AUTOR: NAN BREVES
Música de abertura
(Pedro aproximando- se de JESUS, perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, eu lhe perdoarei? Até sete?
NARRADOR/JESUS: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Por isso o reino dos céus pode ser comparado a certo rei que quis ajustar contas com os seus servos. E começando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. MÚSICA
CENA 1
SERVO - Senhor, não tenho como pagar.
REI- (Em off) Então serás vendido, assim como sua esposa e filhos para que a dívida seja paga.
SERVO - Senhor, sê generoso comigo e prometo que tudo te paga.
NARRADOR - Então o seu Senhor movido de íntima compaixão, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida. (Música)
SERVO- Obrigado, meu Senhor.
NARRADOR - Saindo ele feliz com a dívida perdoada, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários...
SERVO - (Agarrando-o) Paga-me o que me deves.
DEVEDOR - Por favor, sê generoso comigo e tudo te paga.
SERVO- Vai me pagar agora, ou então manda prendê-lo.
DEVEDOR - Tenha piedade, Senhor! Estou desempregado e passando necessidade.
SERVO - Tenho piedade de mim, vai para a prisão até me pagar! Quem deve paga.
NARRADOR - Alguns passantes, vendo o acontecido, entristeceram-se muito, e foram relatar ao seu senhor tudo o que sucedera. Então o seu senhor, chamando-o, lhe disse:
REI - Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu igualmente compadecer-te do teu companheiro, como também eu me compadeci de ti?
DEVEDOR - Eu precisava do dinheiro e ele não gosta de mim.
REI - Ficarás com os verdugos, até que pagues o que me deves.
NARRADOR/JESUS- Assim vos fará também meu pai celeste, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. (Música)
JESUS(OFF) O Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha... (Música)
CENA 2
PAI - Darei a cada trabalhador, um denário por dia, agora vão para a vinha.
NARRADOR/JESUS - Perto da hora terceira ele saiu e viu, na praça, outros que estavam desocupados.
PAI- Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo.
NARRADOR/JESUS- E eles foram. Saindo outra vez, perto da sexta e nona hora, ele fez o mesmo. Na décima hora ele saiu e encontrou
outros que estavam desocupados, e perguntou-lhes:
PAI - Por que estivestes aqui desocupados o dia todo?
TRABALHADOR - Porque ninguém nos contratou.
PAI - Ide vós também para a vinha, e recebereis o que for justo.
JESUS (OFF)Chegada a tarde, disse o dono da vinha ao seu administrador : Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos, indo até os primeiros. Vindo os da décima hora, receberam um denário cada um. Vindo, porém, os primeiros, pensaram que receberiam mais. Porém, também eles receberam um denário cada um e murmuraram contra o pai de família...
TRABALHADOR - Estes últimos trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e o calor do dia.
PAI - Amigo, não te faço injustiça. Não combinaste comigo um denário? Toma o que é teu, e retira-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti. Não tenho o direito de fazer o que quiser com o que é meu? Ou
é mau o teu olho porque eu sou bom? (Música)
NARRADOR/JESUS - Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros, últimos; pois muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Qual de vós terá um amigo e se este for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser:
CENA 3
AMIGO - Amigo, empresta-me três pães, porque um amigo chegou de viagem a minha casa, e não tenho o que lhe dar.
DA CASA - Não me importunes, a porta já está fechada, e os meus filhos estão comigo na cama. Não posso levantar-me para lhe dar os pães.
AMIGO - Mas eu preciso dos pães e você pode me ajudar.
DA CASA - Vá pedir a outro.
AMIGO- estou pedindo a você que é meu amigo.
JESUS - Digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhe os pães, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o de que ele necessitar.
DA CASA - Toma e não importunes mais, me deixe dormir.
AMIGO - Obrigado amigão!
NARRADOR/JESUS - Por isso vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á. Pois qualquer que pede recebe; quem busca acha; e a quem bate
abrir-se-lhe-á. Qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão,
lhe dará uma pedra? Ou se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Ou um ovo, lhe dará um escorpião? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o pai celestial o Espírito Santo àqueles que pedirem.
Um Homem diz a Jesus: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança.
NARRADOR/JESUS - Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós? Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui (Encenado) O campo de um homem rico produziu com abundância. Então ele reclamava consigo mesmo, dizendo :
CENA 4 HOMEM - Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. Farei isto : Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então direi à minha alma : Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos. Descansa, come, bebe e folga.
