom rapaz. Eu poderia me hospedar em seu estabelecimento, já que a minha mulher está para dar à luz?
Maria está agonizante
Vestes Negras – Ora, meu bom homem. Não tem lugar na minha hospedaria. Ainda mais para uma mulher que está para dar à luz. Não quero ceder lugar para um momento tão imundo como esse.
José – Imundo? Meu Senhor, eu venho da Galiléia para chegar aqui em Belém e ser tratado com toda essa hostilidade.
Vestes Negras – Bom...lhe ofereço a estrebaria. Já disse, não tenho nada contra o filho, mas não é por que é filho que vai ficar com o melhor lugar! Fique com a estrebaria se quiser. Lá tem bastante imundícia para se misturar com a imundícia que é um nascimento humano. Hã, onde já se viu dar o reino para o nascido de uma mulher? Tantos seres celestiais evoluídos para receber o reino...
José – Como disse Senhor?
Vestes Negras – Nada! Andem, vão logo para estrebaria. Vai que essa criança nasce aqui! Vai ser a mesma coisa que nascer em uma de minhas dependências! Andem, andem!
José e Maria encenam no fundo da Igreja o nascimento de Jesus Cristo.
Narrador – Então, Jesus nasceu. Os anos se passaram. E o menino Jesus cresceu. Com trinta anos, ele começa seu ministério para anunciar as boas novas, curar e realizar milagres e prodígios.
Jesus Cristo aparece, sendo observado de soslaio por Vestes Negras.

Vestes Negras – (com sarcasmo) Olha só... É o filho de Deus mesmo?(aponta para o alto) É ou não é? Se for lembre-se de que seu Pai me dera a garantia de eu estar no mundo. Logo, também faço parte da história secular e pleiteio por compô-la de acordo como que me foi garantido. Portanto, sei que não vou ser destruído antes da hora. Sabe? Eu confesso que esse teu triunfalismo me incomoda. (zomba) Hã, Pai da Eternidade! A minha linha de ação é o momento, é o fato. Sou adepto do investimento a curto prazo. Em meio a um grande deserto que os humanos parecem estar, eu, num estalar de dedos, lhes dou pedra como pão, e os humanos passam a acreditar que realmente estão comendo pão. Digo para eles que isso tudo é meu, pois estou aqui há bastante tempo. E eles acreditam, pois confundo os humanos com a seguinte deturpação: ter riqueza é o mesmo que... ser amigo das riquezas. Além disso, por minha diversidade de culto politeísta ser muito mais ampla que o seu monoteísmo singular, atraio muito mais pessoas a me adorarem. E ser adorado é o que mais me satisfaz! E te digo que isso vai te fazer bem. Poderá desfrutar das riquezas do reino antes do tempo!
Jesus Cristo – Retira-te, Satanás. Fico mesmo é com o Pai, que não nos desampara nem no deserto. Ser abundante na obra sacia qualquer tipo de fome.A tua proposta é sedutora, mas contém vários erros. Só queria abordar um deles. Quem investe em estrutura de base, a longo prazo, está bem mais seguro do que quem investe em imediatismo. E para corrigir essa tua consideração em relação à adoração ao Deus único, é preciso afirmar que ele é UM em TRÊS. Ele é singular e plural ao mesmo tempo. NELE os homens podem ver intimidade e totalidade. Ele é Deus. Eu e Ele somos um. O meu Pai é dono de muita coisa que você está dizendo que é sua, como a música, o teatro e outras coisas mais. Você está dizendo que são suas as coisas que originaram do terreno divino e as patenteou sem permissão. Você sabe mais do que ninguém que Ele é o dono de tudo, e por ser Ele o dono, quando o homem o adora, consegue fazer bom uso de tudo! Meu Pai não condena as coisas, e sim o mau uso das coisas. Por isso que eu te lembro o que está escrito: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”
Vestes Negras – Pudera você se posicionar assim. Não é o filho de Deus? Entretanto, os homens não terão esse discernimento.
Jesus Cristo – Ora, além do meu amor pelos homens, porque você acha que virá o consolador sobre a Terra? Ele virá para orientar os homens. E enquanto eu estou aqui como homem, faço também essa função.
Vestes Negras – Eu farei justamente o contrário! Quando eu digo aos homens: “abram os olhos!”, parecendo até as exortações que vocês fazem, até nisso eu os confundo. Não uso como arma apenas as mentiras, mas também as meias-verdades. Quer ver? Pois espere e verás!
Vestes Negras sai de cena. B. O. Vestes Negras retorna, ao lado de uma mulher.
Mulher – Será que tem problema eu fazer um elogio um pouco mais pomposo à mãe deste que veio para salvar o mundo.
Vestes Negras – Não só recomendo que faça isso como digo que é bem salutar equiparar a importância do que veio salvar o mundo com a importância de sua mãe. Faça logo, antes que ele vá para outro lugar.
Mulher – Sim senhor...(a Jesus) Jesus, Jesus! Bem aventurada aquela que te concebeu, e os seios que te amamentaram!
Jesus Cristo – (recebendo-a com simpatia) Antes, bem aventurado são os que ouvem as minhas palavras.
A mulher parece ter entendido o que Jesus falou. Sai de cena, olhando com desconfiança para Vestes Negras.
Narrador – (ao público) Crer em mim é o único jeito de ser amigo da verdade. E vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho vos chamado de amigos, porque tudo quanto ouvi de meu pai vos tenho dado a conhecer.
Vestes Negras – (menosprezando) Te vejo por aí, filho do altíssimo.
Vestes Negras sai de cena. Foco em Jesus, em cena conversando com várias pessoas que vêm vê-lo.

Cena 4
Entrada Triunfal em Jerusalém
Vestes Negras em cena, sendo interpelado por um grego.
Grego(A1) – Com licença, Senhor! Sou grego e vim para adorar a esse Cristo. Mas desconheço um pouco suas obras. Entretanto, devido ao caráter politeísta de minha cultura, isto é, de crença em vários deuses, creio que ele servirá direitinho para a minha coleção.
Vestes Negras – Ora, claro que eu sei muito sobre esse Cristo que veio aqui para Jerusalém para ser glorificado. Também conheço demais a sua cultura grega, muito preocupada em saciar a intelectualidade sobre diversos deuses. Creio que ele servirá muito bem para a sua coleção. Entretanto, não dê ouvidos quando ele falar de adoração exclusiva. Trata-se de um Deus muito ciumento! Hoje ele está em forma humana, mas logo, logo, estará em forma de divindade esculpida, prontinha para ser adorada.
Um judeu habitante de Jerusalém entra em cena.
JHJ(A3) – Com licença, senhores. Sou daqui de Jerusalém e vejo que os dois são estrangeiros.
Grego – Eu vim de Betsaida da Galiléia, e esse senhor que está comigo eu não sei de onde veio.
Vestes Negras – Ah, isso não importa...
Grego – É, mais vejo que ele sabe muito sobre esse Jesus. Disse-me que ele tornará uma divindade igual às muitas já existentes no meu país, a Grécia.
Vestes Negras – Ora, você é habitante de Jerusalém?
JHJ – Sou.
Vestes Negras – Pois saiba que, para você, é melhor apreciar uma outra característica de Jesus. Ele será o libertador de Israel das garras do poder romano. Trata-se de um líder militar, e creio que, como tal, deve receber as devidas honras. Vamos lá, vamos lá. Peguem ramos de palmeiras e enalteçam vosso mestre!
O habitante de Jerusalém e o grego bradavam "Hosanas". Entram Jesus e um discípulo verdadeiro, que exalta Jesus como ele deve ser exaltado.
Discípulo – Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas!
Vestes Negras – Ei! Repreende o seu discípulo! Ele parece está o exaltando de forma exclusivista, de modo a discriminar a concepção de outros povos sobre você!
Jesus Cristo – Nada disso! Eles estão apenas adorando como se deve adorar. Diversidade cultural não é mistura de religiões, de crenças... Usar o meu nome a partir de falsas impressões sobre mim que é aprisionar a mente dos homens. Se os meus discípulos não clamarem como se deve clamar, as pedras clamarão. É um privilégio dos homens serem cooperadores da obra de Deus, mas a obra de Deus prossegue em qualquer circunstância.
Vestes Negras esbraveja, anda de um lado para outro, enfurecido. Jesus Cristo sai de cena, seguido pelos três, que o contemplam. Logo depois, Vestes Negras perde a compostura e esbraveja, sozinho em cena.
Vestes Negras – Reconheço! Reconheço que ele tenha passado por tudo sem ter tido pecado! Mas isso não lhe dá o direito de passar por aqui sem o maior dos sofrimentos. O maior dos pesos! O maior dos fardos! Ora, não é o que está escrito? Que é necessário que ele seja morto por vós! Então eu quero ver! E com todos os requintes de crueldade e de humilhação! Pois é! (ao público) É necessário que vocês vejam o preço que é ser fiel a Deus aqui na terra! Estão assustados? Estão assustados?!!
Voz em off (Deus) – Cale-se, Satanás. Já chega. (...) você está, como sempre, distorcendo a realidade. Meu filho, meu único filho, de fato vai morrer, mas não porque você quer, e sim eu por que eu quis E por causa disso, os homens serão lavados e remidos pelo sangue do cordeiro, do meu filho unigênito. Mas vai conseguir passar pela morte vitorioso, como todos os meus servos que perseverarão até o fim. E ai do traidor, aquele que é intermédio dessa entrega, ai dos que o mataram e ainda o matam, ai dos que pecam sem arrependimento, dos que mentem, dos feiticeiros, dos idólatras, dos amantes da abominação e... ai de ti!
Vestes Negras – Tudo bem, ô Deus. Olha aqui, só quero lembrar que me garantiu que eu vou poder levar alguns comigo!
Voz em off (Deus) – Não sou homem para que minta ou me arrependa. Todavia, não admito que toque em meus filhos.
Vestes Negras – Nem tudo o que é criatura é filho.
Voz em off (Deus) – Mas a todos os que receberem meu filho Jesus eu dei o poder de serem feitos meus filhos. Quero dizer-te que a profecia da morte do meu filho entregue à morte em favor de muitos será cumprida. Não porque você quer, mas porque eu quero.
Vestes Negras – (gargalhando) Eu só quero é estar aqui para ver! Mas antes, tenho mais um serviço a fazer.
Vestes Negras sai de cena.

