segunda-feira, 22 de junho de 2009

FAMÍLIA

FAMÍLIA
Inspirada em um Livro chamado "O poder da esposa que ora" (Mundo Cristão), a autora, pensando na situação das famílias cristãs dos nossos dias, mostra o drama de uma família.
O conflito entre pai e mãe, conseqüencia nos filhos...
A disposição em mudar, a mania de jogar a culpa nos outros... Jogar tudo pra cima?
A participação de uma pessoa mais velha Mãe/Sogra, a vizinha fofoqueira...
Personagens: Professora, 5 Crianças ou Adolescentes, Ana – Criança, Igor – Adolescente , Dona Maria. – Adolescente Vestida de Idosa,
Cena I
Professora da escola dominical esta sentada em roda com as crianças aproximadamente 7 crianças)
Abrem-se as cortinas estão todos a postos no meio da sala
Narrador : apresentador
Professora: Isto mesmo crianças, nós devemos obedecer a Deus , e obedecer os nossos pais e orar por eles. Quem aqui ora por seus pais ? E pelo que pedem a Deus ?
Criança 1: Eu oro por meus pais todos os dias. Para que eles consigam comprar a nossa casa
Criança 2: Eu oro para que Deus sare a minha mamaezinha, que sente uma dor no joelho.
Criança 4: Eu oro todos os dias para a minha mãe ter bastante paciência e não me bater.
(Igor e Ana ficam calados )
Professora : Ana e Igor não querem falar? ( pergunta suavemente)
Ana: Hum eu oro sim Tia, mas é que eu tenho vergonha de falar... rs
Professora: Não precisa ter vergonha
Ana: Ah tia, é que eu não sei como dizer.
Igor : É melhor você não dizer mesmo, senão depois vai sobrar para você. ( fala avisando, mostrando – se preocupado)
Ana: Tia ! Eu oro todos os dias por meus pais, para eles pararem de brigar tanto. Isto me entristece o coração.
Professora (fica um pouco desconcertada, ) Vamos todos dar as mãos nesse momento e orar juntos por nossa família.
Professora: ... Senhor neste momento nos estamos aqui....
(Fecham-se as cortinas lentamente)
Cena II – Casa Fernando / Patrícia
(Fernando esta sentado assistindo a TV/ lendo o jornal, enquanto Patrícia prepara a café da manhã)
Patrícia : Amor... Você me ajuda aqui com a mesa enquanto eu coloco a água para ferver pra fazer o café?
(Patrícia sai.. demora um tempão e quando volta Fernando ainda não saiu do sofá)
Patrícia: Obrigada Fernando ( fala com ironia)
Fernando: (sem tirar o olho da TV sem prestar atenção na sua esposa) Por nada Benzinho...
(Patrícia pára olha para a platéia seriamente e sai andando)
(Neste momento entram os filhos)
Ana e Igor: BOM dia Pai.
( Fernando pára de assistir por um momento)
Fernando: Bom dia meus amores.
(Todos se dirigem para a mesa de café da manhã a Patrícia demora um pouco pois esta atarefada)
Fernando: Vamos logo Patrícia. Você vai me atrasar dinovo!!!
( Patrícia entra com cara de brava pegas as coisas e arruma a mesa e vai saindo... Fernando interrompe)
Fernando: Você não vai sentar para comer???
Patrícia : Dá para você parar de me cobrar?? Que coisa! Eu estou ocupada e você não me ajuda em nada....
Fernando: EUU!! Não te ajudo? Você que é egoísta não me pede ajuda. Depois fica ai Bufando. Deus me livre dessa mulher. Treco mais mal encarado.
Patrícia : Crianças Vão para o quarto agora.
Ana : Mas mãe... eu vou me atrasar para escola e ainda não comemos.
Patrícia: crianças apenas esperem um pou...
Fernando: Tá vendo sua desleixada vai deixar as crianças sem comer?? ( crianças saem)
Patrícia: Não FERNANDO... minha vontade é de deixar você, ( pequena pausa) passando fome, frio e com coceira.... ( sai batendo a porta)
Fernando : (Fica reclamando) To de saco cheio de tanta cara feia.... que coisa mais chata... eu não tenho paz dentro da minha própria casa. Vou embora sem tomar café mesmo.
(Fernando sai resmungando dizendo que está atrasado para o trabalho)
(Entra Patrícia e as crianças)
Patrícia: Ué cadê aquele homem ranzinza...Vamos crianças, tá na hora da escola, eu separei um lanchinho vão comendo no caminho
Igor: E você mãe não vai comer?
Patrícia: Não filho! Você vai ver... eu vou ficar magrinha, aquele homem esta me tratando assim só porque eu engordei um pouquinho, deixa eu emagrecer para você ver se ele não vai cair nos meus pés.
Igor: Mãe! Acho que não tem nada a ver ! Você parece a Olivia palito! Kkkk
Patrícia: Deixa de ser engraçadinho e vê se para de fazer sua mãe passar vergonha na frente de todo mundo. ( aponta para a platéia)
Cena III – Casa Patrícia e Fernando
(Patrícia chega e vai passar roupas e se lamentar e voz alta )
Patrícia: (Passando a roupa) Não agüento mais isso todo dia é a mesma coisa. Ele mudou... Ele mudou muito... Não é a mesma pessoa... Ah Senhor entra com previdência e muda ele. Porque desse jeito não vou agüentar muito tempo. Todo dia ele me maltrata, grita e me chama de desleixada.
(pequena pausa)
Patrícia: E eu Senhor, eu sou uma santa... Eu não respondo nada, fico calada , só falo quando o desaforo é demais é que abro a boca, Ah Senhor, eu quero esse homem diferente, não quero mais ele assim...
No começo do casamento era um: moranguinho, xuxuzinho, belezinha, amorzinho, tudo com inho, mas agora Deus o livre, ele arruma tanto nome feio pra me humilhar. De moranguinho virei uma melancia, de xuxuzinho virei uma abóbora e assim vai, Ai Deus não sei mais o que fazer. Olha senhor tá na sua mão. Tá na sua mão. Mas eu senhor não vou fazer mais nada, viu. Não vou mais mexer nem uma palha por ele.
( leva um pouco das roupas passadas para fora e quando volta Fernando esta sentado no sofá, entra resmungando baixo e se assusta)
Cena IV – A Briga
Patrícia: Assim não dá .... Não dá Jesus.
Fernando: NÃO DÁ O QUE PATRÍCIA? ( FALA ALTO)
Patrícia: Ah meu Jesus que susto!... Não ... não. Nada não Fernando. Eu só estava cantando aquele hino... Sem Jesus não dá... Você não vai conseguir.... Sabe? Se conhece né..
Fernando: Não conheço não. Pois pra mim parecia que você estava reclamando de mim.
Patrícia: Reclamando EU?? Eu não! E outra benzinho, se você esta preocupado, sinal que tem culpa no cartório hein! Pense você ! Eu tenho motivos para reclamar de você? ( Fala com ironia)
Fernando: Não quero mais discutir com você Patrícia.
Patrícia: Agora você foge da conversa? Vamos lá descubra porque eu estava reclamando de você.
Fernando: Ahan então você estava reclamando de mim? Não é?
Patrícia: Você é louco, eu quis dizer que se eu estivesse reclamando qual era o motivo.
Fernando: Eu sei muito bem o que eu ouvi. Já estou cansado de tanta cobrança, você pega demais no meu pé
Eu não agüento mais essa situação.
Patrícia: Você vai embora? Meu Deus você quer ir embora? Vai me largar com dois filhos ?
Fernando: Eu não disse isso, não disse nada disso. Mas se você continuar assim eu vou mesmo.
Patrícia: Continuar assim....eu estava em paz aqui, você já chegou encrencando comigo..... ( Pequena pausa) E quer saber de uma coisa, afinal porque é que você esta aqui a esta hora?
Fernando: Eu vim embora.
Patrícia: Como assim veio embora?
Fernando: Vim embora ué
Patrícia: Porque?
Fernando: Eu estava cansado.
Patrícia: Cansado? Cansado do que? Você acabou de sair de casa?
Fernando: Oh mulher que pergunta viu ! Você pergunta demais! E você porque ainda não foi trabalhar?
Patrícia: Hoje é minha folga Fernando, não mude assunto. Porque você já voltou do serviço?
Fernando: Eu já disse. EU VIM PRA CASA.
Patrícia: Que você veio pra casa eu já percebi mas Porque? Olha aqui não vamos voltar a conversa do início. Diga logo de uma vez.
Fernando: ( pausa)... Fui dispensado.
Patrícia: Ai Meu Deus eu não acredito. Mas Porque ??
Fernando: Não acredita porque? Isso acontece com todo mundo?
Patrícia: Mas e agora como vamos resolver nossa vida pagar nossas dívidas.
Fernando: Você não confia em mim? Acha que eu vou te deixar passando fome?
( Nesse momento entram as crianças porém os dois nem percebem, as crianças sentam na mesa para almoçar)
Patrícia: Bom até agora pouco você me dizia que ia embora, então não ache que eu espero algum carinho dá sua parte.
Fernando: Meu Deus, Patrícia Você não pensa em mim um minuto, não pensa que eu estou preocupado?
Patrícia: Mas você disse que acontece com todo mundo. E blá, blá, blá. Parecia estar tranqüilo.
Fernando: Patrícia eu não estou tranqüilo, Eu estou preocupado, por isso não queria conversar agora.
Patrícia: Não Fernando! Você não quer conversar agora? Você nunca quer conversar, essa é a verdade.
Fernando: Chega!!
Patrícia: Eu também acho que chega! Chega de me distratar e fingir que eu não existo! Chega de sempre ter que te implorar um carinho, um abraço, chega !
Fernando: Eu te destrato? Para de mentir !
Patrícia: Para de me chamar de mentirosa!
Fernando: Você é uma mentirosa mesmo, Você acha o que? Acha que eu me sinto bem tratado?
Você me cobra o tempo todo. Acha que o eu faço é pouco pra você. Nunca esta satisfeita com nada.( GRITA)
( Ficam em silêncio um bom tempo)
( Saem todos) ( Fecham –se as cortinas, começa a narração e muda o cenário para casa da mãe) Podem-se trocar almofadas e colocar um tapete no chão diferente
Narrador : A situação desta família estava indo cada vez pior , O relacionamento estava muito difícil e a cada dia Patrícia percebia mais defeitos em Fernando e Fernando percebia mais defeitos em sua esposa. Era uma lista de reclamações sem fim.
Cada vez que se encontravam, tinha uma nova briga, um novo motivo. Tudo isso já começava a afetar os filhos. Que a cada dia tentavam levar as brigas dos pais de uma maneira diferente, um dia na tristeza outro dia no conformismo.
Enfim Patrícia estava chateada e a um passo de ..... ir pra casa da sua mãe. .E foi o que ela fez,
Cena VII- Casa da Dona Maria
( Abrem-se as cortinas casa Vazia. Patrícia chega tocando a campainha da casa de sua mãe)
Patrícia: Maãe...
Dona Maria: Oi... Já vou... Já Vou... ( Fala baixinho) Oi minha Filha
Patrícia: Olá Mãe.... Mãe estou tão triste mãe. Mãe eu to desesperada mãe. Não sei mais o que fazer com o Fernando.
Dona Maria : Ahn.. ( faz sinal de que não esta escutando nada!)
Patrícia : (Desaba a chorar) Oh! Mãe ( Falando mais alto) O Fernando e eu não nos agüentamos mais. Não sei mais o que fazer. To fazendo até dieta.( Fala entre soluços)
Dona Maria: Dieta? Para que dieta? Aih Minha filha no meu tempo os homens não tinham problemas com as gordinhas, agora eles gostam de umas moças magras que parece até umas lombrigas secas. ( fala sussurrando)
Patrícia: Ah Mãe, mas o problema não é a dieta, na verdade to fazendo a dieta por conta própria.
Dona Maria: Dá pro cê fala logo o problema certo minha filha, que eu tenho que cuida do meu véio também. ( fala brava)
Patrícia: Ai Mãe que horror! O problema é que agente não se entende mais.
Dona Maria: Minha filha, eu aprendi uma coisa nesta vida. E não quero que você fique brava comigo, mas é importante você aprender isto antes que seja tarde. Nossos problemas devem ficar no nosso território dentro de nossa casa, não devemos levar a terceiros a nossa vida particular. Não fale mal de seu esposo, nem de seus filhos a outras pessoas, porque se você falar dará a elas liberdade para julgá-la e ainda ficará falada.
Você deve tentar conversar com seu esposo, e quando ver que suas palavras não fazem efeito, você deve se calar para poder falar..
Patrícia: Como assim se calar para poder falar? Mãe
Dona Maria: Você deve se calar para ele. Não fale mais sobre o assunto, pois só estará o aborrecendo cada vez mais.
Mas você deve abrir sua boca e falar muito, mas muito com Deus, conte a ele tudo.
Minha filha ouça uma coisa, saiba que os dois precisam melhorar e é por vocês dois que você irá orar, sempre que algo te aborrecer. Sabendo que você não pode mudá-lo, mas pode mudar você mesma, quem pode transforma-lo é o senhor .
Patrícia : Mas mãe ele faz coisas que me magoam tanto e ....
Dona Maria: Patrícia !!!! pare já com isso. Você veio me pedir um conselho e não vai me ouvir ?
Patrícia: Mãe, na verdade, eu preciso que você me ouça..
Dona Maria : Filha, e na verdade, eu quero que você resolva seu problema, porque quando nós encontramos um ombro para chorar nós sentamos e lamentamos a vida toda. Mas quando encontramos alguém, que nos coloca de pé, e põe as armas certas em nossas mãos, devemos seguir e vencer a batalha.
Filha, mas antes de orar, você deve mudar... você deve perdoá-lo. Tire todo esse rancor, essa magoa do seu coração, perdoe-o filha
Patrícia: Mãe é muito difícil para mim, ele parece ser um estranho que mora na mesma casa que eu. E que sempre que possível me ofende, me aborrece.... Mãe tem horas que é muito difícil manter a calma, imagine orar?
Dona Maria: Filha, eu sei que é difícil, mas não é para mim que você deve dizer isso é para o Senhor. Conte a ele o quanto é difícil para você.
Patrícia: Mas mãe eu sempre oro por ele e...
Dona Maria: Filha, você deve mudar... Se você quer continuar sua vida com ele Você deve perdoa-lo
Patrícia: Mãe você esta certa... eu já estou indo então...
Dona Maria: Calma minha filha, vamos mudar de assunto. Alias hoje eu achei um livro seu aqui, de quando você era solteira, pegue antes de ir está em cima da mesa da sala ( fala enquanto vai andando pra cozinha pegar o café ) eu vou passar um cafezinho para gente. ( sai mas volta em seguida)
( Patrícia levanta e pega o livro em cima da mesa e lê o título em voz alta)
Patrícia : O poder da esposa que ora. Nossa não me lembro desse livro. ( dá uma, folheada no livro)
(Entra Dona Maria )
Dona Maria: O café está quentinho... Venha.
Cena - VIII - Casa Patrícia e Fernando
Narrador : No outro dia pela manhã.
(Abrem-se as cortinas,Patrícia entra e começa a arrumar as coisas na casa e depois senta e começa a ler o livro)
Narrador: Algum tempo depois...
Patrícia: Nossa vou fazer o café que o Fernando já deve estar pra acordar.