NARRADOR/JESUS - Mas Deus lhe disse : Louco, esta noite te
pedirão a tua alma. Então o que tens preparado, para quem será? (Homem escutando a voz se prostra de joelhos) Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus. (B.O - MÚSICA) Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas,
não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até achá-la? E quando a encontra, põe-na sobre os ombros, cheio de alegria, (Encenando) e vai para casa. Então convoca os amigos e vizinhos, e lhes diz :
CENA 5
HOMEM - Alegrem-se comigo, achei a minha ovelha perdida.
NARRADOR/JESUS - Digo-vos que do mesmo jeito haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, (Encenando se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a busca com diligência até achá-la? E quando a encontra, convoca as amigas e vizinhas, dizendo :
CENA 6
MULHER - Alegrem-se comigo ; achei a dracma perdida.
NARRADOR/JESUS - Assim vos digo que há alegria diante dos
Anjos de Deus por um pecador que se arrepende. (MÚSICA) Dois homens subiram ao templo para Orar, um era fariseu e o outro, cobrador de impostos. O fariseu, posto em pé, Orava consigo desta maneira:
CENA 7
FARISEU - Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes na semana e dou
os dízimos de tudo o que possuo.
NARRADOR/JESUS - O cobrador de impostos, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao Céu, mas batia no peito, dizendo:
COBRADOR - Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
NARRADOR/JESUS - Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele. Pois qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilhar será exaltado. (MÚSICA) Certo homem tinha dois filhos. O mais moço disse ao pai :
CENA 8
MOÇO - Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence, quero conhecer o mundo e aproveitar essa vida e não ficar aqui preso e acabar nessa fazenda.
NARRADOR/JESUS - E o pai repartiu os bens entre os dois. Poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
MOÇO - Isso é que é vida, mulheres, bebidas, amigos...
NARRADOR/JESUS - Tendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
MOÇO - Onde estão todos os meus amigos? Os companheiros de festas? As mulheres que diziam que me amavam? Que eu era lindo! Maravilhoso! Eles sumiram! Acabou o meu dinheiro da herança,
e agora?
NARRADOR/JESUS - Então ele foi e se chegou a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. (Música) Ele desejava encher o estômago
com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse :
MOÇO - Quantos trabalhadores de meu pai tem abundância
de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantarei e irei falar com meu pai, direi-lhe: pai, pequei contra o Céu e perante ti, já não sou digno de ser chamado teu filho, coloque-me como um dos teus trabalhadores. É isso que farei, estou arrependido de ter abandonado o meu querido pai, por esse mundo corrompido e perverso, onde não temos amigos.
NARRADOR/JESUS - Então, levantando-se, foi para seu pai. Quando ainda estava longe, viu seu pai, e se moveu de íntima com paixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
MOÇO - Pai, pequei contra o Céu e perante ti, já não sou digno de ser chamado teu filho.
NARRADOR/JESUS - Mas o pai disse aos seus servos: Trazei
depressa a melhor túnica e vesti-o com ela, e ponde-lhe um anel na mão, e calçados nos pés. Trazei o bezerro cevado, mata-o.
Comamos e alegremo-nos, pois o meu filho estava morto e reviveu, tinha se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. O filho mais velho estava no campo. Quando voltou e chegou perto de casa, ouviu
a música e as danças. Chamando um dos criados, perguntou...
IRMÃO - O que é toda essa bagunça?
CRIADO - Veio teu irmão, e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
NARRADOR/JESUS - Mas ele se indignou, e não queria entrar. Então, saindo o pai, conversou com ele, mas ele respondeu:
IRMÃO - Olha pai, te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com meus amigos. Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes e o Senhor mandou matar para ele o bezerro cevado?
PAI - Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas. Mas era justo alegrarmo-nos e folgar-mos, porque este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. (MÚSICA)
NARRADOR - O Coração é o centro do seu intelecto, é o centro das emoções e o centro da vontade humana. Os sentimentos, pensamentos, desejos, valores, vontade e decisões da pessoa é atraído pelas coisas que ela considera mais importantes. Quem tem como o seu tesouro as coisas terrestres, terá seu coração escravizado por tais coisas, mas se tiver voltado para o reino de Deus, a sua palavra, a sua presença, a sua Santidade, e um relacionamento totalmente voltado ao Senhor, o Coração será sempre atraído para as coisas Celestiais e esperando a volta de Nosso Senhor Jesus Cristo. Disse Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem; em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas
línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão. E essa promessa é para os que estão com as mãos no arado, onde muitos não querem se comprometer e onde muitos largaram essa ordenança de Nosso Deus, sabendo que o dia do juízo virá. (Música aumenta – B.O)
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