Cena 5
Judas, o traidor.

Judas Iscariotes entra em cena refletindo, com umas moedas nas mãos. Vestes Negras dá um encontrão em Judas que deixa cair as moedas.
Judas – O que é isso? Não olha por onde anda?!
Judas cata as moedas.
Vestes Negras – Queira me desculpar, meu senhor.
Judas – Se já não bastasse a decisão que tomei para entregar meu mestre pelo preço dessas trinta moedas de prata, ainda quer me fazer perdê-las.
Vestes Negras – Ei, acho que estou reconhecendo você. Não é Judas Iscariotes, antigo pertencente ao grupo dos Zelotes.
Judas – Sou eu mesmo. Mas...Agora pertenço a outro grupo. Com licença que eu tenho que ir.
Vestes Negras – (suspira) Ah, zelo como o zelo dos Zelotes não existe mais.
Judas – O que mais você sabe sobre os Zelotes?
Vestes Negras – Ora, meu caro. Que é um grupo revolucionário anti-romano, também conhecidos como Sicários, devido a uma arma que nunca se apartam dela, chamada sica, uma espécie de punhal...
Judas parece esconder um punhal em suas roupas.
Vestes Negras – Essa arma usam em defesa da lei mosaica. Ah, esse grupo de judeus é que são os verdadeiros defensores da lei de Deus. São eles que realmente só aceitam como poder o Deus, e nada mais. Nem romano, nem nada! Só Deus no poder. É, e esse tal de Jesus aí, que todos esperam que vai destronar o poder Romano, parece que não vai ter nem capacidade nem competência para isso. (ao ouvido de Judas, que acabar de catar as moedas) É por isso que é sempre bom voltarmos as origens, meu caro. Sempre é bom voltarmos para as origens, não é ISCARIOTES. Vai por mim. Esse Jesus precisa sair de cena para que venha alguém que, de fato, tire os Romanos do poder.
Vestes Negras sai de cena por um lado e Judas por outro.

Cena 6.
Tridor indicado e Última ceia
Jesus está em cena, sentado à mesa com pão asmo e vinho. Judas está sentado entre o público.
Jesus – Em verdade vos digo que de vós, haverá quem me trairá. E esse que me trairá, está comigo apenas como companhia, e não como companheiro. Mesmo assim, chamar-lhe-ei de amigo, dando mais uma chance a ele no último instante. E ele é um dentre vós.
Judas o levanta e descai o semblante para parecer entristecido.
Judas – Mestre...
Jesus está incomodado com a presença de Judas. Chega ao ouvido de Judas, sussurra algo e retorna à mesa para celebrar a ceia.
Jesus – (pega uma quantidade de pão, entrega a alguns “apóstolos” (figurantes). Isto é o meu corpo. Tomai, comei.. E isto é meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para a remissão de pecados. Fazei isso em memória de mim).
Celebração da ceia.

Cena 7
Morte de Jesus

Som de horror. Vestes Negras senta em um dos bancos, enquanto que dois soldados conduzem Jesus que, carregando a cruz, é humilhado por eles e pregado na cruz. Em cena, dois homens já crucificados. Dois homens e uma mulher acompanham os guardas e Jesus. A mulher e os homens choram muito. Depois de ter Jesus morre. O efeito da luz exprime o cair da tarde. Assim, a mulher e os homens retiram Jesus da cruz, o cobrem com um pano e carregam-no para fora de cena. Tudo isso ocorrendo com o uma música ao fundo. Na transição da “morte” para a “ressurreição”, os ladrões crucificados também saem de cena.

Vestes Negras observa a cena, sentado em um dos bancos, enquanto dois soldados conduzem Jesus que, carregando a cruz, é humilhado por eles e pregado na cruz. Um figurante, acompanhando, chora, e depois de ter Jesus expirado, ela o retira da cruz e o cobre com um pano e deixa sobre o palco. Vestes negras passeia na Igreja, como se nada existisse, só ele.
Vestes Negras – Ah, como é boa a sensação agradável. É tão gostosa impressão de que você está numa boa durante um momento de prazer. Tente vocês também! É só não olhar para o futuro. Dê um trago no cigarro sem olhar para a enfisema pulmonar. Dê uma cheirada na cocaína sem olhar para o hipertensão e taquicardia. Mantenha relação sexual com várias pessoas sem olhar para a doença venérea. Adultere sem olhar para o futuro que esses crentes costumam chamar de(grita, com raiva) JUÍZO FINAL!!!!(modifica a expressão para um sorrido maquiavélico) Vai por mim... A vida será muito mais agradável.
B.O.

Depois, Vestes Negras permanece em cena, olhando para várias pessoas que, ao seu redor, gritam incessantemente.
Pessoas – Ressuscitou! (B.O). Glória a Deus! (B.O). Ele está vivo! (B.O). Vivo! Ressuscitou! (B.O). Aleluia! Ele está vivo! Ele ressuscitou! Glória a Deus! Ele está vivo! Glória a Deus! Aleluia! Ele está vivo!
Vestes Negras se incomoda muito com os gritos, saindo de cena com os ouvidos tapados.