( Rosa Bate na porta)
Patrícia: Nossa quem será?
Patrícia: Oi Rosa
Rosa: Patrícia como vai? Tudo bem?
Patrícia: Ai, mais ou menos menina,
Rosa: Xi... Mais ou menos, Porque?
Patrícia: Ah é porque.... Não esquece...
Rosa: Ai, Credo mulher, você Tá com uma cara péssima e ainda não quer falar! Você sabe que eu não conto os seus problemas pra vizinhança toda. Me conta vai, tá me deixando curiosa, o que foi dessa vez? Foi o Fernando dinovo?
Patrícia: Não foi nada, Rosa, Não foi nada, são só as dificuldades de sempre, da vida mesmo.
Rosa: Ah ! Então foi o Fernando Mesmo!
Patrícia: Olha aqui rosa você veio aqui pra que afinal? Não quero ficar comentando da minha vida o tempo todo, nossa que chato parece que você não veio aqui falar comigo, veio aqui saber da minha vida.
Rosa: Ai, Nossa amiga, só queria ajudar. Pois por mim você largava esse homem
Patrícia: Você vai me ajudar se orar por mim e parando de perguntar todo dia a mesma coisa.
Tá parecendo que você acha que minha vida é novela, e você pelo jeito não quer perder um capítulo
Rosa: Tá Patrícia, chega de tantas gentilezas ( fala com ironia) Você não tá bem mesmo! Bom o que você precisar de mim, estou disposta a ajudar!
Patrícia: Obrigada e me desculpe se fui grosseira, acho que preciso de um tempo para pensar e orar.
Rosa: Então eu vou fazer um café na sua cozinha enquanto você pensa. ( vai entrando)
Patrícia: ah... tá né. Tudo bem,
( saem as duas )
( aparecem todos menos a Patrícia)
Igor e Ana: Bom dia papai
Fernando: ( arrumando a mesa do café) bom dia meus amores. Vão chamar sua mãe ela vai se atrasar para o trabalho.
Ana: mas pai, hoje é sábado. E falar nisso, posso ir na casa da vovó hoje?
Igor : é pai, deixa.
Fernando: Pode sim.
Ana : posso levar a bicicleta...
( Patrícia Chega)
Patrícia: BOM Dia!
Ana: Nossa mãe, você está triste?
Patrícia: Filha não se preocupe, não é nada.
Ana: mas então pai posso levar a bicicleta?
Fernando : Pode tome cuidado
Igor : Pai a minha bicicleta já ficou pronta? Já consertaram ela?
Fernando: não só sábado que vêm.
Igor: Ah .... tudo bem a Ana me empresta um, pouco
Ana : Nem pensar, você quebra a sua e agora quer quebrar a minha.
( os dois começam a brigar e a gritar bem alto até que Igor chama a Ana de Egoísta bem alto todos ficam calados)(Ana chora)
Patrícia: Igor onde você aprendeu falar desse jeito? Isso não é maneira de tratar a sua irmã. Vamos, fale.
E peça desculpas a Ana.
Igor: Desculpa Ana.
Ana: Tudo bem
Fernando: Vamos Igor, fale, onde você anda aprendendo essas coisas. É na escola?
Igor: eu ouvi o papai dizendo.
Fernando: Vamos lá dentro conversar e saiba que vai ficar de castigo.
( crianças saem)
Patrícia : Fernando, deixa o menino. Ele já pediu desculpas
Fernando: Você está tirando a minha autoridade na frente dos meus filhos? ( grita)
Patrícia : Que autoridade? Seus filhos aprendem as porcarias que você fala na frente deles
Fernando: Patrícia EU VOU EMBORA!!!
Patrícia : aonde você vai??
Fernando: Não agüento mais você?
Patrícia : Eu também não te agüento mais, mas estou tentando fazer as coisas darem certo.
Fernando: Aé? E o que você esta fazendo para melhorar a situação?
Patrícia : e você?
Fernando: Vamos lá me responde você , ficou sem resposta?
Fernando: Eu..... me comprometo a fazer algo daqui para frente e você?
(Patrícia fica muda...)
Patrícia: eu não sei mais se esta é uma boa escolha... ( sai)
Fernando: Mas que droga! ( sai)
Cena : Oração 1
( entra chorando e senta no sofá)
Patrícia: Ai Senhor, eu estou desesperada
Patrícia : Está vendo como ele é, Senhor? Ele ...
Deus: Você está vendo como você é?
Patrícia: Como eu sou?
Deus: sim
Patrícia: Senhor, está dizendo que há coisas que gostaria de mu¬dar em mim?
Deus: Muitas coisas. Está pronta para ouvi-las?
Patrícia: Acho que sim.
Deus: Diga-me quando estiver realmente pronta.
Patrícia :Por que eu, Senhor? É ele que precisa mudar.
Deus: O ponto não é quem precisa mudar. O ponto é quem está disposto a mudar.
Patrícia :Mas, Deus, isso não parece certo.
Deus: Você esta disposta a mudar?
Patrícia :Mas eu...
Deus: Alguém tem de estar disposto a mudar, por amor.
Patrícia :Mas...
Deus: É importante preservar o seu casamento?
Patrícia :Muito importante Senhor
Deus: Já apresentei o meu caso. Vamos começar mudando você.
Patrícia :Ajude-me a tomar a atitude certa sobre isto, Senhor.
Deus: Isso cabe a você.
Patrícia : Senhor é muito difícil fazer o bem sem ser correspondida
Deus: Foi o que fiz pela humanidade
Patrícia: O que devo fazer?
Deus: Perdoe, o rancor esta matando você
Patrícia :Oh, isto vai se rmuito dificil vou precisar de sua ajuda.
Deus: Eu sempre estou aqui.
( fecham – se as cortinas Patrícia continua no mesmo lugar)
Narrador: As coisas não andam nada bem. Porém ao que parece patrícia vai tomar uma posição diferente nesta situação. Dizem que quando alguém faz algo bom com entusiasmo influencia as pessoas do ambiente. E quando alguém te faz bem fica quase impossível de retribuir com o mal. É como um velha história que diz que uma mulher odiava sua sogra e foi até um feiticeiro comprar um veneno para matá-la aos poucos. O feiticeiro lhe vendeu o veneno, porém lhe disse que ela deveria agir com carinho com a sogra, para que ninguém desconfiasse. Passado algumas semanas a mulher voltou ao feiticeiro pedindo um antídoto para
Que o veneno não fizesse mal a sogra, pois agora a mesma a tratava como filha. O feiticeiro disse você plantou amor e recebeu o mesmo de sua sogra, Não se preocupe o veneno que lhe dei não é um veneno e não fará mal algum a ela.
Mas as coisas não são tão rápidas assim Patrícia e Fernando estão sofrendo com esta situação e as feridas demoram um pouco para cicatrizarem por isso nós precisamos tanto do auxilio divino.
Na manha seguinte Patrícia acordou mais cedo, para ter um momento a sós com Deus.
( entra Patrícia senta no sofá)
Cena : Oração 2
Oração
Senhor, eu preciso mudar. Não conseguirei sem a sua ajuda. Dá –me um novo coração. Me Ajude livrar da mágoa, ira e desapontamento que eu sinto. Me ajude a perdoar meu esposo, pois pra mim neste momento parece ser a coisa mais difícil. Tome a dureza do meu coração. Que haja reconciliação, paz e cura neste casamento.
Tome meus velhos hábitos emocionais, reações automáticas, egoísmo, impaciência, irritação suposições rudes e posição autoprotetora e torne-me paciente, bondosa, fiel, gentil e autocontrolada. Mostre-me onde há pecado em meu coração. Confesso as vezes em que mos¬trei falta de amor, fui crítica, zanguei-me, ressenti-me, fui des¬respeitosa ou não pude perdoar meu esposo.
. .
Coloco as minhas expectativas na sua cruz. Liberto meu marido do fardo de satisfazer todas as minhas expectativas. Ajude-me a aceitá-lo como ele é. Deixo as mudanças sererm feitas pelas suas mãos. O Senhor é perfeito e peço que nos aperfeiçoe.
Me ensine a ajudar meu esposo através da oração ainda que ele tenha me magoado, que eu sinta o desejo de ajudálo. Faça de mim a ajudadora, defensora, amiga e o apoio de meu marido.
Ajude-me a vê-lo com novos olhos, novo amor, nova compai¬xão e nova aceitação. Dê a meu marido uma nova mulher, e que seja eu.
Cena – Quase uma Família Normal.
( entram todos Patrícia esta chorando)
Ana e Igor : Bom dia mãe.
Patrícia: Bom dia.
(puxa patrícia de canto e fala como se para as crianças não ouvirem )
Fernando: tá chorando é. Vai fazer drama para as crianças agora
Patrícia: ( respira fundo ) Não que nada, fique tranquilo, só quero que me desculpe pelo que eu disse ontem. Fui uma boba. Viu .. quero que tenha um bom dia hoje.
Fernando: (fica sem reação)( pausa) tá passando bem?
Patrícia: claro.
Fernando: ( ainda meio sem reação) Fez café? ( querendo mudar de assunto) ( vai falando e indo para sentar no sofá como de costume)
Patrícia: Ai me desculpa estou um pouco atrasada no serviço hoje? Você poderia me ajudar?
Fernando: Assim que eu ler o jornal.
Patrícia : Poxa vida hein! ( para para pensar que já ia reclamar)
Fernando: (olha com olhar bravo) que foi?
Patrícia : O corinthians perdeu ontem dinovo!
Fernando: Patrícia se ta agindo estranho.
Patrícia: eu?
Fernando: É não ta falando coisa com coisa, além do mais o corinthians sempre perde.
Patrícia: dá um sorrisinho e sai. ( as crianças saem junto)
Fernando: ( fica pensando passa a mão na cabeça umas três vezes e levanta para arrumar a mesa)( fala sozinho)
Não consigo entender mulher. Oh bicho difícil de entender! Agora a patrícia começou a agir assim, o que que ela quer que eu pense? Ela ta agindo como se nada tivesse acontecido..... Talvez ela só não queira mais brigar. De qualquer forma é melhor assim que do outro jeito.É melhor uma mulher meio desparafusada do que uma mulher brava... rs
Ainda mais agora que eu to tão preocupado, e o pior é que eu entrei no consorcio pra dar aquele carro de presente para a patrícia. Tá certo que o carro não é só pra ela, mas ela usaria mais porque eu trabalho muito perto, poxa vida ela nem sabe mas eu não sei mais como vou pagar, agora que fiquei desempregado.
( Patrícia entra e fica parada)
Eu não sei o que fazer... não sei mesmo, como vou falar isso sem causar mais desacordo entre nós
Fernando: Jesus.. que susto. Se ta ai a quanto tempo.
Patrícia : cheguei agora. Porque?
Fernando: nada, que é isso ai? ( aponta para o envelope )
Patrícia : Não sei, vê ai. Parece uma conta.
Fernando: Depois eu vejo...
Patrícia: Vê logo. E se for algo importante.
Fernando: ( Abre a conta e mostra para Patrícia) é a parecela do consórcio que eu fiz, de um carro para você. (Tosse) nós.
Patrícia: Fernando nós não temos como pagar custa 800,00
Fernado : eu sei mais fiz com boas intenções antes de pedir a conta no serviço. Agora estou muito chateado por isso.
Patrícia: Calma, Fique calmo Posso orar ao Senhor por vc sobre isso? ( Fernando acena com a cabeça que sim) olha só vai vencer daqui a dois meses, isto é depois do natal, dá tempo de vc arrumar um emprego
Fernando: só Deus sabe.
Patrícia: é vou falar com ele.
Fernando : que?
Patrícia: Nossa você esta atrasado para a escola dominical.
( Sai apressado depois Patrícia sai)
( fecham as cortinas para arrumar cenário para quarto)
Narrador : O casamento de Patrícia e Fernando estava começando a caminhar novamente, através das orações que fazia, expondo a Deus seus reais sentimentos Patrícia trazia para si paz de espirito, Deus estava transformando Patrícia, e aos poucos Fernando começou a perceber as mudanças de sua esposa, que estava cada vez mais carinhosa cuidadosa e amiga,
Patrícia estava fervorosa em suas orações, ao ínvez de reclamar ela orava todos os dias por seu Esposo pelos mais variados motivos.
Por seus sentimentos, Sua paternidade, seu Temperamento... Quanto mais ela abria o coração, o Senhor entrava e transformava toda a casa.
Patrícia orava muito para que Fernando arrumasse trabalho e o seu Medo não eram só as dívidas, seu medo maior era a depressão de Fernando, que poderia chegar a qualquer momento. Como no Natal passado... Patrícia ceiou somente com seus filhos pois Fernando foi se deitar enfurecido com algum problema deixando-a sozinha. Ela não queria que seus filhos tivessem mais um Natal daquele. Enfim .... Passou –se o tempo e chegou a semana do Natal..
Cena : Oração 3
( entra Patrícia de pijama e ajoelha na cama )( neste momento o ambiente fica um pouco escuro)
Senhor eu quero te agradecer pois o meu esposo esta sendo tranformado. Suas atitudes estão mudadas, seu animo esta restaurado, sua fé esta abençõada, Deus obrigada pois o senhor trouxe vida a minha casa.
O senhor fez reviver o que estava morto, e eu vi o milagre que o senhor fez em minha vida, o senhor tirou a amargura da minha vida, amargura que me fazia sua prisioneira, eu achava que tinha toda a razão e por isto não queria mudar senhor era meu ódio que me impedia de ser feliz com meu esposo.
Senhor obrigado pois o senhor me libertou das garras do inimigo.Obrigado pois o senhor sempre cuida de mim.O senhor renovou meu esposo agora peço que o senhor o ajude a encontrar um lugar ao qual ele possa trabalhar e trazer o sustento a nossa casa. Sei que o senhor nos orienta para não andarmos, a indagar o que havemos de comer ou beber, ( Fernando entra e senta ao lado fica ouvindo a oração) e não nos entregarmos a inquietações. Por isso peço sua ajuda para o manter-se erguido como uma fortaleza, aguardando o agir de sua mão forte .
Oro para que o Senhor dirija seus atos e que ele possa colocar o Senhor em cada aspecto de seu trabalho. Dê a ele confiança suficiente nos dons que recebeu para que possa buscar, encontrar e fazer um bom trabalho. Abra-lhe as por¬tas da oportunidade que homem algum pode fechar. Desen-volva as suas habilidades de modo a aperfeiçoá-las a cada ano. Mostre-me o que posso fazer para encorajá-lo. Dê-lhe força, fé e uma visão do futuro.
Oro para que o seu trabalho seja estável, seguro, bem-sucedido, satisfatório e financeiramente compensador
( Patrícia termina de orar e Fernando ajoelha do lado dela e diz amém )
Fernando: Quer saber ? Suas orações são grande força em minha vida. Eu chego em casa e sei que tem alguém que esta no mesmo time que eu, que luta comigo e me ajuda.
Patrícia: Agradeça ao Senhor foi ele que me transformou.
Fernando: Hei Já ia me esquecendo
Patrícia : o que?
Fernando: Ah boa notícia. Arrumei um emprego e .... ( mostra a chaves do carro) trouxe seu carro, tá lá fora deixa eu te contar, você nem sabe...( saem enquanto Fernando vai contando empolgado)
(Vão se fechando as cortinas) FIM
Dona Maria :. Ah, gente, ia me esquecendo. Eles viveram felizes...( fecha a cortina toda)

Deus, estou furioso com você!