Cena 8
Conversão de Saulo
Narrador – (regozijando) Depois de três dias, veio a vitória de Jesus sobre a morte. Ele ressuscitou! Entretanto, o diabo prosseguiu em sua obra maligna, mesmo sentindo os efeitos da derrota.
Saulo(A1) entra em cena. Vestes negras, mancando, caminha ao seu lado, tentando fazer sua cabeça.
Vestes Negras– (eufórico) Isso mesmo, meu bom rapaz Saulo. O vigor da juventude deve ser utilizado na perseguição a esses cristãos. Meros pretensiosos que insistem em nos convidar a seguir a essa seita, que nada mais é do que uma heresia do judaísmo. Eles alegam que só eles são os escolhidos, que tanto judeus quanto romanos foram os culpados pela morte desse tal Cristo. Que petulantes! Ainda dizem que esse Cristo, além de ser o messias, ressuscitou dentre os mortos. É demais para minha longa estada aqui na Terra.
Jesus entra em cena.
Jesus Cristo –Arreda-te, Satanás?
Vestes Negras, mais uma vez, foge. Entretanto, ainda mais apavorado, capengando mais ainda com o que viu. Jesus aproxima-se de Saulo e pergunta ao pé do ouvido.
Jesus Cristo – Saulo, Saulo, por que me persegues?
Jesus Cristo – (a Saulo) Por que me persegues?
Saulo cai de joelhos, de olhos fechados, querendo enxergar e não podendo, perguntando incessantemente:
Saulo – (agonizando) Quem és tu, Senhor? Quem és tu, Senhor?
Jesus se aproxima diz ao ouvido de Saulo.
Saulo – (chorando)Quem és tu, Senhor?
Jesus – (sussurra) Eu sou Jesus.
Saulo (Paulo) cai de joelhos, fica em longa oração. Depois, vai abrindo os olhos vagarosamente. Jesus se retira morosamente. Entra Ananias, que ora junto com Paulo. Logo depois que Ananias sai de cena, Paulo, olhando para os céus, diz:
Saulo – Ainda está em tempo... Graças a Deus ainda está em tempo.
Vestes negras, agora de muletas, entra em cena.
Vestes Negras – Como assim ainda está em tempo?
Saulo – De dedicar o meu vigor da juventude à pregação do nome de Jesus. Eu era cego! Agora eu enxergo.
Vestes Negras – Pensa que me engana! Agora estou te reconhecendo! Você é aquele que sempre foi contra a Igreja de Cristo. E agora quer nos enganar que é um membro da Igreja de Cristo. Não vai me enganar! Nem a mim nem a ninguém.
Vestes Negras – Mas agora posso dizer que tenho a marca de Cristo em mim. E depois desse dia, mais marcas eu terei. Não pode me acusar do que fui no passado, se hoje eu sou outro. Nasci de novo. Finalmente entendi o significado do novo nascimento.
Vestes Negras – Novo nascimento? O que é isso? Isso por acaso apaga todas falhas cometidas por você no passado. Vai escapar assim de ter participado da morte de pessoas só por ter (zomba) nascido de novo?
Paulo – Mas o fato de eu estar em Cristo me faz nova criatura. As coisas velhas já passaram. Eis que se fizeram novas.
Vestes Negras – Explique melhor, para que eu realmente compreenda essa transição súbita de um pólo a outro. Não há um mínimo de coerência numa transformação tão radical de perseguidor a seguidor de uma filosofia de vida.
Paulo – Digo a você que o meu encontro com Cristo significa o meu reconhecimento de que ele de fato é Deus. Sem um verdadeiro encontro com ele, é impossível crer. E já que eu cri, posso ter a garantia de que minha vida será para sempre a mortificação de atos abomináveis! Não ficarei satisfeito com as meus pecados, como antes eu ficava, pois tenho a certeza de que há um olhar justo pairando sobre mim o tempo todo. E digo que vou topar o desafio. O fato de eu perder prestígio, posição social mostra que é verdadeira a minha conversão. O que era lucro para mim agora é perda.
Vestes Negras – (aplaude ironicamente) Belo discurso! Entretanto, pode ter certeza que não somente cristo que te acompanhará! Também estarei o acompanhando, em forma de espinho na carne, pois o Justo me deu essa garantia. Não é o novo homem? Então, agüenta essa carga!
Vestes Negras encostas as muletas em Paulo, que vai, aos poucos, se abatendo e se entristecendo. Por isso, clama a Deus.
Paulo – Pai, livra-me desse espinho na carne! Pai, livra-me desse espinho! Ó pai, não deixa a minha carne padecer desse jeito.
Deus (voz em off) – Coragem! A minha graça te basta! Lembre-se também de que Mesaque, Sadraque e Abede-Nego passaram pela fornalha acesa sem murmurar antes. Eu sou o mesmo hoje, ontem e sempre! Se eu estive o protegendo, Paulo, mesmo antes de sua decisão por mim, que dirá agora. Sua força se aperfeiçoa na fraqueza.
Paulo se ergue com dificuldade, percorre toda Igreja proferindo frases do tipo “Fomos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo”; “Creia no senhor Jesus que será salvo tu e tua casa”; “Justificados mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”; “Toda a língua confesse que Jesus é Senhor, para glória de Deus Pai” para cada pessoa sentada, de modo a evangelizar os espectadores exprimindo sua viagem missionária e a pregação do Evangelho, até o final das fileiras, retornando à frente da Igreja, já envelhecido.
Paulo – "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a todos quantos amam a sua vinda".
Narrador – E aqueles que fazem a vontade de dois, morrem. Sim, morrem. Mas de modo nenhum, passam pela segunda morte, mas vivem para sempre!
Paulo sai de cena. Depois, retorna, com várias pessoas, todas com vestes brancas. O Narrador declama a pesia "Assim será o Amanhã". No decorrer da poesia declamada, Jesus Cristo chega com várias crianças ao redor, representando anjos, erguendo abraçando Paulo e sendo abraçado pelas pessoas com vestes brancas.

Assim será o amanhã
(Marcos Alexandre)
Aconteceu que o dia chegou
Se estabeleceu o dia do Senhor
A lágrima secou pois não há mais dor
A cor de carmesim enfim alvejou
Porque com sangue foi que Cristo nos salvou
E a glória de Deus cintilou...
Eterno fulgor...
Inutilizou a lua e o Sol

Assim será o amanhã...

Jesus Cristo – Eis que estou convosco para sempre!
Na última estrofe, que é o seguimento da poesia, Vestes Negras (Lúcifer) aparece, andando até o final da igreja, preso a vários trapos, representando que está levando para o inferno todo tipo de pecado, dor, imundície etc. Enquanto caminha, narrador declama o seguinte restante da poesia:

Mas toda a justiça (de Deus)
Faz toda a imundícia (de vez)
Despencar num abismo bem longe do céu
Mas toda a justiça (de Deus)
Faz toda a imundícia (de vez)
Despencar num abismo bem longe do céu.

Fim

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Coletânia

TEATRO
A ARCA DE NOÉ
A ARMADURA DE DEUS
A CHAMADA
A CONSCIÊNCIA DE SARINHA
A CORDA DA MISSÃO
A CRUZ
A EPEDEMIA DO NÃO POSSO.
A ESCOLHA
A FLOR DA HONESTIDADE
A FLORISTA
A GRUTA
A IGREJA DOENTE
A MÃO ESTENDIDA
A NOVA ERA
A PONTE
A PROCURA
A QUEM ENVIAREI
A RENÚNCIA TOTAL
A RIVALIDADE
A TAÇA DE LÁGRIMAS
A TEIA DO PECADO
A VELA E A LUZ
A VERDADE
A VIDA DE LUANA.
A VITÓRIA
ÁGUA DA VIDA
ALGUÉM FAÇA ALGUMA COISA
AMOR DE MÃE
AMOR EM TRÊS ATOS
ANO NOVO
ANTES DA ÚLTIMA TROMBETA
AS AVENTURAS DE FRED, O MISSIONÁRIO
AS SANDÁLIAS DO VELHO SAPATEIRO
ATRAVÉS DE TI
BONECOS
CAMILA, A PEQUENA ABANDONADA
CASAMENTO PRECIPITADO
CORAÇÃO DE MÃE
CORAGEM PARA SERVIR
CRUZ DE PALHA
DAI GRAÇAS
DAS TREVAS PARA A MARAVILHOSA LUZ DE CRISTO
DESCOBRINDO A VERDADE DA PÁSCOA
DESERTO
DEUS É BOM
DEUS EXISTE
DEUS NÃO É JUSTO
DIA DAS MÃES
DIA DAS MÃES (21 CRIANÇAS)
DIA DAS MÃES (ADOLESCENTES)
DIA DO PASTOR
DOUTOR FAUSTO
ELE CHAMAVA "RUIM"
ERA UMA VEZ UM NATAL
EU NÃO SOU CACHORRO NÃO
EU SOU JOVEM
EU VIM PARA MATAR ROUBAR E DESTRUIR
FAZENDO A VONTADE DO SENHOR

FLORES PARA MAMÃE
GANHEI UMA ALMA PARA CRISTO
HÁ ESPERANÇA PARA O BRASIL
IGREJA ADORMECIDA (com vídeos)
INOCENTE
JESUS É A LUZ DO MUNDO

LARES
LEILÃO DE UMA ALMA
LIBERTOS PELO PODER
MÃE EU TE AMO
MÃE... RESPONSABILIDADE DE TODO FILHO!
MÃOS VAZIAS
MISSÕES COM ALEGRIA
MULHER SÁBIA
NANDIC
NÃO ESCOLHER É O MESMO QUE ESCOLHER
NATAL NO EGYTO
NATAL PODE TER SENTIDO ?
NEO ENGANO
NO CAMINHO DE DAMASCO
O AMIGO DE DEUS (Infantil).
O AMOR QUE SE MOVE
O ARQUIVO
O ARREBATAMENTO (com vídeos)
O CARRO
O CHICLETE
O DIÁRIO ÍNTIMO DE UM PASTOR
O DR. PEGA PEGA
O FILHO PRÓDIGO
O GRANDE DOMINADOR
O LADRÃO DE ALEGRIA
O PAI VALORIZADO
O PECADO
O PODER DE UMA ESCOLHA (Completa)
O PROTESTO DE UM HOMEM HONESTO
O QUE É O AMOR
O SANGUE
O SENTIDO DA VIDA
O SENTIDO DA VIDA (1)
O TELEFONEMA
O TESTE
OLHE PARA CRISTO
ONDE ESTÁ A PAZ ?
OS JOVENS DA COMUNIDADE
PARA NOSSO DEUS COM CARINHO
PARÁBOLAS
PECADO VIRTUAL
SALVAÇÃO BARATA
SAQUEADORES DO REINO
SE OS ANJOS PECASSEM
SOCORRO! A MAMÃE PIFOU
TEATRO DA REFORMA
TEMPOS MODERNOS
TESTEMUNHO
UM DIA DE PASTOR

UM PAI CRISTÃO
UMA PÁSCOA ESPECIAL
VÉSPERA DE NATAL
VIAJANDO PELA BÍBLIA

quarta-feira, 27 de maio de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

NATAL NO EGYTO

NATAL NO EGYTO
Apresentação
Este musical retrata de forma bem alegre como teria sido o aniversário de Jesus no Egito. Por exemplo, sabemos que após Seu nascimento, eles foram para o Egito (Mateus 2:13-23). Mas sabemos muito pouco entre o tempo que permaneceram lá até voltarem para Israel após a morte do rei Herodes.
Alguns historiadores nos falam que Herodes morreu de 2 a 4 anos depois do nascimento de Jesus. Então, como temos poucos relatos sobre a estada de José, Maria e Jesus, tentamos imaginar como teriam sido os amiguinhos de Jesus na infância... como teria celebrado Seu aniversário... e como reagiria Faraó sabendo da existência de um novo rei, como Herodes...
Mas o mais importante de tudo é mostrar que onde há a presença de Jesus, há mudanças de vidas, assim como até hoje há 2000 anos depois Sua história continua viva em nossos corações.
Nossa oração é que ao ouvir; ensaiar; encenar “ NATAL NO EGITO’ este mesmo Jesus possa tocar e mudar a vida de todos que tiverem seus corações abertos e vierem a Ele como crianças!

SOBRE AS CANÇÕES

Na música “ A História do Natal em Canção” , existem pequenas pausas entre uma música e outra para que, se desejar; grupos ou cantores diferentes possam se revezar. Isso também possibilitará a utilização dessa música isoladamente.
“ A História do Natal em Canção”, “ Foi Deus”, e “ Canção de Aniversário” podem ser cantadas em cultos normais antes da apresentação do musical. Aliás, isso muito ajudará na promoção do musical.
“ Príncipe da Paz” , “ Sim!”, e “ Um Bebe” são músicas que podem ser cantadas em qualquer ocasião, não somente no natal.

CENÁRIOS

“ Natal no Egito” se passa, obviamente, no Egito, um a três anos após o nascimento de Jesus.

Cena 1 – A Casa de Maria e José ( casa de Jesus )
Cena 2 – O Poço
Cena 3 – A casa de Maria e José (casa de Jesus)
Cena 4 – Corte de Faraó
Cena 5 – Casa de Maria e José (casa de Jesus)

PERSONAGENS

Narrador – Criança que fale com desenvoltura. Vestida com roupas atuais;
Maria – Criança, adolescente ou adulto vestida biblicamente.
José – Criança, adolescente ou adulto vestido biblicamente.
Jesus – Criança 1 a 3 anos, vestido biblicamente.
As Belas do Nilo – Vestidas com roupas egípcias.
Faraó – O maldoso líder vestido a caráter como rei do Egito.
Arauto – Menino com roupas egípcias. Diversos arautos poderão participar; entrando um de cada vez.
Crianças em geral - Esses personagens têm 27 falas que podem ser divididas entre as crianças. Se preferir; cada criança poderá falar uma linha. Todas as crianças deverão estar com roupas egípcias, inclusive as do coro.

NATAL NO EGITO
CENA 1

(As crianças podem entrar com o palco às escuras, permanecem de pé, de costas para o auditório. Após a narração se viram e cantam).

NARRADOR – SABEMOS QUE JESUS NASCEU LÁ EM BELÉM. FOI VISITADO PELOS SÁBIOS DO ORIENTE TAMBÉM. OS PASTORES NO CAMPO FORAM OS PRIMEIROS A VÊ-LO. QUANDO O SENHOR NASCEU NA TERRA SANTA, NO EGITO, NINGUÉM SABIA DE NADA. FARAÓ ERA O REI, NINGUÉM SABIA, O QUE ERA MESSIAS, NINGUÉM AS MARGENS DO RIO NILO.

NATAL NO EGITO

Natal no Egito é muito diferente
Natal no Egito é triste sem Jesus
O Egito é a terra onde há muitos deuses esta,
Sim vê, e até adoram animais. AH!

TODOS - Natal no Egito é muito diferente,
Natal no Egito é triste sem Jesus!
Não é um bom lugar pra se falar no nome de Jesus,
Nada aqui nos lembra o Natal,.

SOLO: No céu não há, luz a brilhar, nem Anjos mil a cantar:
Os magos e reis onde estarão?
O que será que aconteceu?

TODOS - Natal no Egito é muito diferente
Natal no Egito é triste sem Jesus!
O Egito é a Terra onde há muito desuses está
Sim, vê! E até adoram animais. AH!

Natal no Egito é muito diferente,
Natal no Egito é triste sem Jesus
Não é um bom lugar pra se falar no nome de Jesus
Nada aqui nos lembra o Natal.

SOLO Aqui não tem, qualquer sinal de que Jesus já nasceu
Não há sequer o desvendar pra se adorar

TODOS -Não vejo a manjedoura, nem sequer os animais aqui!
Natal no Egito é muito diferente
Natal no Egito é triste sem Jesus
O Egito é a Terra onde há muitos deuses está
Sim, vê! E até adoram animais (2 vezes)

Natal no Egito não dá não!
Natal no Egito não dá não!
Natal no Egito não dá não!

(MARIA E JOSÉ ENTRAM PELO LADO DIREIITO DO PALCO, COM JESUS NO COLO).

NARRADOR – O EGITO ERA A TERRA PARA ONDE JOSÈ FUGIU COM MARIA, PARA PROTEGER O BEBEZINHO JESUS DO TERRÍVEL REI HERODES. POR QUANTO TEMPO FICARAM LÁ? A BÍBLIA DIZ QUE ELES FICARAM LÁ ATÉ A MORTE DE HERODES. JESUS COMEMOROU LÁ PELO MENOS O SEU PRIMEIRO ANIVERSÁRIO. JÁ PENSARAM QUE NATAL LINDO E ESPECIAL FOI AQUELE?

JOSE – (para Jesus) – Você sabe que dia é hoje? É dia do Seu aniversário!
(Música começa)

MARIA – Feliz Aniversário! Você é meu Presente de Deus!

FOI DEUS
Foi Deus quem nos mandou um Bebezinho
Sim, foi Deus bem no Natal!
Eu sei que foi Deus quem nos mandou um Bebezinho
Seu Filho mandou pra nos salvar.

Deus tanto o mundo amou que Seu próprio Filho deu
Nossos pecados viu e mandou Jesus nos Salvar

FOI DEUS...

Deus quer te ajudar pois sabe do teu penar
Quando mandou Jesus demonstrou-nos Seu grande amor!

Foi Deus quem nos mandou um Bebezinho
Sim, foi Deus bem no Natal
Eu sei que foi Deus quem nos mandou um Bebezinho
Seu Filho mandou pra nos salvar
Seu Filho Deus mandou a nós.

MARIA - José, quase não acredito: olha só como Jesus está crescidinho?

JOSÉ – É parece que foi ontem que estávamos em Belém, antes de Jesus nascer...

MARIA – Bem, acho que Jesus está com sede. È melhor irmos ao poço apanhar um pouco d’água. Temos de preparar a fes-ti-nha.

JOSÈ – (sorrindo) – Boa idéia. Vou terminar de preparar os pre-sen-tes.

MARIA – Até já!

(JOSÉ SAI PELO LADO DIREITO. MARIA SAI COM JESUS UM POUCO ACANHADA PARA SE APROXIMAR DO POÇO, DO LADO ESQUERDO DO PALCO, ONDE AS BELAS ESTÃO CONVERSANDO E COCHICHANDO ZOMBETEIRAMENTE)

SABÁ – Bem Delta, ela tem uma aparência horrível. Parece que ela está amarrada nesses panos velhos da cabeça aos pés.

DELTA – Eu conheço bem essa roupa, Sabá! É mais antiga do que as pirâmides... coisa de gente velha...

CLEÓPATRA - Puxa, que vergonha, a mãe dela era tão bonitinha!

SABÁ – Tem razão, Cleópatra. Infelizmente não podemos dizer tal mãe, tal filha.

DELTA – Não Sabá! Com esse vestido ela está mais para tal filha, tal múmia!

SABÁ – (rindo) Oh, Delta, você é tão fofoqueira...

CLEÓPATRA – (zombando) É verdade Delta, acho que Sabá tem toda razão...

(MARIA SUSSURRA UMA CANÇÃO ENQUANTO VAI SE APROXIMANDO DO POÇO ONDE AS BELAS ESTÃO CONVERSANDO).
DELTA – (com um pigarro) Falando de beleza, aqui está uma jovem muito bonita...

SABÁ – Acho que o nome dela é MARIA.

CLEÓPATRA - É sim. Ela está com um lindo bebezinho no colo. (Acenando para Jesus, imitando voz de bebe) Que coisinha lindinha!!!

SABÁ – (censurando) Cleópatra, você ‘às vezes parece até uma criança boba!

MARIA – Olá, o Senhor nos deu um lindo dia hoje, não?

DELTA – Bem, o dia realmente está lindo, mas se você não se aborrecer, não é graças ao Senhor, mas sim a Faraó!

MARIA – Sim, eu compreendo. (Apanha com um balde um pouco de água no poço) Jesus, a mamãe já vai; estou apanhando um pouco de água.

SABÁ – (sem zombaria) Oh, Ele se parece mesmo com um cordeirinho...

CLEÓPATRA – Ele é um amor não acham?

MARIA – Obrigada, Jesus é amor.

CLEÓPATRA – Você não é daqui, querida, acertei?

MARIA – Não... estamos visitando a cidade. Somos de Israel.