Deus, estou furioso com você!

O pai morreu!
O filho, Guilherme, revoltado contra Deus pela morte do seu pai.
A mãe, enlutada, não tem palavras que possam dar conforto ao filho...
Deus fala com Guilherme.
Elenco:
Mãe: gentil, vestida de preto.
Gui: Guilherme, adolescente, vestido de preto
Deus: Vestido de branco
Cenário: No quarto do Guilherme.
(Mãe e filho entram vestidos de preto. Ela abraça o filho, ele se solta dela, com raiva)
Mãe: Gui, você está bem?
Gui: Não! Ele não deveria ter morrido!
Mãe: Eu sei... É tão difícil entender.
Gui (com mais raiva): Ele deveria estar no Campeonato de Futebol da escola no mês que vem! Não é justo! Ele não deveria ter morrido!
Mãe: Você sabe que ele queria estar lá com você. Não tinha nada que ele pudesse fazer. Ninguém poderia fazer nada.
Gui: Deus poderia ter parado! Nós oramos! Por que ele não foi curado? Por que Deus não o curou?
Mãe: Eu... Eu não sei. Eu sei que seu pai amava Deus de todo o coração, e ele está no céu agora. É nisso que devemos nos apoiar, por agora... E que o veremos de novo algum dia.
Gui: Algum dia? Eu não preciso dele algum dia! Eu preciso do meu pai no meu Campeonato de Futebol no mês que vem!
Mãe: Eu sei... Desculpe... Por que não conversamos mais amanhã? Nós dois estamos muito cansados e eu tenho que ir ao escritório do advogado assinar alguns papéis. Você vai ficar bem até eu voltar? Mais tarde eu esquento um pouco de comida para nós.
Gui: Não estou com fome.
Mãe: Eu sei. Nem eu, mas talvez até mais tarde estejamos. Tenho certeza de que nos sentiremos melhor se comermos algo.
Gui: Que seja.
Mãe: Eu te amo, muito. Eu volto em duas horas.
Gui: Que seja.
(A mãe sai, Gui senta na cama)
Gui: ...Não é justo!
(Ele se levanta e joga tudo o que está sobre a mesa no chão, com muita raiva)
Gui: Não é justo!
(Começa a chorar e senta-se na cama, tapando o rosto com as mãos. Um homem de branco, silenciosamente se aproxima dele)
Gui (olhando para cima): Deus! Estou furioso com você! Você poderia ter parado. Você poderia ter curado ele. Nós oramos! A Bíblia não diz que você responde quando oramos?
Deus: Eu sempre respondo o choro de um coração.
Gui (olha para o alto, com mais raiva e então surpreso): Você não me respondeu! Eu orei por semanas para que meu pai não morresse, e agora ele se foi!
Deus: Eu entendi o que você queria... O seu pai aqui com você... Para levá-lo aos jogos de futebol... Para estar aqui quando se formasse na faculdade... Quando se casasse e quando você tivesse seus próprios filhos.
Gui: Não só para coisas grandes. Eu o queria aqui só para conversar. Ou para ver televisão comigo. Eu só o queria aqui.
Deus: Eu sei... Sabe quando eu mais gostei de ver vocês dois juntos?
Gui: Do que você está falando?
Deus: Eu me lembrei do domingo em que você foi até o altar para pedir o meu Filho em sua vida. Seu pai estava lá, segurando seus ombros. Ele estava tão orgulhoso de você ali, como nunca esteve antes. Ele também estava orgulhoso de si mesmo. Ele sabia que tinha sido um bom pai para você. Ele tinha dado a coisa mais importante para você, para crescer como um homem que ele se orgulharia.
Gui: Mas por que você não atendeu a minha oração?
Deus: Eu disse, eu sempre atendo ao choro de um coração.
Gui: Mas eu pedi para você para curá-lo.
Deus: Guilherme, eu queria que você ouvisse o que eu ouvi, às 11:30 da noite na última quinta-feira. Você estava com o seu pai, no hospital, ele estava sentindo muitas dores. Ele entrou em coma, mas a dor estava lá. Ouça... Foi isso que eu ouvi.
Voz de Guilherme: Deus, por favor, não o deixe sofrer assim. Por favor... Jogue essa dor para longe.
Deus: Isso é o que eu quero dizer com o choro de um coração. Você não estava pensando em você mesmo, ou o quanto ele te faria falta. Você só estava pensando nele, e quanta dor ele estava sentindo. Você só queria o melhor para ele, sem importar o quanto isso te custaria. Eu sei como se sente.
Gui: Você é Deus. Como você pode saber a dor de se perder um pai? Como você pode saber como me senti ali, vendo ele morrer?
Deus: Porque eu estive ali, vendo o meu filho morrer... Como você acha que se sentiria, se você tivesse o poder de impedir seu pai de morrer, mas ainda assim ficar ali, só olhando?
Gui: Mas por que você fez isso? Você é Deus!
Deus: Porque eu amo você. E sua mãe, e seu pai. Como eu não poderia permitir meu filho de morrer, se isso significava a vida eterna para todos vocês? Eu senti a falta dele quando ele veio a este mundo como um bebê, exatamente como você sente falta de seu pai agora. Partiu meu coração ficar ali, vendo-o morrer, exatamente como o seu coração está partido agora. Mas eu amei demais a você para pará-lo, e ele te amou muito para não vir. Mesmo que isso significasse a cruz. É por isso que seu pai está no céu comigo agora, e esperando por você e sua mãe. Algum dia. Eu sei, eu não posso sempre responder do jeito que querem que eu responda, mas eu sempre respondo suas orações. Às vezes é sim, às vezes é não, e às vezes é apenas... Espere. Eu não posso te dizer agora, todas as razões porque o seu pai se foi, mas eu prometo, você vai entender algum dia. E eu prometo que estarei com você e sua mãe, todos os dias, e todos os anos à frente. Eu não te deixarei nem por um minuto. Você acredita que farei isso?
Gui: Sim... E, me desculpe, eu... Eu estava tão nervoso... E... Pode dizer ao meu pai o quanto o amo e o quanto eu realmente sinto falta dele?
Deus (abraçando): Com certeza, eu direi!

AS PERSONALIDADES DE UM PAI

AS PERSONALIDADES DE UM PAI
Adolescentes conversam sobre os pais que têm, estes diálogos costuram cenas vividas por caricaturas de pais, a saber, PAI:
ATLETA; EXECUTIVO; BÊBADO; BAD BOY; CRISTÃO.
Os lamentos das respectivas famílias...
Adolescentes conversam sobre os pais que têm, estes diálogos costuram cenas vividas por caricaturas de pais, a saber, PAI:
ATLETA; EXECUTIVO; BÊBADO; BAD BOY; CRISTÃO.
Os lamentos das respectivas famílias...
ATORES.
PAI: ATLETA
PAI: TRABALHADOR (EXECUTIVO)
PAI: VICIADO BEBADO
PAI: BAD BOY
PAI: CRISTÃO
Mãe 1 Maria
Mãe 2 Madalena
FILHOS (5) Lucas, Pedro, Ricardo, Silvana, Ana Flavia.
CENA
FILHOS SAEM DA ESCOLA E NO PONTO DE ONIBUS INICIAM DIALOGO SOBRE SEUS PAIS.
Lucas: (chega sorridente e muito feliz) Dae Galera tudo bem com vocês.
Ricardo: Cara comigo não está nada bem.
Lucas: Porque aconteceu alguma coisa contigo?
Ricardo: Na verdade sim, meu pai chegou ontem em casa muito tarde, ele estava bêbado, bateu em minha mãe. Sabe foi horrível aquela cena, e isso está acontecendo quase todo dia, não existe mais paz em nossa casa.
(Cena de um pai bêbado brigando com esposa)
Silvana: Que triste isso amigo, lá em casa isso não acontece, porém meu pai nunca tem tempo para nós, ele só se preocupa com trabalho, quando não está na empresa, ela está viajando, e quando chega a casa fica na internet resolvendo assuntos de trabalho, minha mãe está deprimida eu não tenho um pai presente em minha vida, única coisa que eu gostaria é ter ele por perto nas horas difíceis.
(Cena Pai trajado com terno, gravata e uma pasta falando ao celular resolvendo assuntos da empresa, não da atenção para esposa e filhos.)
Ricardo: Que coisa, agora o meu pai é muito legal ele é atleta, vive nos campos de futebol, não perde uma pelada, toda noite ele sai jogar bola, e nos finais de semana ele vai ao clube praticar natação, tênis e peteca, assiste todos os jogos do Corinthians na segunda divisão.Sabe eu não critico ele mas sinto falta dele, estar junto , conversar ouvir conselhos, sabe faz muito tempo que ele não reserva um tempo para família.
(Cena pai vestido de traje esportivo para futebol e com uma raquete de tênis na mão combinando futebol com amigos)
Ana Flavia: Mas vocês ainda conhecem os seus pais, o meu pai foi embora quando tinha 5 anos, ele deixou minha mãe meus 3 irmãos e eu, sabe minha mãe sofreu muito para dar sustento à todos nós.
Pedro; O que aconteceu com teu pai vc sabe onde ele mora oque faz?
Ana Flavia: Minha mãe falou que ele anda por aí sem rumo e sem destino, é usuária de drogas e virou Bad Boy noturno.
(Cena pessoa usando roupas de coro barbudas de óculo escuro curtido a noite e drogas)
Pedro: Mas e você Lucas porque toda essa alegria em teu semblante vc não falou nada sobre teu pai.
Ricardo: É mesmo Lucas porque você não fala de teu pai, como ele é? Não vai dizer que pior que meu?
Lucas: Galera eu estava ouvindo atentamente vcs falarem sobre seus Pais e percebi que sou privilegiado.
Ana Flavia: Como assim teu pai é muito rico?
Lucas: Meu pai é uma pessoa muito rica sim, o grande tesouro dele não está aqui nessa terra.
Ricardo: Como assim se não está na terra está na água.
Lucas: Tesouro que falo é no céu é eteno, meu pai tem plantado isso todos os dias desde que ele entregou a vida dele a Jesus, ele me ensina em nossos devocionais diários valores eternos algo que nem traça nem ferrugem corrói , todos os dias oramos juntos e conversamos sobre vários assuntos, ele sempre me orienta a pensar e agir como Jesus.
Pedro; agir como Jesus, não entendi?
Lucas: Ah na verdade agir como Jesus é uma expressão pq. nunca vamos conseguir ser igual a ele, o que meu pai ensina é imaginar oque Jesus faria se estivesse meu lugar quando tenho oportunidade de mentir, colar na prova, falar palavrões mexer com as meninas, sabe isso me ajuda a agir como Jesus.
Cena pai Cristão orando pela família lendo a bíblia sendo amável com esposa e filhos.
Lucas: E vocês conhecem nosso pai que esta no céu?
Silvana: Um dia minha mãe falou sobre ele, disse ser alguém que criou todo universo, na verdade nem dei atenção para ela.
Lucas; Isso mesmo tua mãe está correta, temos um paizão no céu que nunca nos decepciona ele está sempre ao nosso lado quando precisamos , é amoroso cheio de graça e ainda nos da a vida eterna.
Pedro: Nossa é um pai desses que eu quero ter. (todos Repetem que querem também pai assim)
Lucas: Então ta vou fazer uma oração e vcs repetem comigo.
Papai do Céu, hoje quer ser chamados de teus filhinhos, vem entra em nossos corações e faz morada, traz paz e alegria a nossos lares, declaramos que sem a tua presença em nossas vidas ela não tem sentido, vem agora e toma meu coração amem.
F1: Viu agora vcs tem ele no coração, algo mais precioso que tudo neste mundo.
Ver musica final.
OBS: As cenas sobre os Pais acontecem entre o diálogo dos adolescentes e podem ser realizadas ao lado ou onde ficar melhor a visualização para a igreja.

VÓS PAIS... VÓS FILHOS...

VÓS PAIS... VÓS FILHOS...
Uma reflexão sobre o mandamento Bíblico de obedecer os pais... e não irritar os filhos...
Se os pais tem motivo para reclamar, os filho também tem.
Nota da autora
Esta peça foi dada por Deus, quando Este colocou em nosso coração a necessidade de fazermos não apenas uma peça para o Dia dos Pais, mai algo que pudesse ser usado para a reflexão. Deus deu os detalhes, a forma.
Fizemos uma pesquisa entre os adolescentes de nosso conjunto, dezenove deles responderam a enquete, sendo que a grande maioria, afirmou que o que mais o irritavam era os pais, falarem, falarem, falarem...