SABÁ – Eu sabia disso...

DELTA – Claro, Sabá! Nem precisava perguntar.

VOCÊ NÃO É DAQUI (só quem canta é: MARIA, DELTA, SABÁ E CLEOPATRA)

TODOS - Já sabemos, basta só olhar, pra dizer você não é daqui!

1ª vez - Delta
2ª vez – Sabá
3ª vez – Cleópatra

DELTA - De que Terra você chegou?
SABÁ - Conte agora pra nós também?
MARIA - Nazaré, de onde vêm?

TODOS – É Terra humilde, cidade de Davi
O próprio Deus o escolheu
Para ser o lar do Grande Salvador.

AS BELAS – AHH!

TODOS – JÁ SABEMOS BASTA SÓ OLHAR
PRA DIZER VOCÊ NÃO É DAQUI
DE QUE PARTE VEM VOCÊ?
DIGA-NOS O NOME DO BEBÊ.

MARIA – O SEU NOME É JESUS

AS BELAS – YESHUA A HAMA SHE-A
NA LINGUA DOS HEBREUS.

MARIA – O ANJO VEIO ANUNCIAR

AS BELAS – QUE SE CHAMARÁ, JESUS O SALVADOR.
AhAHA!
JÁ SABEMOS, BASTA SÓ OLHAR, PRA DIZER VOCÊ NÃO É DAQUI.

GOSTARIAMOS DE SABER O LUGAR ONDE NASCEU

MARIA – Em Belém, ele nasceu
AS BELAS - Éfrata. Bem perto de Jerusalém.
MARIA _ Há muito se, profetizou.
AS BELAS – Que haveria de nascer ali um Rei! AHAAA!

Já sabemos, basta só olhar, pra dizer você não é daqui.
DELTA - De que Terra você chegou?
SABÁ - De que parte vem você?
CLEOPATRA Precisamos de saber
MARIA – BYE, BYE

AS BELAS - MELHOR PRA NOS É VIGIAR VOCÊ.

CENA 2

(QUANDO A MÚSICA TERMINA, MARIA VOLTA PARA O CENTRO DO PALCO, TENDO JESUS NO COLO E SE SENTA NO BANQUINHO)

CLEOPATRA - O que será que ela quer dizer com “ Jesus é um Rei”?

SABA – E... Salvador? O que significa isso?

DELTA – Não estou entendendo nada. Acho que se nós seguirmos Maria vamos descobrir tudo.

CLEOPATRA - Quer dizer que seremos como espiãs?

SABA – Puxa, espionar Maria?
DELTA – Claro meninas, vamos lá!

(AS BELAS VÃO PARA O CENTRO DO PALCO COCHICHAM UM POUCO E FICAM NO LADO DIREITO IGNORANDO MARIA)

NARRADOR – DEVE TER SIDO DIFÍCIL PRA MARIA TÃO LONGE DE CASA E TÃO PERTO DE DEBOCHES, DESCASOS E INCOMPREENSÃO POR PARTE DAQUELES QUE ESTAVAM AO SEU REDOR. MARIA, NO ENTANTO, NUNCA SE SENTIU SOZINHA. EXATAMENTE COMO NÓS, ELA SABIA QUE DEUS ESTAVA SEMPRE COM ELA.

(Música começa)

PRÍNCIPE DA PAZ
MARIA – (FALA) Ó Jesus, meu Doce Jesus, o que eu faria sem você?
És o Rei do meu viver
És meu Amigo Fiel
És a Paz, o Príncipe
Sempre Jesus te amarei.

De manhã cedinho irei te buscar
E ao meio-dia, quero te abraçar
E quando a noite vem, o teu nome vou louvar.
CRIANÇAS - És o rei do meu viver, es meu amigo fiel
És a Paz, o Príncipe sempre Jesus te amarei.
MARIA (FALA) – Você é e será sempre meu Príncipe da Paz
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade.

CRIANÇAS - És o Rei do meu viver, és meu Amigo Fiel
És a Paz, o Príncipe
Sempre Jesus te amarei
Eu te amarei pra sempre
Sempre, sim!

(MARIA PERMANECE SEGURANDO JESUS ENQUANTO AS BELAS CONTINUAM)

SABA - Ouviram o que ela disse?

CLEOPATRA - (emocionada) – Sim, isso me dá vontade de pedir desculpas a ela e amar mais ainda as crianças...

DELTA – Oh, que é isso Cleópatra! Você já se esqueceu? Nós temos de adorar a Faraó.
CLEÓPATRA - Eu sei Delta, mas Faraó é tão... mau tão cheio de ódio e Esse Menino Jesus me parece ser só amor.

DELTA – Bem, pode até ser. Mas eu acho que é nosso dever contar a Faraó sobre Esse Rei.

SABA – Você está certa Delta; Além disso, poderemos receber uma recompensa de Faraó pela informação! (animadamente) Jóias, ouro, perfumes...

(Delta reage animadamente)

DELTA – Então por que perdemos tempo? Vamos lá!

CLEOPATRA – (hesitante) – Não. Eu vou ficar aqui.

DELTA – (irritada) – Ora Cleópatra, vamos logo!

SABA – Esperem um minuto. Acho que vai ser melhor assim. (com autoridade) Cleópatra, você fica aqui e procure descobrir mais alguma coisa e vá se encontrar conosco, entendeu bem?

CLEOPATRA - Sim, meninas.

DELTA – Será que haverá mesmo uma recompensa?

SABA – Vamos lá!

(Elas saem pelo lado direito, rindo e conversando. Cleópatra permanece no meio do palco, vigiando Maria e Jesus)

CENA 3

NARRADOR – EMBORA ESSAS MOÇAS EGOÍSTAS SEJAM IMAGINÁRIAS, SÓ EXISTEM EM NOSSA HISTÓRIA, HÁ MUITA GENTE QUE AO CONHECER JESUS TENTAM TIRAR ALGUM LUCRO DISSO. FELIZMENTE HÁ MUITOS OUTROS QUE BUSCAM CONHECER A DEUS.

(José chega vindo do lado direito do palco, acompanhado de crianças trazendo uma pequena sacola. Não chega a entrar. )

JOSE – Vamos lá, criançada! Vamos fazer uma bonita festa hoje!

CLEOPATRA - Perdão rapaz. Você sabe alguma coisa sobre a mulher e a criança que moram aqui?

JOSE – (ainda chegando no palco, sem entrar) Por quê? Sim, eu sei. Sou José, o marido de Maria. Você é...
CLEOPATRA – Sou Cleópatra.

JOSÉ – (simpaticamente) Bem, senhorita Cleópatra, não gostaria de entrar? Vamos ter uma pequena celebração aqui.

CLEÓPATRA - Oh, sim, José. Pode deixar que vou me misturar no meio das crianças.
JOSÉ – Tudo bem. (Para as crianças) Atenção:todo mundo quietinho... Silêncio por favor...

(José entra Maria está sentada ou brincando no chão com Jesus)

JOSÉ – Psst! Maria? Estou com as cri-an-ças!

(As crianças entram. Cleópatra chega por último e fica um pouco ao lado, procurando não ser vista).

1___________Feliz Aniversário!

2___________A festa é Sua Jesus!

3___________Estamos aqui para comemorar!


CANÇÃO DE ANIVERSÁRIO

TODOS - Vamos, todos juntos comemorar o aniversário de Jesus o Rei!
Turma, vamos, todos juntos cantar a mais feliz canção de louvor!

1º Solo - É tempo de parar um pouco pra brincar
Unindo as vozes para celebrar;
Famílias a cantar, canções de amor no ar
E no aniversário de Jesus , louvar cantar!

VAMOS, TODOS JUNTOS

2ª Solo - Presentes vamos dar e a casa iluminar
Por toda noite sinos vão soar:
Amigos vou chamar, a ceia pronta está
Bombons e chocolates vamos nós saborear.

Vamos todos juntos comemorar o aniversário de Jesus o Rei
Turma, vamos? Todos juntos
Cantar a mais feliz canção de louvor

Vamos todos juntos (3 vezes)

(As crianças se sentam em banquinhos ou no chão de preferência ao redor de José. Cleópatra vai em direção a Maria)

CLEÓPATRA – Alô Maria?

MARIA – Você é uma daquelas moças que encontrei lá poço, não é?

CLEÓPATRA – Sim! Receio estar “invadindo sua festa”

JOSÉ – (bem alegre e simpático) Fique à vontade, você foi convidada!

MARIA – É claro, senta aqui pertinho de nós.

(Cleópatra se senta à esquerda de Maria e Jesus)

CLEÓPATRA – (imitando voz de bebê, fala para Jesus) Parabéns pra você!

1__________ - José, conta uma de suas histórias pra nós!

2__________ - Por favor José, conta uma história verdadeira.

TODAS AS CRIANÇAS - Sim, conta, conta, conta... Sim!

JOSÉ - Oh, eu gosto muito da palavra “ SIM” Tudo bem deixem-me pensar...

MARIA – (para Cleópatra) As crianças amam brincar na carpintaria com José!