Base Bíblica
Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados. (Colossensses 3:20 e 21)
Sinopse
Se os pais tem motivo para reclamar, os filho também tem. Uma reflexão sobre o mandamento Bíblico de obedecer os pais... e não irritar os filhos...
CENA 01
(Música evangélica em volume bem alto)
PAI: Amor? João Pedro? Maria Gabriely? Papai chegou! Hei! Tem alguém em casa? Nossa que barulho... João Pedro? O João Pedro?
JOÃO PEDRO: Que foi?
PAI: Cadê sua irmã?
JOÃO PEDRO: Que?
PAI: Cadê a sua irmã?
JOÃO PEDRO: Ah, tá se arrumando.
PAI: Tá o que?
JOÃO PEDRO: (impaciente) Tá se arrumando.
PAI: Não entendi ainda, abaixa esse som filho.
(João Pedro abaixa o som)
JOÃO PEDRO: Tá ficando surdo pai? Eu disse que ela tá se arrumando.
PAI: Surdo deve tá você escutando essa música nessa altura.
JOÃO PEDRO: Ah pai, é legal.
PAI: Mas precisa ser nessa altura?
JOÃO PEDRO: É que baixo não tem graça!
PAI: Sei, sei, mas deixa desligado agora porque o papai quer descansar um pouco.
JOÃO PEDRO: Ah, tá bom. (saindo)
PAI: Onde você vai?
JOÃO PEDRO: Entrar na internet.
PAI: Não sei o que vocês tanto fazem nessa internet... vai lá mas não passa o dia todo.
PAI: Tá bom.
(O pai senta e começa a ler a Bíblia, nisso o telefone toca)
PAI: Alô (pausa), Ly? Não, não tem ninguém com este nome não mocinha, você deve ter discado errado.
(Maria Gabriely chega interrompendo)
MARIA GABRIELY: Quem é pai?
PAI: Só um minuto (põe a mão no telefone) É engano, uma moça atrás de uma tal de Ly.
MARIA GABRIELY: Sou eu pai! Me dá logo isso aqui.
PAI: Não, você é Maria Gabriely, Ly? De onde vocês tiraram isso?
MARIA GABRIELY: GabrieLY, é muito mais fácil falar Ly do que Maria Gabriely, o senhor não acha? (pausa) Mas me dá logo o telefone!
(O pai entrega o telefone e sai resmungando, enquanto a filha fica falando em “off”)
PAI: Vou te falar viu, a gente passa meses e meses quebrando a cabeça para escolher um nome bonito e vocês resumem a Ly, Ly o que? Bula de remédio?
(Dá-se um pequena Pausa a fim de deixar a idéia de que o pai foi até o banheiro e voltou, enquanto isso Maria Gabriely continua ao telefone conversando em “off”).
PAI: Maria Gabriely? (pausa) Que bagunça é essa no banheiro? Filha, hei, que bagunça é aquela no banheiro? (ele vai falando e ela não larga do telefone) É creme pra tudo quanto é lado, toalha no chão, perfume espalhado e fora que o chão tá parecendo um lago! Ontem foi a mesma coisa, a mesma bagunça , aliás, ontem não, todo o dia né, você não toma jeito não menina, é impressionante a bagunça, toalha no chão, os cremes espalhados e perfume aberto, onde já se viu, como consegue fazer tanta bagunça. Eu quero tudo aquilo arrumado viu, é inadmissível...
MARIA GABRIELY : Tá bom pai! Eu já entendi.
PAI: Entendeu nada, você não tá nem prestando atenção! Eu quero aquele banheiro limpo, sem aquelas coisas...
MARIA GABRIELY : (interrompendo) Tá, sem creme pra tudo quando é lado, toalha no chão, perfume espalhado, chão molhado, tá eu já entendi, posso continuar a conversar em paz?
PAI: Isso mesmo, que bom que você entendeu.
MARIA GABRIELY : Também, fala 1500 vezes!
PAI: Exagerada, e vê se sai desse telefone porque custa caro.
(O pai sai da sala chamando João Pedro)
PAI: João Pedro? Você não tem lição de casa filho? Não vai ficar na internet e esquecer da lição tá?
(Maria Gabriely continua no telefone, o pai volta e começa a dar bronca)
PAI: Você ainda tá aí? Maria Gabriely, assim não tem condições, você fica nesse telefone o dia todo, e depois sou eu quem paga a conta, onde já se viu, fica de tititi no telefone o dia todo, isso custa caro viu, não é a toa que a conta vem tão alta. O tempo que você fica perto das suas amigas não é o bastante não? Tem ainda que ficar esse tempo todo no telefone? Será possível? Eu não me conformo com isso (pausa) João Pedro? Sai da internet filho e vai fazer sua lição! (pausa) E você sai desse telefone vamos, eu já te disse que custa caro? Fora que quem paga a conta sou eu, e sem a menor necessidade, porque tempo pra conversar com suas amigas você tem de sobra (pausa) João Pedro?
JOÃO PEDRO: Que foi pai?
PAI: Sai já da internet e vai fazer lição de casa.
JOÃO PEDRO: Ah pai, só mais um pouquinho.
PAI: Nem mais, nem menos, sai agora.
JOÃO PEDRO: Ah pai, o que custa? Depois eu faço a lição, deixa vai?
PAI: Não, eu te conheço você vai esquecer.
JOÃO PEDRO: Não esqueço.
MARIA GABRIELY : (interrompendo) Mas que inferno, não se pode nem conversar no telefone em paz nessa casa!
PAI: Que isso menina? Isso é jeito de falar? Nosso lar é uma benção!
MARIA GABRIELY : E o senhor um chato! Dá licença, nem se pode falar no telefone, que fica ai falando igual um desesperado.
PAI: Chato, eu? Se ser responsável é sinônimo de chato, eu sou sim e com muito orgulho. E nem fica me olhando com essa cara não porque não tem condições de você ficar esse tempo todo no telefone, eu não sei que tanto assunto é esse que você arruma com a sua amiga.
JOÃO PEDRO: Ah, é o Thiago...
MARIA GABRIELY : Cala boa menino! Se não eu te mato!
PAI: Hei, hei, hei, não briga com seu irmão, que Thiago é esse?
MARIA GABRIELY : Um menino da Igreja.
PAI: E o que mais?
MARIA GABRIELY : (apaixonada) E lindo, fofo, simpático, educado...
PAI: Pode parar! Não gostei desse Thiago.
MARIA GABRIELY : Porque, o senhor nem conhece ele?
PAI: Não, não, não, pode esquecer ele, porque eu não gostei.
MARIA GABRIELY : Mas pai, todo mundo tem um namorado, porque eu também não posso ter um?
PAI: Filha, você não precisa de um namorado adolescente, lindo, fofo e blá, blá, blá.
MARIA GABRIELY : Ah não é? E eu preciso do que então?
PAI: Ah! De um pai de família respeitado, professor de Escola Dominical, empregado conceituado...
MARIA GABRIELY : Mas esse é o senhor?
PAI: Isso mesmo! Você tem um pai maravilhoso, não precisa de um namorado.
MARIA GABRIELY : Ninguém merece viu, deixa pra lá. Posso ir na casa da Milena assistir um filme?
PAI: Quem vai?
MARIA GABRIELY : Ah, o pessoal da Igreja.
PAI: Quem?
MARIA GABRIELY : Ah, a Renata, a Natália, a Sara, o Fabio, o (abaixa o tom) Thiago.
PAI: Não.
MARIA GABRIELY : Ah pai, pára com isso vai, deixa, por favor?
PAI: Tá, mas é para voltar no máximo nove e meia.
MARIA GABRIELY : Ah pai! Nove e meia não tem graça.
PAI: Se quiser é assim.
MARIA GABRIELY : Tá bom. (e sai)
PAI: E você? Tá fazendo o que ai parado?
JOÃO PEDRO: É que... assim né... eu pensei que talvez o senhor, como é o melhor pai do mundo, sempre tão atencioso, um homem tão bom...
PAI: Fala logo filho.
JOÃO PEDRO: Me dá dinheiro?
PAI: Não.
JOÃO PEDRO: Ah pai, o que custa?
PAI: Custa trabalho e muito, fora que eu já te dou mesada.
JOÃO PEDRO: Ah pai! Mas quem sabe assim uma antecipação do 13º?
PAI: 13º? Você não trabalha, logo não tem direito a 13º, muito menos a adiantamento.
JOÃO PEDRO: Mas o senhor trabalha, logo tem direito a 13º e eu como sou seu filhinho querido, tenho mereço uma antecipação, o senhor não acha?
PAI: Não.
JOÃO PEDRO: Ah pai, Mas nem um empréstimozinho?
PAI: Não.
JOÃO PEDRO: Nossa pai, o senhor deveria ser um homem mais flexível nas negociações heim.
PAI: Ah, muito obrigado pelo conselho, mas nada feito, e vai fazer sua lição.
JOÃO PEDRO: Ah, tá bom, fazer o que né?
(JOÃO PEDRO sai, e o pai fica lendo e aleatoriamente olhando no relógio)
PAI: Nove e trinta e cinco, já tá atrasada...
PAI: Quinze para às dez, parece até que não tem relógio...
PAI: Dez horas, Senhor, será que aconteceu alguma coisa?
PAI: E esse celular que só dá Caixa Postal...
PAI: Onze horas! Ai Senhor! (se ajoelha e começa a orar) Deus, tem misericórdia ó Pai, guarda minha filha, acampa com os Seus anjos ao redor dela e trás ela em paz, em Nome de Jesus. Amém.
PAI: Onze e meia, ah Senhor, tem de misericórdia.
(Maria Gabriely chega)
PAI: Ai, graças a Deus! O que aconteceu filha?
MARIA GABRIELY : Nada.
PAI: Porque você chegou tão tarde?
MARIA GABRIELY : Porque sim oras! Nós resolvemos assistir outro filme.
PAI: E porque você não avisou?
MARIA GABRIELY : Nossa, que interrogatório! Misericórdia!
PAI: Misericórdia digo eu, você não pensou que eu ficaria preocupado de você se atrasar não? Você já pensou que poderia ter acontecido alguma coisa?
MARIA GABRIELY : Pai, vê se me erra! Já fui, já voltei e tô bem, agora chega de sermão!
PAI: Custava você ter avisado que ia chegar mais tarde?
MARIA GABRIELY : Custava porque o senhor ia ficar falando que era tarde, pra eu deixar pra outro dia e patati e patatá... para no fim dizer não!
PAI: E você preferiu me deixar imaginando um monte de coisas do que ouvir um simples não?
MARIA GABRIELY : Ah pai! Pára de drama! Eu já cheguei, tô bem, precisa ficar falando?
PAI: Precisa sim mocinha! Você me deixou preocupado, e ainda me desobedeceu, eu te disse que era para chegar nove e meia e não quinze para a meia-noite!
MARIA GABRIELY : Ah tá bom! Já terminou? Se terminou fala logo, porque eu quero dormir.
PAI: Será que você não entende que eu me preocupo com você?
MARIA GABRIELY : Se preocupa porque quer, eu não te pedi nada.
PAI: Eu me preocupo porque eu te amo e quero o melhor pra você.
MARIA GABRIELY : Ah pai, sem lição de moral vai. Eu não agüento mais o senhor e suas chatices.
PAI: É esse o tipo de reconhecimento que você dá a quem te quer tão bem? (pausa) Eu amo você, passei noites sem dormir para cuidar de você trabalho igual um louco pra te sustentar, oro por você, torço por você...
MARIA GABRIELY : Ai, chega! Pai, o senhor trabalha porque é sua obrigação, se preocupa porque quer e ora por quer, agora, se já terminou o drama me dá licença porque eu tô com sono.
PAI: Se você não tivesse tudo o que te damos com certeza sentiria falta.
MARIA GABRIELY : Da suas chatices, broncas, e de se meter na minha vida? Não, eu não sentiria falta. Boa noite.
PAI: Boa noite. (Pausa) Ah, Senhor, me dá graça ó Pai.
(JOÃO PEDRO entra na sala)
JOÃO PEDRO: Boa noite, pai.
PAI: Boa noite fil... que que você tá fazendo acordado?
JOÃO PEDRO: Ah, eu tava na internet.
PAI: Até agora?
JOÃO PEDRO: É, tava no MSN.
PAI: Ah... E a lição de casa, terminou?
JOÃO PEDRO: Não, nem comecei...
PAI: João Pedro, quantas vezes eu já disse pra você não perder tempo na internet e deixar de estudar?
JOÃO PEDRO: Ah pai, foi mal.
PAI: Foi mal não, foi péssimo! Olha, amanhã tem Escola Dominical e você vai acordar mais cedo para fazer sua lição.
JOÃO PEDRO: Ah não pai! Acordar cedo não! Me põe de castigo, mas me deixa dormir até a hora de ir para a Igreja.
PAI: Tá certo, dois meses sem receber mesada.
JOÃO PEDRO: Não! Que isso, já passou até o sono! Pode deixar que amanhã eu acordo bem cedo para fazer a lição.
PAI: Tá certo. Boa noite filho, papai te ama.
JOÃO PEDRO: Boa noite pai.
CENA 02
Narração: No outro dia...
PAI: Glória a Deus! Mais um dia...
JOÃO PEDRO: (corre para abraçar o pai) Eeee! Feliz dia dos pais, pai!
PAI: Opa! Obrigado, filho!
JOÃO PEDRO: (bocejando) Ai que sono...
PAI: Fez a lição?
JOÃO PEDRO: Fiz.
PAI: Esse é o meu menino!
JOÃO PEDRO: Ah, olha aqui o seu presente.
PAI: Obrigado, filho.
JOÃO PEDRO: E então, ficou contente?
PAI: Fiquei sim, muito obrigado, que Deus te abençoe.
JOÃO PEDRO: Então né... Já que o senhor gostou tanto, será que aquele empréstimozinho que conversamos ontem, sai?
PAI: Não.
JOÃO PEDRO: Porque, o senhor não gostou do presente?
PAI: Gostei, claro que gostei, mas o empréstimo não vai sair não, pode esquecer, aliás filho, o amor ao dinheiro é pecado viu?
JOÃO PEDRO: Mas eu não amo o dinheiro pai, tanto que gasto ele todo, o problema é que acaba muito rápido, e isso seria facilmente resolvido se o senhor aumentasse minha mesada.
PAI: Esquece, deixa eu ir me trocar para irmos a Igreja. (vai saindo)
JOÃO PEDRO: Pai, eu te amo, viu?
PAI: Eu também filho, mas não vou aumentar sua mesada.
JOÃO PEDRO: É verdade pai, eu te amo.
PAI: Eu também estou falando a verdade filho, não vou aumentar sua mesada.
JOÃO PEDRO: (manhoso) Eu tava falando sério.
PAI: Ah filho, desculpa, papai também te ama. (os dois se abraçam)
JOÃO PEDRO: Mas nem um empréstimozinho o senhor vai me dá?
PAI: Não, mas mesmo assim eu te amo, viu?
(O pai sai e deixa JOÃO PEDRO sozinho, nisto entra Maria Gabriely)
MARIA GABRIELY : Bom dia.
JOÃO PEDRO: Bom dia, você não vai entregar o presente do papai? Eu já entreguei o meu.
MARIA GABRIELY : Eu não, aquele chato ficou dando bronca em mim ontem, ele não merece.
JOÃO PEDRO: Ah, mas você comprou o presente pra ele, e ainda pro cima com dinheiro dele, nada mais justo que ele fique com presente, você não acha?
MARIA GABRIELY : Vou pensar no caso dele.
JOÃO PEDRO: O, Gabriely, vamos no cinema na quarta?
MARIA GABRIELY : Não vai dá, eu tenho compromisso. Porque que você quer que eu vá no cinema com você?
JOÃO PEDRO: Pra você pagar o impresso oras!
MARIA GABRIELY : Ah, eu mereço!
JOÃO PEDRO: É que meu dinheiro acabou...
MARIA GABRIELY : Pra variar né?
JOÃO PEDRO: (dramático) Ah! Fazer o que se as pessoas não entendem que eu sou um pobre adolescente e que as coisas custam caro? Mas um dia eu vou ter bastante dinheiro, você vai ver, vou dar o dízimo, dá um pouco por papai né, coitadinho, e gastar com tudo que preciso.
MARIA GABRIELY : Tá certo, mas enquanto esse dia não chega, você não vai gastar o meu dinheiro.
JOÃO PEDRO: Fazer o que né... Onde você vai na quarta?
MARIA GABRIELY : Vou numa vigília, semana que vem tem Congresso e eu tô orando para Deus me batizar com Espírito Santo.
JOÃO PEDRO: Ah, legal, mas você não acha que tá errada não?
MARIA GABRIELY : Errada de ir numa vigília? Endoidou foi?
JOÃO PEDRO: Não é disso que eu tô falando, você ontem desobedeceu o papai, discutiu com ele e hoje tá com raiva dele, você não acha que tem que se consertar não? Lembra? Sem santificação ninguém verá ao Senhor.
MARIA GABRIELY : Lá vem você também querer me dá lição de moral.
JOÃO PEDRO: Não é lição de moral Ly, a gente vive escutando nos ensaios sobre santidade, fora que várias vezes o irmão Renato já falou de pedir perdão para os nosso pais quando o magoamos.
MARIA GABRIELY : Eu não gosto de ficar brigada com o papai, mas ele gosta de dá bronca por tudo! Nada eu posso, tenho um monte de deveres e nenhum direito.
JOÃO PEDRO: Fala isso pra ele oras! (Pausa) Deixa eu ir vê se a mamãe me dá dinheiro.
(João Pedro sai, nisso seu pai entra)
PAI: Bom dia filha.
MARIA GABRIELY : Bom dia. Pai?
PAI: Pois não?
MARIA GABRIELY : Quero conversar com o senhor?
PAI: Pode falar.
MARIA GABRIELY : Eu tô com raiva do senhor.
PAI: E o que mais?
MARIA GABRIELY : E eu odeio quando o senhor briga comigo, principalmente falando de um jeito como se a culpa do mundo todo fosse minha, também odeio quando não me deixa fazer as coisas, quando me diz não e quando fica no meu pé por conta do banheiro bagunçado e do telefone.
PAI: Mais alguma coisa?
MARIA GABRIELY : Tem sim (Pausa) eu sei que faço um monte de coisas erradas, mas eu te amo.
PAI: Senta aqui filha. O papai também te ama, e muito, você sabe disso. Eu sei que você não gosta de levar bronca e de receber um não, eu também não gosto de ver você estressada, com raiva...
MARIA GABRIELY : Eu não ficaria estressada se o senhor não vivesse me controlando e me dizendo o que posso ou não posso fazer.
PAI: Se eu não fizesse isso filha, talvez você não tivesse o caráter que tem.
MARIA GABRIELY : Ai pai, sem lição de moral...
PAI: Pra você pode não parecer nada, mas a mim coube a responsabilidade de te educar e te criar na doutrina de Cristo e se eu falhar nisso, Deus vai me cobrar, fora que obediência é mandamento, não é opção.
MARIA GABRIELY : Não irritar os filhos também!
PAI: Filha, será mesmo que eu tenho te irritado, ou é você que não tem se esforçado para ver que quero o seu melhor?
MARIA GABRIELY : Mas pai, o que tem de mais sair e voltar tarde?
PAI: O problema não é esse filha, é a rua que é perigosa, é a falta de compromisso com horário, a falta de responsabilidade de avisar que vai demorar...
MARIA GABRIELY : Mas precisa ser, tão, tão...
PAI: Rígido?
MARIA GABRIELY : É, pode ser, eu ia dizer chato, mas tudo bem
PAI: Filha, eu sei que exagero um pouco de vez em quando, mas vou tentar me policiar um pouco, mas pode ir se acostumando porque eu prefiro exagerar do que omitir.
MARIA GABRIELY : Tá bom, me perdoa por tudo por favor, eu vou tentar melhorar.
PAI: Tá perdoada, eu sei que é difícil entender, eu também já fui adolescente, mas não precisa me desobedecer, ficar me respondendo mal, não vai ser se rebelando que você vai conseguir liberdade, é bem melhor conversamos do que brigarmos.
MARIA GABRIELY : Tá certo, mas precisa ficar falando várias vezes a mesma coisa, toda a vez que vai me dar bronca?
PAI: Mas vocês não se mexem! A gente fala, fala e vocês fingem que não ouvem!
MARIA GABRIELY : Mas é que o senhor só pede coisa chata.
PAI: Mas necessárias.
MARIA GABRIELY : Mas custa falar menos?
PAI: E custa fazer mais?
MARIA GABRIELY : Tá, eu vou tentar fazer mais.
PAI: E eu falar menos.
Os dois: Vai ser difícil (risos).
MARIA GABRIELY : Semana que vem tem congresso, o senhor vai né?
PAI: Claro! Mas agora vamos indo porque se não a gente se atrasa.
(os dois se abraçam)
MARIA GABRIELY : Feliz dia dos pais, fiquei feliz de ter feito as pazes com o senhor.
PAI: Obrigado, eu também fiquei feliz.
MARIA GABRIELY : Pai, e o Thiago?
PAI: Nem toca nesse nome porque me dá calafrio.
MARIA GABRIELY : Ah pai, mas ele é tão fofo.
PAI: Você tá muito nova para namorar.
MARIA GABRIELY : E quando vou poder? Mês que vêm?
PAI: Imagina, só daqui uns 10 anos.
MARIA GABRIELY : Dez anos? Ah não, vamos negociar, um ano e meio.
PAI: Não, oito anos e tô sendo legal demais.
MARIA GABRIELY : Ah, que tal dois anos...
FIM