CLEÓPATRA – Oh, verdade?

MARIA – Não sei como se sentem as crianças quando andam por aí, mas sinto que aqui elas se divertem!

CLEÓPATRA – É bom, porque ele já vai treinando para ser um bom papai (Maria sorri levemente concordando)

JOSÉ – Muito bem. Vou contar a melhor história que vocês vão ouvir.

1________ - Melhor do que a Abraão?

2_________ - Melhor do que a de Elias?

3________ - Melhor do que a de ... José?

JOSÉ – Sim! Muitas histórias ficam bem guardadas na memória. Mas esta história vocês devem guardá-la no coração.
2________ - Sim José, vamos guardá-la no coração, porque nós cremos.

1________ - Qual é a história?

JOSÉ - É a história do nascimento de Jesus.

TODAS AS CRIANÇAS – SIM!!!

*ADI MACEDO

terça-feira, 19 de maio de 2009

DIA DO PASTOR

DIA DO PASTOR
Adolescente insiste em criticar o pastor de sua igreja por motivos banais.
Mesmo depois de ter recebido conselhos de seus amigos que tentam ensiná-lo a não adotar uma conduta maledicente em relação ao líder maior de sua igreja. Só aprende a lição após ter passado por uma situação decepcionante na escola, pois o menino ouve, do próprio pastor, conselhos com base na Palavra de Deus que não permitem que o jovem permaneça desanimado.
Personagens: Fábio (central), Amanda e Jéssica (jovens), Israel (filho do Pastor) e o Pastor.
Voz em off:: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver”. (Hebreus 13:7)
FABIO: Oi gente! E aí, novidades?
AMANDA: Estávamos falando de como o culto de ontem foi benção.
FABIO: Benção? Teve cantor de fora?
JESSICA: Não, só o Coro mesmo que cantou.
FABIO: Ah, então foi o pregador?
AMANDA: Não, foi o Pastor mesmo quem pregou.
FABIO: Ah, não acredito!
JESSICA: Por quê? Você não gosta dele?
FABIO: Não vou muito com a cara dele não... Ele é muito chato e tem um jeito metido...
AMANDA: Ah, não fale assim Fábio. O Pastor não é chato. Ele pega no pé porque a Igreja tem que estar em ordem.
FABIO: Tudo bem, Amanda. Nisso eu concordo. Mas que ele é metido, isso é... Mas vamos parar de falar que lá vem o Metido Júnior.
ISRAEL: Paz do Senhor, pessoal!
TODOS: Paz!
ISRAEL: Gente, eu tive a idéia de montarmos um grupo de oração para os jovens. O que vocês acham?
FABIO: Ah, mas nós já oramos no ensaio.
ISRAEL: Então, estaríamos orando mais, além de interceder pelos outros jovens.
FABIO: Ah não, orar dá dor nas costas. (risos) Brincadeira...
JESSICA: Eu tô dentro, Israel, pode contar comigo!
AMANDA: Mas temos que ver com a liderança antes!
JESSICA: você já falou com seu pai (olhando para Israel)?
ISRAEL: Ainda não, ele estava aconselhando um jovem quando saí de casa.
FABIO: O Pastor, aconselhando um jovem?
ISRAEL: É. Meu pai graças a Deus está sempre pronto para conversar. Temos que inclusive orar por Ele para que Deus lhe dê cada vez mais sabedoria.
(Fábio fica com cara de “sei, sei”).
AMANDA: Vamos fazer assim: vamos juntos falar com o Pastor e para vermos o que ele acha da idéia.
JESSICA: Isso aí!
FABIO: Ah, ele não vai nem ouvir vocês.
ISRAEL: Por que não, Fábio?
FABIO: Ah, Israel, me desculpe, mas eu acho seu pai muito metido...
ISRAEL: Mas por que você acha isso? Tipo, ele já passou sem olhar para você?
FABIO: Não.
ISRAEL: Ele te negou conselho ou ajuda?
FABIO: Não.
ISRAEL: Você já viu ele deixar de orar por alguém que precisava?
FABIO: Também não.
ISRAEL: Então, porque você acha que ele é metido?
FABIO: Ah, sei lá... Ele tem cara de gente metida.
ISRAEL: (com cara de “ninguém merece”) Deixa para lá. Então, vamos lá falar com ele.
FABIO: Duvido que ele dê atenção a três jovens.
JESSICA: Pára de implicar com o Pastor, Fábio
FABIO: Eu tô falando sério! O pastor tem cara de metido. Apesar de que, como a idéia é do filho dele, talvez ele aceite...
AMANDA: Ai Fábio... Pára com isso, menino! Um dia você ainda vai precisar do Pastor.
FABIO: Deus me livre! Bate na madeira!
JESSICA: Ai...Vamos logo!
(Eles saem e Fábio fica sozinho reclamando...)
FABIO: Será que só eu acho que o Pastor tem cara de metido???
(Toca o celular)
FABIO: Alô... Como assim? Não, não pode ser, eu fiz tudo direito, porque Deus faria isso comigo?
(Fábio fica desolado, pois acaba de receber a notícia de que não passou no vestibular. Nisto vem seus amigos super felizes).
JESSICA: Viu só, Fábio? O Pastor autorizou montar o grupo e ainda orou por nós!
FABIO: (desolado) Que bom... Pena que eu não passei...
AMANDA: (interrompe) Agora não dá para conversar, Fábio. Precisamos ir falar com o resto do pessoal.
ISRAEL: Até mais!
FABIO: Até... Nossa! Nem meus amigos têm tempo de me ouvir. Deus, por que o Senhor fez isso comigo, hein? Eu estudei, fiz tudo certo, orei... Eu tinha fé que passaria no vestibular. Por quê, hein, Deus?
PASTOR: Falando sozinho, filho?
FABIO: (surpreendendo-se) Pa...pa...pa...pastor?
PASTOR: É. A paz do Senhor! O que aconteceu? Você me parece triste.
FABIO: É que... deixa pra lá. O senhor deve está muito ocupado mesmo.
PASTOR: Não tem problema. O que aconteceu com você? Sente-se aqui. Vamos conversar um pouco.
FABIO: É que assim, desde o começo do ano eu estou estudando para o vestibular, mas estudando de verdade. Eu orei e tal, mas não passei. Isso não é justo! Sabe, tem gente que não orou, estudou menos que eu e ainda passou.
PASTOR: Você trouxe sua Bíblia?
FABIO: Trouxe, tá aqui.
PASTOR: Então, abra em Eclesiastes 3. vamos ler os versículos 1 e 11. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:” “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo”. Meu jovem, não aflija seu coração. Deus tem formas de trabalhar que muitas vezes nós não entendemos.
FABIO: É verdade, Pastor. Eu também nem estava certo se o curso que escolhi era o melhor para mim.
PASTOR: Então, meu jovem, não desanime! Deus cuida de Seus servos nos mínimos detalhes. Peça orientação a Ele sobre o melhor curso e continue se esforçando. Estude, ore, lance sobre Deus toda a sua ansiedade.
FABIO: Pode deixar, Pastor, que vou fazer isso mesmo. Obrigado, viu?!.
PASTOR: Você não precisa agradecer. Só ore por mim. Fique com Deus (ao sair, Fábio o chama)
FABIO: Pastor! Eu queria te pedir desculpa. Sabe, eu sempre achei que o senhor era metido e nunca daria atenção aos jovens.
PASTOR: Metido, eu? Porque você achava que eu era metido?
FABIO: Sei lá, o senhor tem cara de metido...
PASTOR: (risos). Deve ser o corte de cabelo...
FABIO: Ou coisa da minha cabeça né?! Mas o importante não é seu corte de cabelo e sim o que o senhor é.
PASTOR: Metido?
FABIO: Não, benção!
FIM
CHAMAR O PASTOR E A FÁMILIA, PARA SEREM HOMENAGEADOS COM PRESENTES.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A TEIA DO PECADO

MATERIAL DIDÁTICO PARA MINISTÉRIO DE TEATRO

A TEIA DO PECADO
(Pantomima)
Personagens: Senhor das Trevas (ST), Mãe, Filho, Amigo, Amiga, Homem forte, Macumbeiro, Católica, Evangélica, Jesus.

Abertura
O Senhor das Trevas (ST) abre a cena, com gestos satânicos enquanto se desloca pelo altar, examinando o local para armar sua teia. Arma a teia e aguarda a chegada das vítimas. Mãe e filho entram pela lateral e param na direita, ao lado, em cima do altar. Mãe entrega muitas cédulas para filho, entrega chave do carro, tudo de forma ostensiva. Faz um carinho em seu rosto, de uma forma que mostre os anéis e jóias em seus braços. O filho se desloca para o centro do altar (palco), enquanto a mãe olha-se em um espelho de bolsa, examina seu corpo, ajeita a roupa, com gestos de exagerada vaidade. Desce as escadas e sai....
Simultaneamente, o filho encontra-se, no meio da cena, com 1 amigo e 1 amiga, que entram pelo lado oposto. Filho mostra o dinheiro para os amigos e sacode no ar a chave do carro, com gestos de contentamento pela atitude de sua mãe (entregou-lhe dinheiro e o carro, dando-lhe liberdade).
Amigos exultam, vibrando de alegria. O ST oferece ao Amigo 1 um cigarro fininho. Este aceita e todos começam a fumar o mesmo cigarro. Quando o cigarro termina, o ST oferece a amiga uma garrafa de bebida, e todos começam a beber no gargalo, em rodízio. O amigo senta-se no chão, próximo da lateral da teia.
O cigarro e a bebida acabam. O filho então é atraído pelo ST, que oferece novo cigarro e mais bebida para eles.
Ao esticar o braço para pegar os objetos, fica com o braço preso na teia. Amigo enfia o braço também, ficando preso igualmente na teia. (Notar que fica preso sentado no chão, estirado, com o braço enganchado na teia, posição em que ficará praticamente até o final da pantomima).
A amiga, observando a situação, faz gesto de apavorada e, apesar dos apelos por ajuda de seus outros amigos, afasta-se do local, deixando-os.
Mãe entra em cena, arrogante e ostentando sua vaidade. Ao se aproximar, a mãe descobre seu filho preso na teia e leva um susto. Apavora-se, porém ignora totalmente a presença do amigo dele. Tenta libertar seu filho, enquanto o diabo continua fornecendo energia negativa através de gestos, além de mantê-los o tempo inteiro abastecidos com cigarro e bebida.
Mãe puxa o filho com gestos de desespero. Não consegue e começa a “bater” nele (esbofeteando-o) e fazendo gestos como se estivesse determinando que ele se afastasse dali por si mesmo. Filho, evidentemente, não consegue. Mãe para de bater e faz gestos de quem finalmente entendeu a gravidade da situação do filho. Desesperada, então, sai de cena para buscar ajuda.
Mãe retorna, trazendo o homem forte. Este, por sua vez, dá uma exibição de força e músculos, sorrindo com jeito de quem “já ganhou”. Mas exige pagamento adiantado. Mãe entrega todo o restante do dinheiro para ele, mostrando que a bolsa ficou vazia. Homem forte tenta usar a força bruta para libertar o filho da mulher. Ignora o seu amigo. Depois de muito esforço e simular muito suor, desiste. Porém, pega o dinheiro, olha para ele e foge da cena, levando o dinheiro.
Gargalhadas sonoras do ST.
Mãe desespera-se mais ainda. Sai e retorna puxando macumbeiro. A este entrega suas jóias, visto não ter mais dinheiro.
Macumbeiro, reunindo as jóias em uma sacola, faz sua encenação, primeiramente evocando os espíritos, em seguida, simula estar possesso. Fuma charuto, bebe na garrafa dos jovens, ao aproximar-se da teia diabo demonstra intimidade com ele que, por sua vez, de forma que a mulher não perceba, sorri para o diabo e continua na sua encenação.
Por fim, tenta puxar o jovem, sem sucesso.
Vira-se para a mulher e faz gesto de quem precisa de mais dinheiro. Ela mostra a bolsa vazia, aponta para seu corpo e demonstra que já entregou todas as suas jóias (apontando para a sacola do macumbeiro).
O macumbeiro permanece impassível e insensível, insistindo em sua posição de “querer mais”. Faz gestos de quem vai sair. Mulher é assediada por gestos de envolvimento do diabo. Demonstrando estar tonta com tudo aquilo, corre atrás do macumbeiro oferecendo a chave do carro. Este recebe a chave e a ostenta como um troféu. Ri-se.
ST novamente estronda outra gargalhada.
Macumbeiro novamente simula sua rotina de invocação dos espíritos, se agita todo enquanto rodopia e fuma charuto. Bebe de novo da bebida. Tenta puxar o jovem, mas não consegue. Mãe acompanha tudo atentamente, torcendo para que dê certo.
Outra vez, o macumbeiro pára e pede mais pagamento.
Ela fica relutante. Filho apela para a mãe, com gestos mais desesperados. Mãe, então, uma vez mais perturbada pelo diabo, como última saída, resolve mostrar suas vestes para o macumbeiro.
Este abana a cabeça, relutante. Ela insiste com ele para que aceite as vestes. Ele aceita. Ela entrega simbolicamente o paletó. Ele pega a veste, rapidamente faz nova encenação, tenta puxar o jovem, não consegue e, de maneira furtiva, pega tudo o que conseguiu tirar da mulher e foge da cena.
Novas gargalhadas do ST.
Mãe, chorando, sai de cena, após abraçar o filho. Aponta para o alto, como querendo dizer que agora iria apelar para Deus. Faz gesto de “esperar” para o filho... e, decidida, sai de cena.
Retorna com mulher católica.
Esta se faz acompanhar de um terço e usa um véu sobre a cabeça. Procura acalmar a mãe. Ajoelha-se e começa a REZAR seu terço, enquanto ST se contorce de tanto rir, bolando no chão em meio a um ataque de risos.
Após rezar durante algum tempo, a católica começa a puxar o jovem da teia. Puxa, puxa e nada consegue. Reza mais... repete a cena de puxar o jovem. Não consegue e sai, desolada, conformando antes a mãe que fica em pranto, desanimada e abraçada ao filho. ST gargalha.
Música que expresse profunda tristeza. Cena permanece assim durante algum tempo.
Entra em cena uma jovem evangélica, com a bíblia debaixo do braço. Ao passar pelo local, avista a cena da mãe com o filho e pára, aproximando-se de todos os que estão na teia. Começa a conversar com eles, tendo o cuidado de dar atenção distribuída para todos.
Jovem caído (amigo 1) resiste à pregação, com gestos de irritação e desprezo. ST desespera-se e “enlouquece” atrás da teia. Fica segurando o amigo 1, ao sentir que ele não está tão vulnerável quanto o outro.
Moça evangélica percebe a ação demoníaca no filho e expulsa o demônio, com a bíblia sendo levantada e sacudida no ar. O demônio, sem outra alternativa, afasta-se do jovem, irado, mas continua segurando o amigo 1.
Mãe e filho fazem gestos de aceitarem a pregação, de entenderem o que está sendo pregado, sorrindo esperançosos.
JESUS entra em cena e permanece ao redor deles, estendendo suas mãos protetoras sobre os mesmos.
A moça faz um gesto para o jovem e sua mãe, apresentando-lhes Jesus. O jovem estende as mãos para Jesus. Jesus segura na mão do jovem e vai suavemente puxando-o para fora da teia, auxiliando-o a se soltar, a desprendê-lo.
Mãe, jovem, moça e Jesus dirigem-se para a saída. Mas o jovem retorna, acompanhado por Jesus e o apresenta para o amigo 1, que lhe estende as mãos, pedindo ajuda.
Jesus segura suas mãos e o mesmo, por sua vez, se levanta e fica ao lado de Jesus.
O ST, enlouquecido, solta os laços e cai enrolado, em sua própria teia, debatendo-se no chão...
Cena de impacto final: Jesus apeoxima-se do ST caído no chão, "pisa" em sua cabeça e sai de cena, acompanhado dos demais...
FIM
Autoria: Edson Poujeaux Gonçalves e Rubens Belchior Fº.

Amados: esta peça é muito bonita e tem um efeito evangelístico maravilhoso.
Já a apresentamos em nossa igreja e inclusive produzimos a trilha sonora para esta representação.
Com muito prazer, disponibilizamos AQUI a trilha sonora, que você pode baixar em download e pronto! Se assim o quiser, é só ensaiar com o pessoal, dublando a trilha sonora que já está prontinha!


Baixar trilha sonora

domingo, 3 de maio de 2009

GANHEI UMA ALMA PARA CRISTO

Ganhei uma Alma para Cristo
por PalavradeDeus.com
PERSONAGENS: Mãe; Laura e Dirce (irmãs); Júlio (irmão); Moacir (amigo de Júlio). CENÁRIO: Uma sala bem arrumadinha.
ÉPOCA: Atual.

1º ATO

(Dois amigos, Júlio e Moacir, se despedem, prometendo encontrar-se mais tarde. Essa des-pedida pode ser feita na porta da casa, ou na rua).
JULIO - Está bem Moacir, eu te espero às 8 hs. Não vá se atrasar, que a noite é curta.
MOACIR- Eu me atrasar? Sou o cara mais pontual do mundo; e hoje então muito mais, temos que aproveitar a festa do Durval desde o começo. Vai ser uma bela farra. Até mais tarde.
JULIO- Até logo mais !- (entra na sala, movimenta-se de uma lado para outro, pega um livro que está em cima da mesa e fica pensativo. Larga o livro e começa a despejar o seu mau humor). Não sei como vou me descartar dessa. Hoje temos o tal Culto de natal - a mamãe vai querer que eu vá com ela e as meninas; ela que me desculpe, mas hoje eu não vou. Já prometi ao Moacir sair com ele. E depois aquela festa deve estar uma coisa de louco. (Júlio ouve passos e fica inquieto).