SERÁ QUE AINDA POSSO SER PAI?

SERÁ QUE AINDA POSSO SER PAI?
Pai que vive distante para oferecer conforto a família, não teve tempo de curtir e demonstrar amor para a filha. E agora? Ela vai casar, terei tempo de ser pai?
PEDRO: Pai
JOANA: Mãe
PRISCILA: Filha de 25 anos
TIA JOVILDA: Tia Idosa mais velha
TIA ROMILDA: Tia Idosa, mais nova.
Empregada: Tem apenas movimento, sem fala.


O PAI E A MÃE SENTADOS À MESA DO CAFÉ, BEM CHIQUE.
PEDRO: Essa folga foi merecida, minha semana foi daquelas.
JOANA: É, eu estou muito feliz de ter você em casa hoje. Aliás, tenho uma novidade pra te falar.
BATEM NA PORTA
PEDRO: Quem será? Ainda é tão cedo!
JOANA: Deve ser minhas tias, elas falaram que viriam mais cedo pra ajudar nos preparativos.
PEDRO: Preparativos do que? Você não ta pensando em fazer uma festa não né Joana?
JOANA: Pedro! Que brincadeira é essa? Não tem graça.
BATEM ATÉ QUE A EMPREGADA ABRE, E ELES SE CUMPRIMENTAM ALEGREMENTE.
PEDRO (Resmungando): Essa não! E agora, o que essas duas vieram fazer aqui, justo hoje que eu peguei uma folga.
TIA JOVILDA: Pedrinho, que saudade!
PEDRO: Tia Jô, Quanto tempo! (Fala pro público, meio que escondido) Por que não demorou mais?
TIA JOVILDA: Heiiimmmmmm????????
JOANA (Disfarçando) O Pedro só perguntou se a senhora não quer que ele leve sua mala lá no quarto.
TIA JOVILDA: Puxa quanta gentileza. (Entrega a mala pra ele)
TIA ROMILDA: Só faz a obrigação dele (Entrega a mala dela também, ele deixa as malas caírem no chão, porque estão muito pesadas.).
JOANA: Coitado, tia. Deixe me ajudá-lo
TIA ROMILDA (Segura Joana): Não seja boba menina. Ele leva sozinho.
(Pedro vai saindo, arrastando as malas).
JOANA: Então está bem, mas sente-se aqui tia, vamos conversar.
TIA JOVILDA: Não é falando não, mas o Pedro tá meio estranho. O que está acontecendo com ele fia?
JOANA: É a empresa dele que exige muito, ele quase não tem mais tempo pra Priscila. Deve estar um pouco desgastado, mas está ótimo. Nada que umas boas férias não resolvam.
TIA ROMILDA: Por falar em férias, nós fomos pra praia. Eu te falei?
JOANA: Não! Quando que vocês foram?
TIA ROMILDA: Em dezembro de 99.
JOANA: Ah! Eu acho que a senhora já me falou sim!
TIA JOVILDA: Eu trouxe as fotos. Você quer ver?
TIA ROMILDA (Grita): Não!!!!!!!!!!!!!
TIA JOVILDA (Braba): Deixe de ser sem educação! Não é com você que falei. Perguntei pra Joana. E é claro que ela quer ver. Né fia? (Meiga)
TIA ROMILDA (Interrompendo ela gritando desesperada): Joviiiiiiiiiiiiiilda
TIA JOVILDA (Sorrindo e sentando delicadamente): Romilda, (Nervosa) Eu não sou surda!!!!!! O que foi????????
TIA ROMILDA (Desesperada): Não seja sonsa. Nós esquecemos o Esnobel!!!!!! (Coloca a mão na cabeça)
TIA JOVILDA: (Inconformada, saindo do sofá e indo para a mesa do café): Romilda.... Deixe de ser sonsa você! Será que está tão velha assim? (Com orgulho) Você me falou: Coloque o Esnobel dentro da mala que pode fazer frio e eu coloquei.
TIA ROMILDA: O que? Você colocou o gato dentro da mala?
TIA JOVILDA: Você que mandou!!!!
TIA ROMILDA: Sua maluca, eu mandei você colocar o cacharrel, não o Esnobel, o cacharrel. Joana mande seu marido trazer a mala aqui imediatamente. (Senta-se no sofá e Joana sai)
TIA ROMILDA: Ahhh, meu Deus, será que meu gatinho morreu? (Coloca a mão na cabeça e fica brigando com a Jovilda até a Joana chegar)
JOANA: (Volta) Tia... A mala estava aberta.
TIA ROMILDA: Ah não, seu marido é muito curioso, o que ele estava procurando na minha mala? (Desconfiada) Um, não sei não!!!O que ele viu lá menina? (Desesperada) Claro... Ele deve ter pegado meu Esnobel. Onde ele foi?
JOANA: Não sei tia, ele deve ter saído.
TIA JOVILDA (Nervosa): Ele foi matar o esnobel!!!!!!!!!!
JOANA (Inconformada): Tia! O Pedro não faria isso, ele não tem costume de mexer nas coisas dos outros. Será que a senhora não abriu a mala no caminho sem perceber?
TIA ROMILDA: Eu não estou tão velha assim pra esquecer das coisas...
ENTRA PEDRO COM UNS BIFES NUMA BACIA
PEDRO: Querida, vou temperar esses bifes pra fazer um churrasco. O que você acha?
TIA ROMILDA: (Fica horrorizada, começa a passar mal e grita) Esnobel.
PEDRO: Que isso? Quem é Esnobel?
TIA JOVILDA: Assassino! Ele tava na mala que você abriu no quarto.
PEDRO: Quem estava na mala?
JOANA: Quando você colocou a mala no quarto ela já estava aberta?
PEDRO: Eu... Eu não olhei.... Por quê?
JOANA: Porque a tia Jô colocou o gato delas dentro da mala e agora ele não está mais lá.
PEDRO: Só essa que me faltava. E agora estão pensando que fui eu quem matou o gato?
TIA ROMILDA: Então mataram ele mesmo?????!!!!! (Estérica, vai pegar a bacia de carnes.) Me dá ele aqui!
PEDRO: Eiiiiiii, tira a mão daí (Bate na mão dela) Isso aqui é meu almoço.
TIA ROMILDA: E ainda vai comer o gato... Joana, faça alguma coisa.
PEDRO: Vocês estão malucas. Eu não matei gato nenhum (Vai saindo enquanto as tias ficam falando)
TIA JOVILDA: Ah não! Então como você sabia que o gato tava morto? Foi ele sim. O Joana, fala pra ele me dar o cadáver do gato pra nós fazermos um velório decente!!! Pelo menos assim alivia um pouco a dor e o meu sentimento de culpa, afinal foi eu que coloquei o gato na mala. E ele relutou tanto pra entrar, coitadinho. Pobre Esnobel...
JOANA (NERVOSA): Tia... Ele já falou que não matou seu gato e ele não é mentiroso.
TIA ROMILDA: Então ele deve estar fazendo o gato de refém, pra gente ir embora, eu sei que ele não gosta de nós duas. Mas isso não vai ficar assim, eu só vou embora com o corpo do meu gato. Pobre Esnobel!!! Vem Jovilda, me ajude a procurá-lo. (Saem reclamando)
JOANA: Por que vocês não olham lá no carro, talvez ele tenha escapado da mala, sei lá... (Senta-se) Meu Deus, que confusão.
PEDRO ENTRA
PEDRO: Querida, a carne está na geladeira, achei melhor nem mexer com elas, porque suas tias estão com uma implicância comigo. Enquanto elas não acharem esse gato, eu to ferrado.
JOANA: Eu acho que nem existe gato, minhas tias estão meio malucas.
PEDRO: Meio?!!!!!!!
JOANA: Também não exagera né amor!
ENTRAM AS DUAS ARRASTANDO UMA CAIXA BEM GRANDE
TIA ROMILDA: Ai... Ajuda-me aqui Pedro, ou você vai ficar aí olhando duas senhoras fracas e indefesas a carregar uma caixa pesadíssima?
PEDRO: Fracas!!!!???? Indefesas!!!!???? Só se for amarradas numa camisa de força, ou mortas e mesmo assim minha cabeça corre perigo.
TIA JOVILDA: Heiiimmmmmm????????
PEDRO: Nada não tia! To indo, to indo...
JOANA: O que é isso tia? Não é o Esnobel não né?
TIA JOVILDA: Não, ele não é tão grande assim, isso aqui são as fotos.
PEDRO ARRASTA A CAIXA E A COLOCA NO MEIO DA SALA
PEDRO: Fotos??? Parece que tem é um casaco de lã aqui.
(Tira um gato de pelúcia de dentro da caixa, e corre gritando de um lado para o outro, sumindo nos cantos e aparecendo cada vez com o gato em uma posição. Com um “som de gato brabo” e uma música animada, até que cai Pedro de um lado e o gato do outro).
TIA ROMILDA: Meu Deus será que ele está bem?
JOANA (Nervosa): Claro que não tia, olha aqui ele está todo machucado.
TIA ROMILDA: Não estou falando do Pedro, estou falando do Esnobel. (Saindo com Jovilda) Vem Jo, vamos levá-lo pra tomar um leitinho. Ô Esnobel, você se assustou, meu bichano!!!! Tadinho dele. O Pedro é malvado né meu gatinho lindo...
JOANA: Sente-se aqui meu amor (No sofá) deixa-me ver esses arranhões seu. (Pega uma caixinha de curativo e começa a limpar)
PEDRO: Que gato maluco, ele é pior que suas tias.
JOANA: Você está certo. Mas não leve a mal minhas tias, elas quase não vêm em casa.
PEDRO: Mas se não bastassem elas, agora veio mais esse gato detestável.
JOANA: Calma, terminei seus curativos, agora vai ficar melhor.
PEDRO: Obrigado. (Levanta-se e dirige à mesa café, coloca um pouco de água em um copo): Mas meu amor, sempre que elas vêm, aprontam alguma.
JOANA (Fica no sofá): É verdade, mas eu não quero ver vocês brigando o dia todo, hoje é o casamento da Priscila e eu...
PEDRO (Tosse, engasgando): Hoje é o casamento de quem?
JOANA (Corre a vai bater nas costas dele): Da Priscila.
PEDRO (Nervoso): Como? Não! Eu devo estar sonhando. Melhor, devo estar tendo um grande pesadelo. Ou não? Você que pirou, não tem casamento nenhum. Ela não ia se casar só depois que terminasse a Faculdade? A minha filha ainda é uma menina, como que ela vai se casar?
JOANA: Como uma menina Pedro? A Priscila já tem 22 anos, está na hora de se casar mesmo, ela já se formou, está até trabalhando.
PEDRO: Ela já... Se formou? É mesmo... O tempo passou e eu... (triste)
JOANA: Pedro! Onde você anda com a cabeça? Como você se esqueceu desse casamento?
PEDRO (Sai muito triste): Não, sei... Não sei...
ENTRA PRISCILA
PRISCILA (Animada): Bom dia mamãe.
JOANA: Bom dia filha! Que alegria.
PRISCILA: Estou muito feliz mamãe, hoje é o dia mais feliz da minha vida. Parece que estou sonhando.
JOANA: Aproveite bem cada momento desse dia minha filha.
PRISCILA: Vou tentar mamãe, vou tentar. (Abraça a mãe) Onde está o papai? Ele não foi trabalhar hoje não né?
JOANA: Não filha, ele estava aqui ainda a pouco, mas acabou de sair.
PRISCILA: Olha mãe, já vou te dizer uma coisa, aconteça o que for eu quero meu pai naquela Igreja hoje. Ele que não invente trabalho, jogo ou qualquer outra coisa não. Se ele não for ou se atrasar por qualquer motivo que seja, como ele fez a vida inteira, ele pode esquecer que tem filha. Eu nunca mais olho pra ele. Nunca mais.
JOANA: Não diz isso filha você sabe que seu pai sempre trabalhou muito pra te dar o melhor. Por isso que não foi em muitas coisas sua, mas hoje ele irá sim e vai chegar na hora. Não se preocupe.
PRISCILA: Espero que seja assim mesmo. Vou aproveitar que ainda é bem cedo e sair um pouco.
JOANA: Calma filha toma seu café da manhã primeiro.
PRISCILA: Não mãe, estou sem fome. Também quase não dormi à noite, estou muito ansiosa.
JOANA: Eu sei filha. Isso é assim mesmo, mas você tem que comer.
PRISCILA: Não mãe. Brigada, só vou dar uma volta na quadra pra respirar um pouco e ver se me acalmo.
JOANA: Então leve essa maçã, você pode ficar com fome.
PRISCILA: Ta bom brigada. Tchau (Sae)
PEDRO ENTRA
PEDRO: Joana, a Priscila já acordou?
JOANA (Abraçando ele): Sim, ela foi dar uma volta. E você, melhorou?
PEDRO (Senta no sofá): Como posso estar melhor com essas tias malucas por perto e minha filha indo se casar e parece que nem se importa comigo.
JOANA (Senta ao lado dele): Pedro, isso não é verdade. Disso não podemos reclamar, nossa filha sempre foi um exemplo de amor e carinho pra qualquer pessoa.
PEDRO: Você tem razão. A verdade é que eu não me conformo com esse casamento a nossa filha ainda é muito nova.
JOANA: Que muito nova Pedro, nós nos casamos com dezenove, a Priscila tem vinte e dois e você vem me falar que ela é muito nova.
PEDRO: Não sei! Sinto como se ela ainda fosse uma menininha... Mas ela cresceu e eu nem percebi.
JOANA (Levanta-se e pega na mão dele): É verdade, nossa filha cresceu e você nem percebeu.
PEDRO (Solta a mão dela e fala andando): Puxa vida, eu pensei que estava fazendo tudo certo, mas acabei fazendo tudo errado. Trabalhei tanto e do que me adiantou? Não acompanhei nossa filha em nada.
JOANA (Começa a tirar a mesa do café): Também não é assim Pedro. Nós somos muitos gratos a você, pelo seu esforço. A verdade é que nós pensamos que nossa filha nunca ia crescer, mas cresceu e rápido.
PEDRO (Para em frete a mesa do café e diz): Você tem razão, ela cresceu muito rápido mesmo. Eu é que fui um tolo, fiquei trabalhando igual um louco sacrificando minhas férias, domingos e alguns feriados para dar presentes a ela, se não participei da vida dela.
JOANA: Ah querido!!!
PEDRO (Levanta e vai para frente do cenário): Sabe o que eu sinto? Que eu nunca fui um pai de verdade. A Priscila nunca teve o pai que ela sonhou, ela nunca se orgulhou de mim.
JOANA (Levanta e vai atrás dele): Não fale uma coisa dessas Pedro, sua filha sempre te amou.
PEDRO: É, ela sempre me amou e demonstrou esse amor por mim, mas eu nunca demonstrei o meu amor por ela. Às vezes gostaria que o tempo voltasse, eu faria tudo diferente. Ao invés de levar vocês à igreja eu iria junto, sairia mais cedo do trabalho só pra ficar em casa brincando e conversando com vocês. Aproveitaria mais os feriados e tiraria mais férias.
JOANA: Você não pode voltar o tempo e mudar o passado, mas pode mudar o futuro.
PEDRO (Andando, nervoso, colocando a mão na cabeça): Como? Minha filha está se casando, se casando. (Grita) Como pude? Não a vi nascer (chorando) Nem engatinhar, não fui à primeira apresentação dela na escola, nem levei ela na aula de natação, atrasei, quando tinha que buscá-la no salão para levá-la na festa de quinze anos. Na formatura dela, quando eu cheguei, ela já tinha cantado. Como pude? Eu simplesmente errei em tudo. E por que, onde eu estava? Trabalhando!!!!!
JOANA: Não fique assim. Esqueça o passado. Peça perdão a ela.
PEDRO: Não, eu não posso, eu nunca fui um pai de verdade. Não é justo pedir que ela me perdoe, eu não mereço nenhuma misericórdia, nada mais vai mudar. Além do que isso só vai trazer ressentimentos, ela não vai me perdoar, vai falar tudo o que deve estar engasgado nela, e eu não vou agüentar.
JOANA: Não é assim! Seja um pai de verdade a partir de hoje. Nossa filha tem um coração muito bom, ela vai te perdoar. Tenho certeza que ela esquecerá tudo de ruim que já aconteceu e levará daqui uma ótima lembrança sua.
PEDRO: Será que eu ainda posso ser pai?
JOANA: Claro...
ENTRA PRISCILA, E FICA ATRÁS DO PAI OUVINDO.
PEDRO: Queria tanto ter coragem de fazer isso, queria olhar nos olhos dela, bem lá dentro e dizer: (Faz uma voz bem elegante) Filha, hoje eu reconheço que você sempre foi uma filha maravilhosa, nunca me deu trabalho, sempre tirou notas boas, está firme na igreja e vai se casar direitinho. Puxa... Eu tenho muito orgulho de você. Mas não consigo.
PRISCILA: Acabou de conseguir (Corre e o abraça)
(toca um pedaço da música NOS BRAÇOS DO PAI – Eles ficam abraçados)
PEDRO: Minha filha, você estava aí? Há quanto tempo?
PRISCILA: A vida toda... Eu sempre estive aqui... Esperando o senhor me falar tudo isso (Limpa suas lágrimas)
PEDRO: Meu amor, me perdoe, eu sei que não fui um bom pai.
PRISCILA: Papai esquece!!! Pare com isso.
PEDRO: Eu fui muito falho com você, me lembro de quando você tinha três aninhos de idade, era num domingo, estávamos vindo da igreja e você me pediu um sorvete, eu ainda não tinha recebido meu salário e não tive como comprar, você chorou muito e desde aquele dia eu me coloquei a trabalhar incansavelmente para te dar de tudo o que você sempre quis.
PRISCILA: Brigada papai... Muito obrigada...
PEDRO: Talvez você nunca soube que em todas as suas festas de aniversário que eu não estive presente, estava trabalhando pensando em te oferecer o melhor.
PRISCILA: Eu sempre soube disso papai, mas...
PEDRO: Eu sei que você nunca pediu e nunca precisou disso, mas eu pensei que estava fazendo o melhor, pensei que depois teríamos tempo pra ficarmos juntos. Só que o tempo passou e eu nem percebi... (Senta-se no sofá) Você cresceu, se formou, está se casando e só agora percebi que eu errei, errei muito, devia ter brincado com você, assistido seus filmes, contado uma história quando você fosse se deitar, ter acordado no meio da noite e ficado lá no seu quarto te olhando dormir... Sabe filha eu me arrependo de tudo isso.
PRISCILA (Chorando): Eu sempre me orgulhei do senhor, como o senhor é, sempre disse às minhas amigas que meu pai é o máximo. Confesso ao senhor que muitas vezes tive vontade de brigar, gritar, chorar, mas Deus supriu minhas carências e a falta de amor que sempre tive do senhor. E se sempre me orgulhei do senhor, imagine como está esse orgulho hoje, depois de ouvir todas essas palavras lindas.
PEDRO: Me desculpe se te decepcionei de novo, não...
PRISCILA(Interrompendo): Me decepcionar!!! Que isso, sua atitude é uma honra pra mim. Não me importo com o passado, me importo com o presente e o nosso futuro, hoje eu sei que o senhor se importa comigo, e é essa a imagem de pai que estou levando pra minha casa.
PEDRO: Eu sei que hoje é o dia mais importante da sua vida, primeiro por que você irá se casar, e depois porque será o primeiro dia que você terá um pai de verdade. Espero que não seja tarde demais pra dizer uma coisa que eu não me lembro de ter tido tempo pra te dizer.
PRISCILA: O que papai?
PEDRO: Minha filha, eu te amo.
PRISCILA: Eu também.
REFRÃO DA MÚSICA NOS BRAÇOS DO PAI. ELES SE ABRAÇAM.
JOANA: É assim que Deus quer ver o relacionamento entre pais e filhos. E pra coroar este momento tenho uma notícia daquelas pra vocês.
PEDRO: Suas tias foram embora?
JOANA: Não!!! Muito melhor. (Coloca a mão dele na barriga dela) Temos uma filha saindo de casa, mas tem uma vidinha chegando, você terá muito tempo pra mostrar que é outro homem...
PRISCILA: Você está grávida???
JOANA: Sim!!!!!!
TODOS SE ABRAÇAM COM MUITA FELICIDADE
ENTRAM AS TIAS
TIA JOVILDA: A festa do casamento já começou?
TIA ROMILDA: Será que nós dormimos tanto assim Jovilda?
PEDRO: Tinha começado, mas acabou de terminar
TIA JOVILDA: Heimmmmmmmmmmmmm
JOANA: Não tia, não começou não, é que eu tava falando pra eles que eu estou grávida.
TIA ROMILDA: Grávida!!! Um nessa idade... Não é muito saldável
PEDRO: Nãoooooo, é na sua idade que é
TIA JOVILDA: Heimmmmmmmmmmmmm
JOANA: Nada não tia, eu já estou fazendo um acompanhamento médico.
TIA ROMILDA: E aí vocês vão querer ver as fotos ou não???
PRISCILA: Claro tia, vamos sentar
TIA JOVILDA: Olha essa daqui, eu esta com um corpinho, e esse biquíni de bolinha vermelhinha... uma graça, se você quiser posso te emprestar, você vai arrasar.
FECHA-SE AS CORTINAS E ELES FICAM DANDO RISADA E CONVERSANDO ATRÁS DAS CORTINAS ENQUANTO VAI AUMENTANDO A MÚSICA ATÉ SUMIR A VOZ. (MÚSICA ANIMADA)
TIA ROMILDA: E por falar em arrasar mandei fazer um vestido a coisa mais linda pra ir no casamento, ele é rosa pink, tomara que cai....

QUEM É TEU PAI?