MÃE - (Entrando na sala). Até que enfim você chegou, eu estava ficando preocupada com a sua demora; nós já estamos prontas para o Culto. Vá se trocar ligeiro que nós esperamos por você, vá.

JULIO - (Meio embaraçado). Mamãe, eu não vou à Igreja com você hoje. Fiz outros planos para esta noite. Vou sair com meu amigo Moacir.
MÃE- (Espantada). Mas Júlio, hoje é véspera de Natal, você esqueceu disso? Mesmo depois que seu pai faleceu, nós nunca deixamos de ir aos cultos de Natal.
JULIO - Eu sei mamãe, e é isso mesmo. Eu sempre fui, mas este ano não quero ir. Já sei de cor o que o pastor vai falar, e a história do nascimento de Jesus não mudou? Ou mudou? (As irmãs Laura e Dirce entram na sala).

LAURA - Vamos mamãe? (Olha para o irmão) Você ainda não está pronto Júlio?
DIRCE - Desse jeito nós vamos chegar atrasados no Culto!
MÃE - Estamos tendo um probleminha.
DIRCE - Um probleminha? Que probleminha mamãe?

MÃE - Júlio não quer ir ao Culto conosco; diz que está saturado de ouvir sempre a mesma história.
LAURA- Que bicho te mordeu? De uns tempos para cá você anda muito desinteressado das coisas da Igreja. Quase não vai ao Culto, acha as reuniões da Juventude Evangélica chatas, as prédicas quadradas e em tudo você põe defeito.
JULIO- É isso mesmo.
DIRCE - Sabe desde quando isto está acontecendo? Desde que ele se tornou amigo íntimo do tal de Moacir.

MÃE- Não faça juízo precipitado.
JULIO - É isso mesmo; e deixa de meter o meu amigo nessa história. Eu não vou porque não quero ir, e está acabado.

MÃE- Júlio, não quero culpar ninguém, mas se você está sendo influenciado por esse seu amigo, não está certo. Você é que deveria usar sua influência cristã. É por isso que nós os crentes somos chamado de "sal da terra e luz do mundo".
JULIO - Você já disse tudo que tinha para dizer, mamãe? Então vá, porque se não perderá a hora do Culto. (Sai da sala).

LAURA - (Nervosa com a atitude do irmão) Júlio você...
MÃE - (Interrompendo) Não diga mais nada, Laura. Não vai adiantar discutir. Não vamos estragar o nosso Culto de Natal, envenenando o nosso espírito com palavras raivosas.
DIRCE- Mas mãe, ele está se afastando de Deus. De uns tempos para cá, Júlio não se interessa por mais nada. Todos na Igreja estão estranhando a atitude dele.
MÃE- Eu sei disso minha filha; você pensa que eu também não tenho notado? Estou orando muito pelo seu irmão, e espero que vocês façam o mesmo. Apesar da minha tristeza, eu confio nas palavras do Senhor que diz: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e nunca se desviará dele". E se Deus prometeu, Ele cumprirá. Vamos ao Culto e oremos por ele. (saem).

II ATO

MOACIR- (bate na porta e Júlio aparece)
JULIO - (olhando o relógio) Já são 8 hs?
MOACIR - Não te disse? Eu sou pontual. (Olha para o amigo) Que cara é essa? Nós vamos a uma festa ou a um enterro?
JULIO - Estou chateado; tive uma discussão com minha mãe e ela saiu aborrecida comigo. MOACIR - Isso passa; eu discuto sempre com a minha. Nós não nos entendemos. Aliás ninguém se entende lá em casa.
JULIO - Mas eu nunca discuti com ela. E o pior é que eu não estou certo se tenho razão ou não.

MOACIR - Mas afinal, por que é que vocês discutiram? Quero dizer. Se é que você pode contar.
JULIO- Claro que posso; não é nenhum segredo. Foi por causa do Culto do Natal.
MOACIR- Culto de Natal? Que vem a ser isto? Já vi gente discutir por muitas coisas na vida, mas por causa de Culto de Natal, não!
JULIO- Bem, vamos sair e pelo caminho eu te conto tudo. Talvez você possa me ajudar a achar uma desculpa para a minha atitude. Espere que eu vou buscar o blusão. (Apanha o blusão e saem).

III ATO

(Mãe e filhas voltam do Culto).
DIRCE- Como estava lindo o Culto.
LAURA - E o solo do Mário; quase me fez chorar.
DIRCE - Foi o solo ou foram as olhadelas dele?
LAURA- Deixa de ser sem graça!
MÃE- (Entrando na sala). Vamos arrumar a mesa para a ceia. Laura vá buscar a toalha e você, Dirce, ligue o forno para esquentar o assado (as moças saem). Estava tudo tão lindo! Só faltava meu filho! Deus meu, traga-o de volta, não permita que o mundo o envolva. (Esconde a mãos, como se estivesse chorando).
JULIO- (Entrando com o amigo). Mamãe, este é o meu amigo Moacir. Ele estava desejoso conhecê-la.

MÃE- Muito prazer em conhecê-lo. Esteja à vontade.
MOACIR- O prazer é todo meu.
Irmãs - (Laura e Dirce entram na sala com a toalha e os pratos).
JULIO - Estas são as minhas irmãs Laura e Dirce.
MOACIR - Muito prazer em senhoritas. (Cumprimentam-se).
MÃE - Vieram cedo da festa, o que foi que aconteceu?
JULIO- Nós não fomos à festa!
MÃE - Não?! ...

JULIO - Primeiro quero pedir desculpas pela minha atitude de hoje à tarde.
MÃE- Está desculpado, meu filho.
MOACIR- Ele estava encucado todo o tempo por causa disso.
MÃE- Encucado?

MOACIR - É, quero dizer, aborrecido (todos riem).
LAURA- Mamãe também ficou muito triste.
MÃE- Bem, agora já passou; mas você ainda não me contou por que não foram à festa.
JULIO - Bem, quando o Moacir veio me buscar, notou que eu estava um pouco aborrecido. Não era muito adequado para quem vai em uma festa. Quis saber o motivo, e eu contei tudo.

DIRCE- Tudo?
DIRCE- Tudo?
JULIO- Sim, tudo. Desde quando comecei a não gostar mais de ir à Igreja e freqüentar os trabalhos da Juventude Evangélica.
MOACIR - Quando ele terminou, quem ficou admirado fui eu. Ter um convívio com pessoas de espírito sadio, conhecer as maravilhas a respeito de Deus, ter fé num salvador pessoal, é como viver em um outro mundo. Eu, e os nossos amigos aí fora, somos tão confusos e mal orientados em matéria de religião!...

JULIO- E quanto mais eu falava da vida cristã, das suas alegrias e certezas, mais eu me apercebia o grande tolo que eu estava sendo. Eu nunca poderia viver fora da minha Igreja. E sabe o que mais? Falei de Jesus e da sua história maravilhosa.
MÃE- Daquela história sem novidades, e sempre igual?
JULIO- Dessa mesma, mamãe! Mas o que me afligia, foram as suas palavras: Nós somo o sal da terra e a luz do mundo.

MÃE- (abraçando o filho). Meu querido, eu tinha certeza de que Deus não abandonaria a sua ovelhinha.
MOACIR - Esta noite para mim vai ficar marcada. Foi a primeira vez que eu ouvi falar de Jesus como Salvador. Eu o conhecia somente como um símbolo de Natal.
JULIO- Agora você está sabendo por que nós não fomos à festa. Ficamos conversando a respeito de Cristo, e quando mais eu falava, mais o Moacir queria saber. As horas foram passando e o interesse pela festa também. Vai daí, eu o convidei para participar da nossa ceia.

MÃE- Fez muito bem, meu filho. Há assado para todos. Moacir, não me leva a mal, mas e seus pais?
MOACIR - A senhora deve estar estranhando em plena noite de Natal, eu aqui em casa de amigos, quando na verdade deveria estar com meus pais.
MÃE - (Um pouco embaraçada) É, na verdade eu fiquei um pouco... quero dizer...
MOACIR - Não, não se acanhe. A verdade é que meus pais não se interessam pela vida religiosa. Um noite como a de hoje, é para ser festejada com muita comida e bebida. Eles foram para a casa de uns amigos, e a minha irmã para a casa do noivo, eu, bem eu a senhora já sabe!

MÃE- Pois, sejam bem vindos ao nosso lar.
JULIO- Mamãe, eu só estou triste por ter perdido o Culto de hoje, que deve ter sido muito lindo!
Mãe - Vou dizer a vocês outras palavras que também são de grande importância. O apóstolo Paulo disse: "Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus". Você não foi ao Culto, mas Deus o usou para falar dele e de seu Filho ao seu amigo. Assim você ganhou mais uma alma para Cristo. Isso sem contar que você compreendeu a verdadeira finalidade do Natal. De depois haverá muitos natais e você terá oportunidade de contar sempre a mesma história.
LAURA - A mesa está pronta; vamos dar graças por mais um Natal!

Canto: Deus concede alegria.

FIM