QUEM É TEU PAI? Não é uma homenagem ao pai humano, ao pai de carne osso...
Este é um monólogo que questiona a quem estamos seguindo, os conselhos que temos seguido. A semelhança de quem tem sido a nossa vida...
A peça inicia-se com uma iluminação baixa de cor vermelha focada no personagem Lúcifer.
Senhoras e senhores como já devem ter percebido
meu Nome é Lúcifer, Satanás, serpente, diabo, enfim, eu tenho muitos nomes.
Estou aqui senhoras e senhores para falar de mim mesmo, de onde eu vim, porque estou aqui, qual o meu propósito aqui na Terra, e para onde vou e cá entre nós pra onde muitos vão também. (estronda uma gargalhada)
Vamos partir do princípio; Houve um tempo em que me chamavam de Lúcifer, que quer dizer luminoso ou iluminado. Eu era responsável pela adoração contínua à Deus no céu, desfrutava de uma posição de altíssima honra, pois estava sempre na presença do Todo Poderoso.
Eu era querubim ungido, um adorador real.
Enfim, eu era um dos príncipes entre os anjos de Deus, perfeito em formosura, adornado de jóias preciosas e tudo mais. Eu era perfeito até que em mim foi achado pecado. hahahahaha
Tudo aquilo pra mim era pouco, eu olhava aquele trono majestoso e pensava comigo; este lugar tem que ser meu, mais como?
Já sei! Preciso de ajuda, vou contaminar alguns anjos do Senhor.
E contaminei mesmo; um terço de toda legião de anjos de Deus.
Se você acha que isso é pouco, vou te dizer uma coisa; você não conseguiria contá-los.
Eu disse em meu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte;
Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
Mais eu fui descoberto, Ele viu o meu pecado e me expulsou à mim e aos meus novos anjos.
Fomos precipitados ao mundo dos mortos, o abismo ao qual pertenço.
Eu odeio e detesto tudo que é de Deus; eu vim para roubar, matar e destruir. Eu vou matar você! Eu sei qual será o meu fim, mas quer saber? Eu quero levar uma multidão comigo.
Vou lhes dizer uma coisa; eu tenho tido muito sucesso, dentro e fora das igrejas. Vocês ouvem falar de guerras, violência, fome, miséria e tudo mais...
...Vocês dizem: Meu Deus! Como pode? Alguns hahaha dizem que Deus não existe por causa de todas essas coisas e eu adoro. Eu adoro, é isso mesmo que eu quero.
Tudo isso é obra minha e de meus demônios.
Sabe Jesus disse que na casa Dele tem muitos lugares e digo também que na minha casa tem lugar que não se acaba mais.
Ahhh lembrei de outras coisas! Todos dizem serem filhos de Deus, dependendo da boca de quem isso sai eu fico até emocionado, como é que pode; Eu sou o pai da mentira, da fofoca, da violência. Eu sou a raiz de todo mal. Como pode ó mal agradecido você me trocar?
Eu sou teu pai mentiroso, eu sou teu pai ó soberbo, orgulhoso, egoísta.
Ai mais eu não sou filho do diabo não! Eu não faço mal à uma mosca!!!
Bahhh pra cima de mim! Saiba que quem sabe fazer o bem e não faz comete pecado, vai dizer que não sabia!!!
Hahahahahahaha eu sou teu pai filhinho. Eu te adotei quando você me aceitou na sua vida.
Ahhh mais eu nunca aceitei ao diabo!
Tolo quando vocês não aceitam à esse Jesus que pregam nas igrejas e em todos os lugares, vocês o rejeitam e automaticamente vocês me aceitam e me amam.
Ahh não? Então vamos fazer um teste;
Vocês se imaginam falando de Jesus em todo lugar inclusive nos lugares mais miseráveis da terra, passando fome, frio, dores e às vezes com o risco de serem mortos?
Serem rejeitados por sua família, pela sociedade por amor de Jesus.
Vocês gostam de sair para se divertirem, traírem a seus cônjuges, se entregarem aos desejos pecaminosos de sua carne.
Pois é; está escrito que onde está o teu tesouro aí estará também o teu coração.
Jesus te ama meu querido. E daí, eu te amo também, te amo tanto que quero você comigo eternamente. Hahahahaha
Fique assim mesmo como você está, fume, beba, prostitua-se, destrua-se.
Eu te levarei comigo hahahahahaha.
Eu sou um artista hahahaha tenho muitas marionetes, muitos fantoches. O que eu digo eles acreditam, o inferno, haaa o inferno não existe não. O inferno é aqui mesmo. Que doce mentira esta, felizmente quem morrer crendo assim, descobrirá minha mentira muuuiiito tarde, hahahahaha.
É, eu sou o cara mesmo. Tem gente que se ajoelha para imagens feitas por homens, pedindo que intercedam por elas, tolinhos. hahahahaha é para mim que estão se prostrando, estão cegos!
Eu sou o inimigo de vossas almas, todas sem excessão, eu odeio todos vocês.
Se eu pudesse matava a todos, mais eu não posso. Maldição!!!
Esses crentes malditos pedem à Deus pela vida alheia em suas orações. Então Ele me proíbe de matá-los. Haaa mais quando eu posso tocar, aí sim eu vou com tudo.
Claro não posso dar chance pra ele se converter algum dia. Então eu o mato, e levo ele pra viver comigo. Hahahahaha.
Quantas vezes você virou as costas ao necessitado, profanou o santuário do Senhor que é o seu próprio corpo, desprezou a mensagem da salvação em Jesus Cristo.
Agora você está morto e sua alma é minha. O salário do pecado é a morte, chegou a hora de receber os seus vencimentos.
(figurando) Eu trabalhei muito pra isso, sou rico agora, muito rico. Deus? Quem precisa de Deus quando se tem dinheiro? Agora que eu tenho dinheiro, tenho tudo que sempre sonhei, aproveite oh minh`alma regala-te nos tesouros que ajuntei aqui na terra.
Louco!!! Hoje pedirão a sua alma, o que tens para apresentar a ELE?
Vem cá rapaz, fica aqui prostrado. Vamos! (chamando um figurante)
Nada não é? Mãos vazias, vida vazia. Porque está escrito; não ajunteis tesouros na terra onde os ladrões roubam e a traça consome. Mas ajunteis tesouros no céu, onde ladrões não roubam, nem a traça corrói.
Para chegar onde você chegou, oprimiu ao necessitado, com práticas desonestas enriqueceu-se e agora o que tens para apresentar ao Senhor.
A sua chance acabou, sua oportunidade passou desde aquele dia que um irmãozinho humilde foi lhe falar de Jesus.
Você estava muito ocupado não é? Afinal tempo era dinheiro e você não poderia perder tempo com essa besteirada de crentes.
Eu vim levar você comigo, sim porque no céu, onde está o trono do Todo Poderoso não tem lugar pra gente como você.
A palavra de Deus diz que ficarão de fora os cães, os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.
Pois é ta falando de gente como você amante do dinheiro. Os cães sempre foram considerados animais impuros, assim como na sua vida você não se arrependeu de seus pecados, não lavou as suas vestes no sangue do cordeiro de Deus.
Feiticeiros porque a bíblia diz que aqueles que cometem atos de rebeldia é como pecado de feitiçaria. Hahahahahahaha.
Se prostituindo seguindo preceitos mundanos, meus preceitos satânicos. Idólatras porque se curvavam a deuses de mentira, a imagens feitas por mãos de homens, que não podem fazer nada, amantes das riquezas que era o seu deus.
E mentiroso porque não preciso nem dizer quantas vezes eu te usei não é?
Então venha, venha comigo meu filho, você não quis ser de Jesus, agora você é meu. Hahahahahaha.
E o homem grita nãããoooooooooooooo.
FIM
Peça de autoria de Ítalo Marcio Antunes Gomes PIB Travessão de Campos - RJ

PRIMEIRO PAI

PRIMEIRO PAI
Deus convoca um homem para ser um pai nos Seus padrões, este aceita o desafio e Deus o orienta e capacita...
PERSONAGEM:5
PAI: MÃE:
FILHA1: FILHA2:
VOZ S DEUS :
Local - A igreja está toda apagada
Deus: Meu servo, você terá uma grande missão à cumprir...
PAI: Eu Senhor ?
Deus: Sim, você é o escolhido, para iniciar algo divino na terra.
PAI: Senhor, que seja feita a sua vontade.
Deus: Se você a cumprir corretamente, você passará isso de geração à geração, anos após anos...
(houve um estouro)
Pai vem do fundo da igreja. Alegre, mas estranhando um pouco o lugar.
Pai: hum... que lugar legal, (olha as coisas e senta-se)..hum confortável. Mas onde eu estou ?
Deus: Olá Filho ...
Pai: Meu Senhor ! Ainda posso ouví-lo.
Deus: Sim, sempre estarei aqui pronto à ouví-lo. Bem, vamos à sua missão.
Pai: Sim, Senhor.
Deus: Você é o 1º Pai da terra...
Pai: O primeiro ??? Eu ???
Deus: Sim, o primeiro, e se cumprires corretamente aos meus ensinamentos, isso passará de geração para geração.
Pai: Sim Senhor, sempre O obedecerei. Mas o que eu devo fazer ?
Deus: Você saberá. Sempre que for necessário, falarei com você, assim como vos falo através do seu coração.
Pai: Mas como que é isso ? Como é ser um pai... (silêncio) Senhor ???... acho que Ele foi.... vamos ver por onde começo.... ah! parece ser fácil
(fica pulando no sofá, e vê o controle da TV)
Pai: O que é isso ? (liga e se assusta) dá risada, que coisa legal.
(entra filha nº 1)
Pai: Oi paaaaiii
Pai: Aaaiii quem é vc ?
Filha: Oi paizão que saudades !
(olha para o céu)
Pai: Senhor ?
CONGELA FILHA
Deus: Esta é a sua filha, você tem grande responsabilidade pela vida dela, você deve dar muita atenção, carinho, ensinando-a e educando com muita dedicação.
Pai : Ah sim, entendi.
DESCONGELA FILHA
Filha: Pai, brinca comigo ?
Pai: Claro, claro
(Os dois sentam-se no chão e entra filha 2)
Filha2 : Obaaaa!!! Eu também, eu também quero, eu também quero...
Pai : Ai... outra ? Ai que legal, vcs duas são parecidas...
Filha2: Claro né Pai, somos irmãs.
Pai: Senhor, e dá pra dar conta de duas ??
CONGELA AS FILHAS
Deus : Sim, claro, e dá para dar conta de muita mais.
Pai: Não brinca... então deve vir mais por aí...
DESCONGELA FILHAS
Filha: Pai ! Brinca com nóis !!!
Pai: Claro, claro
(entra mãe)
Mãe: Mas o que, que está acontecendo aqui ? Adão ! Você está atrasado querido.
(Pai, quando a olha, leva um susto)
Mãe: O que foi ?
Pai (como se estivesse falando para o público): Ah, eu já sei, ela é a minha terceira filha.
Vem, filhinha do papai, quer brincar também.
Mãe: Adão ! Você está bem humorado hoje hein ?? Vamos, venha, seu café está na mesa. Já está na sua hora de trabalhar.
Pai: Hein? Trabalho? Senhor me ajude quem é ?
CONGELA AS 3
Deus: Esta filho, é a sua mulher, sua esposa. Você deve cuidá-la, amá-la e respeitá-la. É sua auxiliadora, o acompanhará em todos os momentos, ela é doce, e você também deverá se dedicar muito à ela.
Pai: hummm gostei !! Eu bem que senti algo diferente nela.
DESCONGELA 3
Pai: Amorzinho ! (se assusta com o que falou) Eu cuidarei, te amarei e te respeitarei para sempre. Como eu te amo !
Mãe: Adão Que lindo ! E logo cedo ouvir isso, até muda o nosso dia. Você está inspirado. Mas vamos nos apressar certo ? Meninas venham. Seu pai, já está saindo para o trabalho, e ele as deixarão na escola. (os chama para dentro)
Pai: Eu já vou ok ?
Mãe: Ok, mas não se atrase. E já pegue a sua pasta no quarto.
Pai: Senhor ?
Deus: Sim
Pai: Trabalhar ? o que é isso ?
Deus: Você é o cabeça do lar, você trabalha para trazer sustento para o seu lar. Par poder cuidar bem dessas pessoas.
Pai: Que legal! Tô gostando disso... tenho 3 pessoas maravilhosas na minha vida, ainda sou o cabeça delas. Como sou importante.
Deus: Sim, você é uma peça importante também para a sua família.
Pai: Família? Quem é essa? Outra filha ? Ou outra esposa ?
Deus: Não. Você é um homem que deve Ter apenas uma única mulher, e com ela você teve 2 lindas filhas. Isto é uma Família.
Pai: Senhor, somente Tu poderia criar algo tão divino e perfeito. Mas meu Deus querido, como conseguirei dar conta dessa responsabilidade ? Olha só: cuidar, dar atenção, amar, trabalhar, levar para escola...
Deus: Filho, escute o que vou lhe falar: Você deve sim trabalhar, para sustentar o seu lar, deve sim nunca se esquecer de dar carinho, amor e quando for preciso, corrijir os erros.
E o principal meu Filho: Nunca deixe de servir o teu Deus, sua família deve crescer firmada na Rocha, e isso é o seu papel principal. Compreendeu as minhas palavras?
Pai: Sim, compreendi. Devo amor, cuidado, respeito, correção quando for preciso.. mas peraí... como vou saber quando devo corrigir?
Deus: Você tendo uma vida guiada pelo Espírito Santo, Ele mesmo o dirá quando será a hora de corrigir.
Pai: Que benção! Ter uma família que será guiada pelo Espírito Santo e que crescerá nos caminhos de Deus. Como sou feliz ... Farei direitinho Senhor... vou pegar a minha pasta, para não me atrasar para ir à escola... quer dizer ao trabalho, ai preciso decorar estes lugares.
(ele entra - apagam as luzes)
VOZ: ALGUM TEMPO DEPOIS
(Filhas saem da porta)
Filha2: Será que o papai já chegou?
Filha1: Já sim, eu vi ele chegar.
Filha2: O pai já ensinou que não é "eu vi ele chegar", é " eu O vi chegar".
(Filha1 faz cara de quem não entendeu nada, pois ele entendeu OUVI CHEGAR.)
Filha2: Paaaaiiii, vem brincar com nóóóiiis.
Filha1: O papai já ensinou que não é nóóiis, é nós, entendeu ? nós...hihi
(Pai sai da porta)
Pai: Princesas do pai... com o foi o dia na escola?
Filha 1 , 2: Fomos bem.
Pai: Vocês trouxeram lição de casa ?
Filhas enrolam
Pai: Humm sei. Isso é um sim né ? Eu as já conheço. Vamos fazer todos juntos antes do jantar, certo?
Filhas1,2: Certooo
Pai: E eu tenho uma novidade para vcs ?
Filhas1,2: Ebbbaa
Pai: Sabe, o que eu estava pensando ???
(Mãe saindo porta.)
Mãe: E será que eu também posso participar dessa novidade?
Pai: Claro que sim, venha sente-se conosco.
... eu estive pensando, tenho trabalhado muito. Ultimamente é só trabalho e trabalho.
Filha 2: Já sei !! Você vai tirar uma férias ??
Filha 1,2: Ebbbaaa
Pai: Não, não é isso ?
Mãe: Não? Então o quê ?
Pai: Não posso ainda tirar férias. Mas nós vamos amanhã, que é Sábado, tirar o dia apenas para nos divertir e descansar, vamos passear em vários lugares.
Filha1,2: Ebbbaaa
Mãe: Mas querido, você trabalha tanto, tem uma vida corrida, que não sobra tempo pra nada, você cuida de todas nós, nos dá carinho, atenção, não deixa faltar nada em casa e nem para nós, procura sempre estar nos agradando, você não acha melhor descansar ?
(as meninas murcham)
Pai: Não, não acho...
Filhas 1,2: Ebaaa
Pai: Preciso também separar um momento para a coisa mais preciosa que Deus me deu: Minha família.
Eu percebi que o mundo nos toma muito tempo, e se a gente não nos disciplinarmos e não separarmos um momento nosso para Deus e para a nossa família, isso só nos trará sabem o quê??
Filhas 1, 2: O quê pai ?
Pai: Tristezas, problemas, fraquezas pra dentro de nós, e também para a nossa família. E isto refletirá em vocês. E quando vocês crescerem ? o que vocês ensinarão aos filhos de vocês ?
Filha1: Tudo isso que o senhor nos ensinou e fez pra nós.
Pai: Por isso eu devo ser exemplo hoje para vocês.
Filha2: Ah, Pai, que nosso Deus continue te iluminando todos os dias.
Mãe: Você tem sido um pai exemplar e Deus tem se agradado com você, por isso somos um família tão feliz..
Todos se abraçam.
Deus: Feliz dia dos Pais à todos os Pais.

PLANO DE DEUS

PLANO DE DEUS
(Inspirado na obra de Adriano Ferreira)
PERSONAGENS:
Paulo Doron, pai omisso na criação da filha Elizabeth que se torna rebelde.
Anita teve a filha Elizabeth na adolescência, omissa, não dá a mínima pra sua criação.
Elizabeth, filha de Paulo e Anita, sente falta da compreensão dos pais e cresce revoltada.
Joana, Fabíola e Gretchen, amigas perdidas que a levam para as drogas.
Silvio, amigo de Elizabeth, tenta ajuda-la a sair da vida de perdição a que vive.
Texto de Nan Breves
CENA 1 – (Música – Luz em Elizabeth na sala assistindo desenho na TV)
ELIZABETH – (Rindo) Esse pica-pau é muito engraçado! (Entra Anita sua mãe)
ANITA – Toma vergonha nessa cara, vai arrumar um namorado em vez de ficar vendo desenho.
ELIZABETH – Mãe, eu tenho somente 14 anos, não tenho idade pra namoro.
ANITA – Eu com sua idade já estávamos te esperando.
ELIZABETH – Mas eu não sou você!
ANITA – Então vai arrumar um emprego ou alguma coisa pra fazer.
ELIZABETH – Eu vou pra escola.
ANITA – Então vai.
ELIZABETH – Ta cedo mãe!
ANITA – Então me ajuda na limpeza da casa.
ELIZABETH – Eu já arrumei meu quarto e a sala. Você não gosta de me ver em casa mesmo né?
ANITA – Não é isso, é que me incomoda vê tanta vagabundagem.
ELIZABETH – A senhora é igual ao pai.
ANITA – Em que sentido?
ELIZABETH – Todos os sentidos, não me deixam em paz, fica me expulsando de casa.
ANITA – Seu pai está trabalhando pra te sustentar e você o que está fazendo pra ajudar?
ELIZABETH – Mas o que eu posso fazer?
ANITA – Na sua idade...
ELIZABETH – Chega mãe! Eu não agüento mais esse sermão, na minha idade, deixa eu ser adolescente, sou jovem ainda, a senhora não entende...
ANITA – Duas coisas eu te digo, nunca mais grite comigo e não me chame de senhora, eu não sou velha.
ELIZABETH – Isso não é ser velha, é respeito, mas eu esqueci que você não gosta de ser respeitada porque nunca respeitou seus pais.
ANITA – Ainda sou muito jovem e pra mim isso é envelhecer e eu odeio a velhice.
ELIZABETH – O pior é que ninguém tem saída, uma hora ela chegará.
ANITA – cala a boca e nem diga lá na rua que é minha filha, assim ninguém saberá que tão nova já sou mãe.
ELIZABETH – Tem vergonha de mim, mãe?
ANITA – Prefiro não te responder. (Música)
ELIZABETH – Dizem que cada um tem os pais que merece, talvez eu mereça.
ANITA – E levante as mãos pro céu porque somos muito bons pra você.
ELIZABETH – To indo.
ANITA – Não vai comer?
ELIZABETH – Não, eu to sem fome.
ANITA – É melhor que sobra mais pro seu pai.
ELIZABETH – É, deixa pro pai, ele precisa mais que eu. (Música - Sai de cena – B.O)
CENA 2 – (Música – Luz – Paulo na sala assistindo TV, entra Elizabeth vindo da escola)
ELIZABETH – Oi pai!
PAULO DORON – (Fala seco) Oi.
ELIZABETH – O senhor viu a mãe?
PAULO – Não sei. Deixa eu ver isso aqui.
ELIZABETH – Hoje tirei nota alta na prova...
PAULO – Tá.
ELIZABETH – As minhas amigas não acreditaram...
PAULO – (Gritando) Dá pra deixar eu ver essa droga de jogo?
ELIZABETH – Mas eu to falando das minhas notas...
PAULO – O que me interessa suas notas, grande coisa, se fosse à faculdade...
ELIZABETH – Eu achei...
PAULO – Aqui nessa casa você não acha nada.
ELIZABETH – Pai, eu vou chegar à faculdade.
PAULO – Como? Nesse Pais de ladrões? Aqui só estuda quem já é rico, pobre não tem vez, por isso os políticos estão tentando matar a fome do povo em vez de dar estudo, estudar com fome ninguém estuda.
ELIZABETH – Eu sei que o senhor é revoltado com o sistema, mas eu vou vencer, eu prometo.
PAULO – Prometa a você e não a mim, olha pra você e mais ninguém.
ELIZABETH – Mas pai, eu quero...
PAULO – Chega! Vá pro seu quarto e me deixe assistir o jogo. (Música – B.O)
CENA 3 – (Luz – Elizabeth no telefone, entra Paulo e Anita)
ELIZABETH – (No telefone) Na quinta a gente se vê lá no arraial. Eu não fumo besta, nada, nada, e nem bebo. Ta bom, a gente se fala na quinta, beijo. (desliga)
PAULO – Eu não quero saber de namorico com esses moleques, viu?
ELIZABETH – O Silvio não é moleque, ele é meu melhor amigo.
PAULO – Onde já se viu uma menina ter amigo homem?
ELIZABETH – Mas eu tenho pai.
PAULO – Vai ficar uma semana de castigo se eu te pegar com qualquer moleque.
ELIZABETH – O senhor fala como se ligasse pra mim.
PAULO – Vamos calar essa boca senão começa agora o castigo.
ELIZABETH – (Fala murmurando) Eu vou acabar indo embora dessa casa...
PAULO – O que disse menina?
ELIZABETH – Nada não pai!
PAULO – Então vai pro quarto agora mesmo e sem um pio.
ELIZABETH – Mas, mãe faça alguma coisa.
ANITA – Você ouviu o seu pai, vá logo de uma vez menina. (Elizabeth sai chorando)
PAULO – Você precisa dá um jeito nessa menina, anda muito solta.
ANITA – E você com isso?
PAULO – Como assim eu com isso?
ANITA – Você não dá a mínima pra menina, agora quer prendê-la, com que intenção?
PAULO – A vida ai fora tá muito violenta, eu não quero nenhum mal pra ela.
ANITA – Pra mim isso é passageiro, você continua não dando a mínima.
PAULO – E você mãe modelo, cuida dela como devia?
ANITA – Eu faço o que posso filho você cria e depois ainda batem na sua cara.
PAULO – Na minha se bater perde a mão.
ANITA – Eu não estou dizendo literalmente, eu digo que amanhã ela troca os pais por qualquer homem e ainda viramos avós obrigados e babás.
PAULO – Se chegar aqui grávida eu coloco no meio da rua.
ANITA – Eu também! (Música – B.O)
NARRAÇÃO – Três meses se passaram, Elizabeth estava cada dia mais ligado às amigas e completamente nas drogas.
CENA 4 – (Luz – Elizabeth na Rua com Joana, Fabíola e Gretchen)
ELIZABETH – Eu preciso falar com o Silvio, vou até a casa dele.
JOANA – Pra que Beth, espera que o Rodolfo ta trazendo o barato pra nós.
ELIZABETH – Eu sei, mas vou lá rapidinho e volto.
JOANA – Tá querendo amarelar é?
ELIZABETH – Claro que não, eu vou e volto, a Fabíola vai comigo pra agilizar.
FABÍOLA – Tudo bem, eu vou com ela.
GRETCHEN – Pra mim as duas vão amarelar, eu não concordo.
JOANA – Também não!
ELIZABETH – Eu tenho cara de quem amarela?
GRETCHEN – Isso não vem ao caso, é atitude, mandamos encomendar, agora temos que esperar o Rodolfo e pagar pra ele.
ELIZABETH – Mas taí a grana, pega com ele e me esperem voltar.
GRETCHEN – Olha aqui Elizabeth, se quer ir pode ir, mas a Fabíola não vai, eu sei que você vai se encontrar com o Silvio que é crente, isso porque você deve tá com a consciência pesada por ter usado droga e agora quer pular fora.
JOANA – também acho, porque essa droga de hoje é muito forte e vai te enlouquecer... Tá com medo Beth?
ELIZABETH – Claro que não! Tudo bem, eu fico, pegamos a droga usamos e depois eu vou ver meu amigo.
GRETCHEN – Tá fechado! (Música – B.O)
CENA 5 – (LUZ – Silvio indo na casa da Elizabeth, Anita e Paulo na sala)
ANITA – (Silvio batendo a porta) Já vai!
PAULO – Quem será perturbando uma hora dessas?
ANITA – (Abrindo a porta) Pois não, o que deseja?
SILVIO – Oi dona Anita, é o Silvio, amigo da Elizabeth.
ANITA – Oi Silvio, o que deseja?
SILVIO – Desculpa incomodar...
PAULO – Já incomodou!
SILVIO – Mil desculpas seu Paulo.
PAULO – O cabra sabe até meu nome.
SILVIO – Eu só passei pra saber da Elizabeth...
PAULO – Foi viajar.
SILVIO – Ela viajou, mas não me disse nada.
PAULO – E precisava? Ela é dona do próprio nariz.
ANITA – Olha Silvio a Elizabeth saiu de casa e não sabemos pra onde foi, disse que ia viajar por ai com uma amigas.
SILVIO – As únicas amigas que ela tinha eram da pesada, eu avisei a ela pra sair fora, mas se conselho fosse bom...
ANITA – Se souber alguma coisa me avise.
SILVIO – Mas vocês procuraram saber pra onde ela foi, sei lá tentaram ver com alguém seu paradeiro?
PAULO – E você acha que temos tempo a perder com a Elizabeth, aquela ingrata?
SILVIO – Seu Paulo, filho é herança de Deus, essa idade é a pior de todas e temos que cuidar com mais carinho.
PAULO – Você está querendo me ensinar a cuidar de minha família?
SILVIO – Claro que não, só estou preocupado com ela.
PAULO – deixa ela viver, um dia ela volta.
SILVIO – Como tem tanta certeza? Hoje tem tanta violência, só Deus pra livrar.
PAULO – Eu vou dormir que ganho mais. (Sai de cena)
ANITA – Boa noite Silvio, deixa nas mãos de Deus, ele cuida.
PAULO – A senhora crê mesmo que Deus cuida, quando Ele diz pra cuidarmos, um dia Ele vai requerer a herança que deu a vocês e como será?
ANITA – Você acha mesmo que filho é herança de Deus?
SILVIO – Com toda a certeza! Se for bem criado e ensinado o caminho a seguir, ele nunca se desviará e se desviar, Deus o trará como prometido na palavra.
ANITA – A Elizabeth não tem mais jeito, ela já está perdida.
SILVIO – Engano seu, ela poderá ser uma boa filha, basta ela compreender o significado de servir a Deus e vocês o significado de compreensão.
ANITA – Você é muito jovem e fala como adulto. Quem te ensinou isso?
SILVIO – Com meus pais e na escola bíblica.
ANITA – Eu o acho muito inteligente e gostaria de tê-lo como genro, vá procurar a Elizabeth e traga ela pra casa.
SILVIO – Obrigado dona Anita, eu vou sim, olha aproveitando a oportunidade eu gostaria de falar um pouco do Senhor Jesus, eu posso?
ANITA – Um pouco não vai atrapalhar ninguém, entra que vou te servir um café.
(Música aumenta – B.O)
CENA 6 – (LUZ - Elizabeth na rua drogada com suas amigas aparece Silvio)
SILVIO – Elizabeth sou eu o Silvio.
ELIZABETH – Silvio, que Silvio?
SILVIO – O Silvio da igreja.
ELIZABETH – Silvio, como vai? Fale baixo porque elas odeiam crentes.
SILVIO – Olha Elizabeth eu vim te buscar, vamos pra casa.
ELIZABETH – Que casa, eu não tenho mais casa.
SILVIO – Eu estive na sua casa e conversei com seus pais.
ELIZABETH – Você deve ta me confundindo com outra Elizabeth.
SILVIO – Eu preciso conversar com você sobre seus pais.
ELIZABETH – Eu não tenho pais, sou órfã.
SILVIO – Por favor, Elizabeth, tenta me compreender...
JOANA – O, almofadinha, deixa a Beth em paz e caia fora daqui.
SILVIO – Eu preciso falar com ela só mais um instante.
GRETCHEN – Vai cair fora ou vamos ter que cortar seu pescoço.
SILVIO – Olha aqui, tudo bem, eu só vou perguntar umas coisas pra ela e vou embora.
GRETCHEN – Você não vai perguntar mais nada. Ela é nossa e só sai daqui morta, você entende?
SILVIO – Não! Não entendo. Eu sei que ela está presa no pecado, mas sei que existe um Deus que pode libertá-la.
GRETCHEN - É mesmo?
SILVIO – Com toda a certeza, e sei que muitas de vocês sabem quem é esse Deus e conhecem a verdade que liberta, mas prefere andar no pecado a seguir o único caminho.
JOANA – Deixa esse maluco pra lá, vamos embora.
GRETCHEN – E a Elizabeth?
JOANA – Deixa ela pra lá, se ela quiser ir que vá, ela ta tão viciada que logo volta pra nós correndo.
GRETCHEN – E a Fabíola?
JOANA - Essa tá pra lá de marte, eu não vou carregá-la, vamos depois ela nos acha lá na praça. (Saem de cena Joana e Gretchen)
SILVIO – (Orando) Senhor, restaura a vida da Elizabeth, me ajuda a tirar ela das trevas em nome de Jesus.
ELIZABETH – Silvio, só você mesmo pra achar que ainda tenho alguma chance.
SILVIO – Você tem e estou aqui pra te ajudar.
ELIZABETH – Acorde a fabíola, ela também não agüenta mais essa vida, você precisa ajudá-la a sair dessa.
SILVIO – Com certeza as duas vão mudar de vida e será uma benção nas mãos de Deus. Vamos embora.
ELIZABETH – Mas pra onde?
SILVIO – Confia em mim, vamos pra sua casa.
ELIZABETH – Não, eu não posso meus pais não querem saber de mim.
SILVIO – Você acredita em milagre?
ELIZABETH – Sei lá, acho que sim.
SILVIO – Você está olhando pra um, eu sou um milagre de Deus, eu devia estar morto e hoje estou aqui pra te ajudar.
ELIZABETH – O que tem isso a ver com meus pais?
SILVIO – Deus fez um milagre na vida deles, primeiro a sua mãe e depois seu pai.
Venha vamos embora, Fabíola acorde, eu sou o Silvio e vim te ajudar.
ELIZABETH – vamos minha amiga, vamos pra minha casa.
FABÍOLA – (Zonza) To com fome!
SILVIO – Então vamos comer! (Música aumenta - Saem de cena – B.O)
CENA FINAL – (LUZ – Paulo e Anita na sala entra Silvio, Elizabeth e Fabíola)
ANITA – Oi filha, vem dá um abraço na mãe. (Timidamente a Elizabeth vai e abraça a mãe)
PAULO – Oi Elizabeth, como vai, tudo bem?
ELIZABETH – Tudo pai. (Abraçam-se)
SILVIO – Eu trouxe a fabíola, ela estava na rua com a Elizabeth.
ANITA – Ela pode ficar aqui em casa.
SILVIO – Somente por hoje, eu conversei com ela e conheço seus pais, amanhã eu vou levá-la até eles.
PAULO – Eu quero te agradecer em primeiro lugar por todas as coisas que falou pra nós sobre o valor da família pra Deus e o bem que isso nos faz e por ter trazido a Elizabeth pra casa.
ANITA – É verdade, você abriu os nossos olhos, nos fez conhecer um pouco de Deus e nos mostrou uma fé que nunca tínhamos visto antes, obrigado de coração.
SILVIO – Eu que agradeço a Deus por me usar, eu que já fui da pior espécie.
Ele resolveu investir e hoje estou aqui.
PAULO – Deu certo, Deus melhor que ninguém pra conhecer o que Ele criou.
SILVIO – É verdade! Elizabeth, amanhã eu passo aqui e conversamos sobre seu futuro, agora descansa e curta seus pais.
ELIZABETH – Obrigada! Você sempre foi um grande amigo!
Anita – Vamos jantar, você fica pra comer conosco Silvio.
SILVIO – Eu prefiro deixar vocês à vontade...
PAULO – Não vai fazer essa desfeita!
SILVIO – Então, tá eu fico! (Música aumenta – B.O)
NARRAÇÃO – Família é o maior plano de Deus! Quantas famílias estão sendo destruídas pelo inimigo, por falta de compreensão, amor e da palavra de Deus dentro do coração do ser - humano.
Pais que rejeitam a herança que Deus, trazendo destruição e morte.
Quando a palavra entra em um lar, vidas são restauradas e a paz de Cristo reina mostrando que a melhor coisa é estarmos na Sua Presença.
FIM.
Escrita por Nan Breves em São Paulo em Agosto de 2008
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